ミ 08 | w e l c o m e

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— [👸] Boa leitura, anjos!

— [👸] Boa leitura, anjos!

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O Brasil estava em festa. A princesa Lili estava chegando nas terras brasileiras e o povo estava eufórico pela volta da princesa – exceto os escravos.

Os escravos tiveram mais trabalhos do que o que tinham normalmente e isso não os agradou. Entre as plantações de milho, Cole reclamava sobre o que estava acontecendo.

— Cole, eu acho melhor você se calar. – a mãe o repreendeu, mas sabendo que não adiantaria.

— Nunca, mãe. A única possibilidade de eu me calar é quando nós iremos poder ser livres. – o menino a respondeu e voltou a pegar os milhos, depositando-os nas bacias que ficavam no chão.

Cole olhou para o lado e viu o capataz observando tudo o que o mesmo fazia. O garoto deu de ombros, andando até os outros pés de milho que tinham o sabugo bom para a colheita, enquanto ajeitava o seus suspensório com apenas uma mão.

Cole havia crescido e se tornado um escravo muito rebelde, e bom, isso rendeu algumas marcas de chibatas em suas costas.

Quando terminou, ajudou a levar as bacias até a cozinha da grande mansão do rei e posteriormente, voltou para ajudar os homens negros com as outras tarefas.

O garoto não se conformava com aquilo. Todas aquelas regras em pessoas que tinham o tom de pele diferente ou descendiam de sangue africano. Apesar de seu corpo já estar acostumado com a situação trabalhosa e insatisfatória que se encontrava, afinal, o garoto era obrigado a trabalhar desde os oito anos.

De sua infância não se recordava nada, além de Jaci e uma garotinha nobre com os fios dourados. Não sabia o nome, mas sabia que deveria ser da nobreza pelas roupas que a mesma usava em suas memórias.

O horário de janta se aproximava e logo a refeição chegou. A mesma era composta de carne-seca com arroz e farinha, em pouca quantidade, mas não podia reclamar daquilo ou era punido.

Cole não estava com fome, o prato que recebeu foi dado a sua mãe Anastácia que reclamou do fato do garoto não ter tocado na comida, mas aceitou no fim.  Depois, o garoto branco de cabeleira negra entrou na floresta e seguiu até a tribo de Jaci, sua amiga desde a infância.

— Jaci! – O garoto a chama e logo avista a menina saindo de uma das ocas, que era feitas de troncos de árvores e coberta com palhas.

— Oi, que milagre você aqui nesse horário.

— É, eu estou a perceber. Estás sabendo que a princesa está a chegar aqui?

— Aquela garota que nós brincamos quando criança? – pergunta a morena, eufórica. – Espero que ela esteja como era, antes de sair.

— Talvez, mas acho que os portugueses fizeram a cabeça dela contra nós. – Cole comentou, acompanhando a garota até o interior de uma das ocas.

— Eu sinto que não. – Jaci sorriu amigavelmente. – Vamos comer, sente.

— Ah, não estou com fome.

— Mesmo assim, sente que eu colocarei um pouco para você.

A teimosia de Jaci era uma característica marcante da mesma; naquele caso, o convite era na verdade, uma ordem.

A menina cuidava bem de seus amigos e familiares, e isso agradava Cole. De certo modo, os dois tinham coisas em comum.

Cole não poderia demorar, se não o capataz sentiria sua falta e isso resultaria em castigos ou horas extras de trabalho. E nenhum dos dois eram boas soluções para o garoto.

Assim que terminou a refeição com Jaci e pediu a benção do avô da mesma, o garoto correu pela mata de volta ao engenho. Por sorte, o capataz ainda não havia voltado e deu tempo da respiração normalizar e os batimentos cardíacos diminuírem.

[🤴]

O trabalho no período da tarde foi tranquilo. A noite chegou e os escravos foram convocados para irem até a praça, onde a princesa iria passar para receber as boas vindas da população brasileira.

Sprouse não ligava e não sentia vontade de ir, mas foi obrigado pela sua mãe que não desejava ir sozinha. Então, seguiu em direção ao riacho para tomar banho e se sentir livre de toda aquela sujeira que impregnava em sua derme e o incomodava.

Os hábitos foram mudados, agora, os escravos tomavam todos os dias e isso foi conquistado óleo contato com os índios que eram forçados a ser escravos, assim como os africanos.

Jaci e sua tribo não tinha perigo disso, tento em vista que a comunidade índia ficava em uma área na qual os portugueses ainda não estavam cientes da existência pela distância e por estar entre grandes árvores que escondiam as ocas.

Quando terminou, Cole vestiu sua roupa que consistia em uma calça, uma camisa e um colete. As peças eram feitas com um tecido de algodão grosso, que provinha da grande parte produzida pela colônia.

O menino voltou para a senzala, encontrando a sua mãe com uma saia abaixo dos joelhos e uma blusa feita de chita e ajeitando os fios encaracolados num turbante que prendia apenas uma parte.

Cole a amava. Amava tanto que seria capaz de dar a sua vida por ela.

O mesmo ainda tinha esperança de ser livre e de libertar a sua mãe daquilo tudo. Ela não merecia nada daquilo. Aliás, nenhum negro, mestiço ou mulato merecia.

Os pensamentos de Sprouse foi interrompido quando sua mãe o puxou e eles acompanharam os outros escravos em direção a praça. Havia uma multidão logo a frente que era compostas por burgueses e nobres, estes estavam sendo divididos por uma faixa, na qual separa-os dos escravos. Com isso, Cole, sua mãe e os demais ficaram ao fundo.

Não demorou para que a princesa chegasse e a euforia começasse. A princesa esbanjava um sorriso largo acentuado pela beleza que continha, mas o sorriso foi substituído por uma carranca quando a loira avistou a faixa que separava os negros dos demais; a princesa saiu da liteira, carregada por escravos e seguiu em direção a faixa, atraindo a atenção de todos presentes.

O rei de Portugal tinham uma carranca na cara de desgosto, enquanto os nobres olhavam sem acreditar. Lili parou de frente a faixa e a rasgou, distribuindo abraços e apertos de mão aos negros que lhe desejava boas vindas.

Cole sorriu ao vê-la e percebeu a sua mãe, Teresa, fazer o mesmo.

— [👸] eu tô apaixonada aaaa

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— [👸] eu tô apaixonada aaaa. Agora a coisa vai pegar fogo entre Lili e o pai, rsrs

— [🤴] Quais são as espectativas de vocês para a volta de Lili ao Brasil? Me contemm e até segunda!

BETWEEN WHIPS ৲ sprousehart ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora