“A verdade sobre a verdade é que ela machuca. Então, a gente mente.”Meredith Grey
...
Lexie Narrando..
Quando eu tinha os meus doze anos e via a minha mãe feliz em seu casamento perfeito com o meu pai, a minha irmã apaixonada pelo chefe e ser totalmente correspondida, imaginava que no futuro teria metade daquela felicidade comigo. Sonhava em ser mãe de uns dez filhos, me formar em medicina e casar com um homem culto como meu pai ou lindo como Derek - actual marido de minha irmã-.
Hoje com trinta e poucos anos eu sonho em ser viúva, peço todos os dias aos céus que não me conceda a bênção de engravidar, imploro para casar com um homem pobre, burro e que não tenha um nariz como do infeliz do meu marido.
Vocês devem estar pensando assim: Nossa! Ela é casada com um político que certamente dá tudo que ela quer e ainda o chama de infeliz e reclama do nariz dele. Só peço que não me julguem sem antes saberem dos meus motivos.Eu tinha uns vinte e cinco anos quando conheci Manuel Velasco, na altura ele era apenas um acessor político com uma certa ambição que eu até cheguei a admirar durante um tempo. Ele me pareceu ser uma pessoa boa, conversava comigo durante horas sem pedir nada em troca, ficávamos trancados no meu quarto e ele se quer chegou a tentar me beijar. Eu já até cheguei a pensar na possibilidade dele ser gay. Doce engano.
Continuando, eu já era apaixonada por Mark Sloan na altura - cirurgião cardiotorácico do Hospital central de Manhattan ( o mesmo que por acaso eu trabalhava ) e o Velasco sabia de tudo, de todas as cartas que eu escrevia secretamente para o Mark e que nunca cheguei a entregar por vergonha. Dois anos tinham se passado e Mark se casou com a Dra. Callie Torres e junto com àquele casamento as minhas esperanças se foram. Eu chorei durante dias, não comia e adivinha só quem estava lá me consolando? Manuel Velasco. Nessa altura ele já estava concorrendo para governador de Chiapas.
O tempo passou e quando me dei conta estava namorando com ele, logo fui pedida em casamento e me vi dizendo sim, e logo mais estava entrando na igreja de mãos dadas com o meu pai sem saber que estava assinando a minha sentença de morte literalmente. Eu não amava o Manuel e ele casou comigo sabendo que provavelmente nunca chegaria a amá-lo.O sexo com ele era bom, não era àquela coisa que você sente o corpo todo vibrando e depois cai exausta na cama. Nós nos beijavamos, ele tirava a minha roupa, me chupava e me penetrava logo, eu sentia prazer mas não era algo pleno entendem? Os anos foram se passando, ele conseguiu se tornar governador e a minha vida se tornou um inferno. A ambição do Manuel foi crescendo e ele queria muito mais do que já ganhava, queria mais do que ser um simples governador, almejava ser presidente. Ele mudou radicalmente comigo, passou a dizer o modo como eu tinha que me vestir, o tipo e a quantidade de comida que eu poderia ingerir em um dia, os lugares que eu poderia frequentar e com quem eu deveria andar. Parecia que eu tinha me casado com um homem completamente diferente daquele que eu conhecia. Bom, até aí eu conseguia sustentar àquela situação. Eu passei a trabalhar meio período e voltava em casa sem desviar o caminho por ter seguranças na minha cola. Passei a não ter vida social. Pouco tempo depois surgiram os abusos sexuais porque eu simplesmente não conseguia mais abrir as minhas pernas para ele, e sempre que eu dissesse que não ele me batia - em partes que ninguém pudesse ver- e me violentava sem pudor algum. O que eu poderia fazer? Pedir o divórcio? Ele acabaria com a minha vida em questão de segundos. Pedir ajuda? Era impossível porque eu era vigiada vinte e quatro horas por dia.
Um dia eu encontrei o Mark na cafeteria do hospital e ousei sentar para bater um papo descontraído sem pressão alguma e me arrependo até hoje de ter tomado àquela decisão porque quando cheguei em casa o meu maridinho me jogou no chão, me chamou de vagabunda, piranha, bateu em mim de todas as maneiras, me violentou e para terminar me jogou no porão para que o seu capanga desfrutasse do meu corpo, o filho da puta rasgou o meu ânus e no final ele sumiu, vou nem dizer como. E como se não bastasse fui obrigada a procurar emprego em outro hospital.
VOCÊ ESTÁ LENDO
For Now And For Love [ Concluída ]
FanfictionEm um dia vemos o nosso mundo desabar, nossos corações partidos, nossos sonhos destruídos, chegamos até a pensar que nunca mais seremos capazes de sorrir novamente. Mas em outro momento enxergamos a esperança bem diante dos nossos olhos, enxergamos...