Ômega e Alfa - ódio ou amor?

Especial dia das Mães - Alfa (extra 1 - //do ano passado// )

Alfa

Ali esta correndo animadamente um pequeno alfa.

Hoje não é apenas mais um dia, não é um dia qualquer hoje é "o" dia e isso tem um único motivo: Dias das Mães.

O pequeno alfa corre em direção de sua sala de aula para terminar uma atividade nas quais mantive o foco seu dia todo. O pequeno de seus sete anos esta ocupado em fazer o melhor presente que pode para alegrar sua mãe, ele ama a ômega mais do que qualquer coisa e por isso se esforça tanto para fazer seu melhor.

-Muito bem crianças, agora vamos terminar de fazer os presentes esta bem? – todos assentem animadamente e retornam a fazer recortes, dobraduras entre outras coisas que envolvem lápis de cor, cola e muito glitter.

(...)

-Mamãe, mamãe! - o filhote entra na casa e vai até a cozinha onde encontra a ômega preparando o almoço

-Diga meu amor - a mulher se abaixa até ficar a altura de seu filho e recebe um abraço bem apertado do mesmo

-Olha o que eu fiz pra você, mamãe! - o pequeno alfa vai até sua mochila e pega um cartão carregado de modo exagerado de brilho de inúmeras cores entre elas o vermelho, amarelo, prata, azul, verde e mais algumas que estão juntas numa mistura enorme de cores.

-Que lindo meu amor - a mulher pega o cartão das mãos do filhotes e o abre.

"Mamãe, a senhora não é perfeita, mas é minha mãe e pra mim a senhora é a melhor mãe desse mundo

Te amo um montão"

Após ler o que seu filhote tinha escrito, a ômega envolve seus braços em volta do pequeno que retribui o gesto de imediato.

A ômega no dia estava tendo um dia difícil, mal tinha começado seu dia e já havia brigado com seu marido por motivos triviais como de costume, mas toda onda negativa se esvaiu com o cartão de seu filho. O alfa não sabe, mas sua mãe tem um enorme amor e orgulho dele; o alfa é um garoto tão amoroso, gentil, sorridente, prestativo e outras qualidades mesmo sendo um alfa, tanto que se não fosse por seu aroma forte e cítrico, poderia ser facilmente confundido com um ômega.

-Te amo tanto meu filho - a mulher lhe aperta um pouco mais em seus braços -Obrigada pelo presente meu amor

-Tem mais mãe - o filhote se desfaz do abraço e pega de sua mochila uma flor, uma linda rosa vermelha, mas não apenas a flor e sim um galho, assim a ômega poderá planta-la.

-Que linda meu amor! - a mulher afaga o cabelo de seu filho enquanto o mesmo fecha os olhos apenas aproveitando o carinho que recebe -Sabia que você é o melhor filho do mundo?

-E você a melhor mãe - ambos sorriem e para a ômega, seu sorriso é verdadeiro e ela apenas sorri dessa forma para seu filho.

-Vamos comer filhote? - a mais velha se levanta e pega na mão do alfa.

-O que tem de almoço mamãe?

-Hoje temos... - a mulher finge estar pensativa apenas para fazer suspense -Hoje tem pastel e de sobremesa sorvete - os olhos do garoto brilham ao ouvir isso e abre um sorriso maior e mais lindo.

-Vamos mamãe!

Depois da refeição deliciosa acompanhada por uma conversa animada onde o alfa conta como foi seu dia de aula, disse-lhe todo orgulhoso que fez sozinho o cartão enquanto outras crianças precisaram de ajuda da professora, o pequeno contou que na hora do recreio, comeu todo o lanche rápido só para voltar pra sala e terminar o presente.

A tarde foi apenas diversão para ambos já que eles brincaram de pega-pega, jogos com bola entre outras atividades e o final da tarde os dois viram a novela que a ômega tanto gosta.

Ao anoitecer, a ômega faz seu filhote tomar um banho e depois do banho, o alfa veste seu pijama de cor azul claro com desenhos de aviões.

-Boa noite meu filho - a ômega cobre o pequeno alfa e lhe dá um beijo em sua testa

-Boa noite mãe - a mulher acha simplesmente adorável a forma como seu filho fala quando esta com sono

Para ambos, o dia foi perfeito.

(...)

-Cheguei

O alfa que agora tem dezessete anos entra em sua casa completamente desanimado. Nem mesmo tinha entrado em casa e já conseguia ouvir os gritos de seus pais. Mais uma briga sem sentido no ponto de vista do garoto, o mesmo acredita que se ambos agissem como adultos que são, eles sentariam e conversariam como dois seres civilizados.

Seus pais nem perceberam sua presença como sempre então o jovem vai para seu quarto onde decide fazer uma única coisa. Coisa na qual não fazia há alguns anos.

(...)

Depois de uma longa discussão, a ômega vai para seu quarto e se depara com um pequeno cartão e uma rosa vermelha. A mulher pega o cartão e o abre.

"Mãe, eu sei que não sou o filho perfeito e nem mesmo chego perto de ser o filho que deseja mas saiba que eu te amo. E muito"

A ômega simplesmente começa a chorar e vai em passos apressados para o quarto de seu filho porém não o encontra, apenas fita a janela aberta e ela entende que ele saiu.

-Te amo filho - sussurra a ômega.

-Também te amo mamãe - diz o alfa já fora de casa.