For Now And For Love [ Concluída ]

123- Epílogo

Maite: Corre meu amor, corre para o papai.- Murmurou risonha e viu o filho correr como se a vida dependesse daquilo até pular nos braços do pai que o esperava de braços abertos do outro lado.

A morena estava parada de braços cruzados, e observava a cena diante de si com os olhos vidrados. Um sorriso leve, feliz e tranquilo brincava em seus lábios. Luna, com agora exactos oito anos de idade, brincava na areia. A menina que tornou-se a cópia fiel da mãe, tentava construir um castelo de areia, uma tarefa de todo impossível considerando os movimentos das ondas que batiam e levavam consigo parte do castelo.

*-*

_ Eu sei que você já está acordada meu amor.- Disse passando a língua no pescoço dela.

_ É tão bom acordar com esse tipo de carinho.-  Maite abriu os olhos sorrindo largamente.

Mane se aproximou grudando a sua boca na dela em um beijo profundo. A língua dele passeava por todo canto da boca dela provocando arrepios por todo seu corpo.

*-*

_ Eu quis que você engravidasse e por isso fiz o que fiz.- Dispensou sem muita paciência.

_  VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO!.- Ela gritou, e logo sentiu a garganta arder. Os olhos transbordando.

_ Eu tenho o direito de ser pai e..

_ Então que você procurasse outra mulher para engravidar e não eu.- A morena cortou com a voz embargada.- Não eu porque você sempre soube que não é o meu sonho, não é o meu desejo e mesmo assim fez o que fez.

*-*

Mane: Mamãe, vem brincar com a gente.- Chamou, imitando uma voz de bebê, e balançou os bracinhos do filho no alto.

Nathaniel ou Nat, como era carinhosamente chamado pela família, veio ao mundo seis meses depois da grande descoberta. Maite estava esparramada no sofá assistindo um filme de romance bem clichê, quando sentiu as contrações e logo soube que estava na hora. E apesar de estar um tanto quanto preocupada por ser a primeira vez a passar por áquilo, já que com Luna fora totalmente diferente, ela conseguiu caminhar até ao quarto, acordar Mane que dormia atravessado na cama com a filha encima dele, e juntos seguiram para o hospital. Oito horas depois, a médica surgiu anunciando à chegada do bebê que veio ao mundo totalmente saudável para alegria de todos que esperavam ansiosos no corredor do hospital. E seis anos depois, a satisfação que sentia toda vez que lembrava do facto de ter passado por tanto para chegar até alí, não sumia. Ela tinha orgulho em dizer que apesar de lá no início não querer de jeito nenhum ser mãe, conseguiu criar e cuidar dos dois filhos como se fossem os seus maiores tesouros e conseguiu recuperar o relacionamento que parecia não mais ter solução. A vida realmente tinha sido bondosa com ela.

*-*

_ O que você está fazendo?.- Perguntou impaciente.

_ Não existe festa de aniversário sem bolo.- Maite disse risonha, e surgiu na frente dele com um bolo de chocolate de dois andares. Uma vela acesa brincava com toda sua elegância encima do bolo.- Vamos, levanta!.- Pediu divertida, e ele sem deixar de sorrir levantou.- Faça um pedido.

_ É mesmo necessário?.- Mane questionou confuso, e coçou a nuca.

_ Claro que é.- Respondeu sem hesitar.- Fecha os olhos e faça o pedido.- Orientou, e observou ele fechar os olhos por alguns segundos, e quando voltou a abrir, um brilho diferente iluminava o corpo dele como se reluzisse.- Ótimo, pode apagar.- Disse saltitante.

*-*

_ E..eu não sei o que dizer.- Confessou exausta.- Nós nos divorciamos.- Lembrou sentindo um aperto no peito. Parecia que alguém estava pisando em seu coração sem a menor pena. Porquê que aquela realidade doía tanto?