Ômega
Já amanheceu, coisa boa! Me levanto com cuidado pra não acordar Alan. Saio da cama e tomo um delicioso banho morno. Decido fazer o café da manhã e por a roupa na rua.
Engraçado pensar que alguns meses atrás eu odiava o Alan e ele queria apenas sexo comigo... Eu realmente não entendo como chegou a isso!
Depois de por a roupa na rua fico fazendo o almoço, já vai ser 12:10... Alan dorme muito!
-O que está fazendo amor? – sinto Alan me abraçar por trás e sussurrar em meu ouvido.
Solto uma pequena risada e o olho. Seu cabelo preto como a noite... Seus olhos castanhos e brilhantes. Como eu o amo. Acaricio seu rosto e lhe dou um selinho. Me viro e o abraço, logo inicio um beijo calmo e apaixonado no qual o mesmo retribui com gosto e aperta um pouco minha cintura.
-Ainda não me respondeu... – diz ele um pouco ofegante.
-Fazendo o almoço – volto a beijar ele.
Depois de uns cinco minutos se beijando, fico na sala esperando o feijão ficar pronto. Alan estava vendo algumas fotos minha de quando pequeno. Eu estava dobrando a roupa enquanto lembrava de minha mãe. Eu não fiquei triste, pois era uma recordação alegre e me deixava calmo.
- Henri... Quem é essa? – perguntou Alan apontando para mulher da foto.
A mulher tinha cabelos ruivos, pele branca e olhos verdes claros. Era minha amada mãe... Como eu a amava, bom ainda amo...
Dou um sorriso bobo e deito a cabeça no ombro de Alan e fico olhando as fotos.
-É a minha mãe... – sorri de maneira triste.
Antes que eu percebesse estava chorando. Ainda me fazia falta ter ela do meu lado. Sinto Alan me puxar e me abraçar, em seguida fazer carinho em meus cabelos castanhos.
- Desculpe... – solto uma risada baixa -De repente as lágrimas caíram... – escondo meu rosto em seu peito.
- Está tudo bem amor... É normal que fique triste. Pode chorar, eu não vou a lugar algum – sua voz era calma e doce.
Às vezes, eu tenho tanta sorte em ter Alan comigo. Apesar de ser um viciado por sexo, grosso com as pessoas e muito territorial ele ainda é carinhoso, doce, protetor e muito atencioso.
Eu amo ele...
Alfa
Quem diria que um ômega tão birrento, briguento e irritadiço poderia ser tão manhoso, sensível e carente.
Queria tirar a dor de seu peito, queria tirar toda sua angústia, sua tristeza mas não posso, eu sei que nunca cobrirei o lugar de sua mãe, nunca vou poder tapar essa dor, matar a saudade que ele sente.
Maldição.
Como eu odeio essa sensação de impotência, me sinto um lixo por não saber o que fazer para ajudar meu ômega, me sinto mal por ver suas lágrimas escorrendo por seu belo rosto.
Que tipo de alfa eu sou?
Pego meu ômega e o sento em meu colo numa tentativa bem sucedida de acalma-lo.
Ainda bem.
Ômega
Me aconchego no colo de meu alfa e começo a me acalmar. O abraço e sinto seu cheiro maravilho.
-Está melhor? – perguntou preocupado.
Olho Alan com os olhinhos brilhando. Beijo sua bochecha e o mesmo cora levemente. Fofo! Eu nunca vi o Alan corar! Nem sequer um pouquinho!
-Estou sim anjo! Desculpe por ter ficado daquele jeito – abaixo um pouco minha cabeça.
Alan acaricia minha cabeça e eu o olho. O mesmo tem um olhar de dor e preocupação.
-Tudo bem. Desculpe não conseguir fazer muita coisa por você nesses momentos Henri – falou num tom triste.
Me sento de frente para ele e acaricio seu rosto. Olho seus olhos castanhos e seu cabelo preto. Como é lindo esse alfa. Alan envolve os braços em minha cintura e eu dou um sorriso de canto. Hoje foi nosso último dia de aula, agora começou as férias de... sei lá?... Não importa. Olho meu alfa e dou alguns selinhos nele.
-Meu tio tem uma casa vazia no campo. Podemos viajar pra lá alfa? – pergunto sorrindo.
Alan me olha com uma cara curiosa e com certa negação. O mesmo se ajeita no sofá e me olha.
-Por que quer ir lá? – perguntou calmo.
-Como estamos de férias, queria te levar pra um lugar novo. Quero que você saiba mais sobre mim. Vamos por favor, não precisamos fazer muita coisa! Vamos apenas caminhar numa trilha, fazer um churrasco, nadar na piscina da casa e olhar as estrelas! – digo sorrindo enquanto me lembrava daquele local.
A casa não é grande mas também não é pequena. É uma casa média de madeira bem fofa e bonita. A cidade fica perto e nos fundos tem uma rede, piscina e uma churrasqueira. Por dentro tem a sala, a cozinha dois banheiros e quartos e um lindo quintal.
Foi lá que nasci e quero levar Alan para conhecer o local. Como sei que ele não vai querer ver caras novas, iremos apenas comprar sorvete para comer, dar uma volta bem rápida e ficar vendo as estrelas enquanto contamos histórias sobre nossas vidas. Não tem muito barulho lá e isso vai ajudar o Alan a relaxar e também os vizinhos moram um pouco longe então não será ruim fazermos barulho durante o sexo. Eu quero falar sobre um assunto com ele também... Algo para organizarmos no futuro.
Espero que ele aceite.
Alfa
Não sei o que ômega planeja com isso e embora eu não esteja muito animado com isso, acho que é uma boa dar um voto de confiança nele e se for uma ideia ruim, ele vai me pagar com um belo de um boquete!
-Ta vamos, mas se eu não gostar, você vai me chupar e vamos transar a noite toda
-Ta bom tá bom - ele revira os olhos
Essas férias vão ser longas...
Ômega
Ele aceitou! De qualquer maneira eu ia fazer não só um boquete gostoso como também ia fazer bem mais que isso, hehe...
Enfim, depois de almoçarmos fiquei mexendo no cabelo macio do meu alfa e acabei pedindo vários beijos dele, tão bom o beijo do meu alfa.
Essas férias vão ser bem divertidas...
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Ômega e Alfa - ódio ou amor?
Fanfiction[AVISO: Fanfic sendo publicada no Social Spirit. Caso o Spirit fanfic apague minha conta, ela estará sendo postada aqui também] ~*~*~* Henrique: Um garoto de cabelos castanhos escuros, olhos verdes e pele branca O pequeno sempre foi um tanto rebel...