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No final do sétimo mês de gestação, Maite decorou o quarto da filha com a ajuda de Anahí e Lexie que ficou radiante com o convite. O quarto que foi montado no apartamento em que a mesma vivia com Mane, tinha as paredes todas pintadas de branco, havia um berço rosa na parede do lado direito, e sobre ele algumas fotos de todas as princesas da Disney ( ideia de Lexie ). Do lado esquerdo, havia uma cama com almofadas de diversas cores, feitios e algumas bonecas. Perto da janela,  um sofá com mais brinquedos e almofadas. Um tapete na entrada do quarto, outro ao pé da cama e um último ao pé do berço. A cortina na janela era toda cor de rosa, com alguns desenhos de borboletas na cor branca. Perto da cama, tinha uma cômoda e um guarda-roupa, onde Maite e Anahí organizaram todas as roupinhas da bebê que compraram.

No oitavo mês, Maite praticamente não saia do apartamento de Anahí. Vivia mal humorada, com dor de cabeça. Os pés quase sempre inchados era algo que a morena tinha que lidar com frequência. Ela e Catherine não voltaram a encontrar-se mas mantinham contacto pelo telefone. Na última vez que a investigadora entrou em contacto, disse à Maite que tinha visitado mais de cinco orfanatos, e que infelizmente não obteve resultados positivos. Ruth seguia completamente alheia àquele assunto, para o bem da sua saúde.

Tudo estava tranquilo. A mudança só foi acontecer naquele mesmo dia.

Anahí: Eu já vou para casa Chris.- Avisou saindo da sala.- Estou com uma puta dor de cabeça desde ontem.- Murmurou esfregando as têmporas.

Christian: Tudo bem, Boss.- Respondeu piscando o olho para Anahí.- Eu vou terminar esse relatório e também irei embora. Tenho um encontro hoje.- Confidenciou prendendo o riso ao ver a cara confusa de Anahí.

Anahí: Você está namorando?.- Perguntou erguendo os olhos na direcção do amigo.

Christian: Digamos que estamos nos conhecendo.- Respondeu dando de ombros.

Anahí: E quem é?.- Perguntou tomada pela curiosidade e Christian negou rapidamente com a cabeça.

Christian: Só irei contar se der certo.- Decretou reeencostando o corpo na cadeira.- Vá para casa Anahí, você está parecendo uma múmia desse jeito.- Aconselhou seriamente. Anahí revirou os olhos.

Anahí: Vá se foder.- Murmurou dando as costas e entrando no elevador.

Quando ela chegou no apartamento, o mesmo estava silencioso. Caminhou até a sala observando a mesa posta, percebeu que Maite estava em casa e que provavelmente estava no quarto. Anahí descartou os saltos em um canto da sala para não fazer barulho, já que achou que a amiga estava dormindo e não queria acordá-la e seguiu para o quarto, desejando apenas tomar banho, comer alguma coisa e depois dormir. Mas hesitou, parando na porta de olhos arregalados... a cena que seus olhos viam era absurdamente apavorante.

Maite estava deitada na cama em posição fetal, com o corpo arqueando e se debatendo. A resposta para àquilo era clara, ela estava tendo convulsões. Parecia então que o chão em que Anahí pisava tinha simplesmente sumido. Anahí correu para a sala ligando para a emergência e pedindo uma ambulância com a máxima urgência. A segunda chamada foi feita para a médica dela que deu algumas instruções pelo telefone. Ela tinha que colocar um lençol na boca de Maite para que não mordesse a própria língua.

A ambulância chegou minutos depois. Os paramédicos movimentavam Maite com tanta rapidez, que a barriga de oito meses parecia até falsa. Anahí observava tudo calada, os olhos marejados prestes a transbordar, e com uma única certeza em sua mente: àquilo não era nada, nada bom. Alguns procedimentos foram feitos até  finalmente as convulsões pararem e Maite parar de se debater daquele jeito. A morena foi levada inconsciente, em uma ambulância até ao hospital. Anahí foi logo atrás dirigindo rapidamente.

For Now And For Love [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora