Esse é apenas o começo - Capítulo final

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Alfa

É tão bom ver meu ômega em casa.

Já faz alguns dias que meu ômega esta em casa e por mais que eu ame o fato dele estar em casa são e salvo, é um pouco estranho, quer dizer, a situação é estranha. Henrique esta muito grudento comigo e com o filhote, bom, com o filhote é até normal mas eu? Ele nunca foi pegajoso comigo.

Isso é normal?

É tão estranho ver Henrique assim, acho que me acostumei com ele sendo linguarudo, não abaixando a cabeça para nenhum alfa e ele sendo um tanto safado.

Quando foi que as coisas começaram a mudar?

Quando foi que as coisas mudaram de fato? Quando eu deixei de ser galinha? Quando ele passou a ser amoroso? Quando eu imaginei que algum dia eu marcaria um ômega? Quando ele me deixaria marca-lo?

Quando mudamos tanto?

Eu não tenho as respostas para todas as perguntas, aliás, eu não tenho resposta para nenhuma delas, e uma parte de mim diz que nunca as terei e talvez eu realmente não me importe tanto com isso afinal, olhar para trás não vai ajudar em nada e sim olhar para o futuro.

-Alfa – meu ômega me fita manhoso.

-Oi amor? – ele me abraça.

-Tem mesmo que ir trabalhar?

-Tenho amor. Eu já tenho que ir – beijo o topo da sua cabeça –Se cuide ok?

-Ok – diz tristonho.

Fomos até a porta e dei um selinho no meu ômega e um beijo na bochecha do nosso filhote. Fui andando até meu trabalho que não é muito longe de casa.

Vou ter que aturar aquelas ômegas...

Fala sério, nunca imaginei que minha fama de "galinha" da escola fosse me acompanhar até mesmo no meu local de trabalho! Eu sempre tenho que esquivar das ômegas que dão em cima e relembra-las de que sou compromissado.

Imagino a desgraça que seria se Henri visse uma dessas ômegas dando em cima de mim!

Enfim, bora aturar mais um dia puxado.

Ômega

Alan foi trabalhar. Sinceramente, eu tenho medo de sair de casa. Depois do que aconteceu, eu não sinto nenhuma vontade de sair.

Alan tentou me tirar de casa para pelo menos conversar com o vizinho, mas me neguei com todas as forças. Tenho medo de não poder ver o Alan novamente. Soltei um suspiro baixo e sorri de leve, logo fazendo carinho no meu pequeno.

Lucas não demorou pra adormecer, o pequeno sempre teve um sono pesado. Como Lucas esta dormindo, decidi limpar a casa mas sempre passava no quarto para ver se ele estava seguro lá.

-Já é 17:00... - murmuro para mim mesmo, me espreguiçando.

Subi as escadas e fui para o quarto tomar um banho. A água quente escorrendo pelo meu corpo de certa forma me relaxava.

Que saudade eu tinha de casa.

Decidi não demorar no banho, eu não queria que a conta da água aumentasse por minha culpa. Desliguei o chuveiro, me sequei e coloquei apenas uma cueca box escura e um moletom do Alan. Me espreguiço e me agacho para pegar as roupas.

-Alan daqui a pouco chega... - digo a mim mesmo.

Após colocar a roupa suja na máquina, peguei Lucas no colo e o deixei no berço da sala, para que eu pudesse ficar de olho nele. Enquanto isso fiquei preparando a comida até o Alan chegar. Ele vai chegar cansado, vou preparar o banho para ele também!

Ômega e Alfa - ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora