For Now And For Love [ Concluída ]

27

Anahí teve alta uma semana depois e foi para o seu apartamento com Maite. Foi lhe recomendado repouso absoluto por causa da perna que continuava engessada e pelo inchaço na cabeça que apesar de ter desaparecido por completo ainda requeria alguma atenção. Resumindo, Anahí não poderia se movimentar sozinha ou sem a ajuda de duas muletas. Não conseguia tomar banho em condições para não molhar a perna e principalmente não usaria saltos durante um tempo indefinido. Isso até a ferida da cirurgia cicatrizar e a fisioterapia for devidamente feita.

Maite: Tem certeza que está confortável assim?.- Perguntou encarando Anahí que assentiu ajeitando melhor o corpo no sofá.- Certo então, vou preparar alguma coisa para você comer.- Anunciou indo até a cozinha.

Anahí: O Mane deve estar sentindo a sua falta.- Disse encarando Maite que não dormiu em casa uma única vez desde que ela sofreu o acidente.

Maite: Saberei compensá-lo depois.- Deu de ombros retirando da geladeira os ingredientes necessários para fazer raviolis de carne, que fazia muito bem por ser o prato preferido de Mane.- E não é como se ele fosse procurar a primeira que aparecer por estar a mais de uma semana sem sexo.

Anahí: Algum dia você vai conseguir não incluir a palavra sexo em uma frase?.- Ergueu os olhos na direcção da advogada que riu negando com a cabeça.- E como você pode ter tanta certeza que ele não vai procurar outra?

Maite: Eu confio no meu marido Anahí.- Respondeu o óbvio.- E acho que isso por hora é o suficiente.

Anahí: Confiança de mais, amor de menos.- Citou inclinando a cabeça ligeiramente para o lado.

Maite: No seu universo essa frase faz realmente todo sentido.- Alfinetou revirando os olhos. Sabia que Anahí dificilmente confiava nas pessoas.

Anahí: Tudo bem.- Ergueu os braços finalizando o assunto. Sabia que nada nesse mundo faria com que Maite duvidasse da fidelidade do marido. E não é como se a própria Anahí acreditasse na possibilidade de Mane vir a procurar outra mulher.

Enquanto esperava, Anahí cochilou um pouco no sofá e só acordou quando Maite avisou que a comida já estava pronta. As duas comeram em silêncio, cada uma perdida em seus próprios pensamentos. Anahí não conseguia tirar da cabeça as palavras de Henrique no dia em que sofreu o acidente, e também não deixava de se perguntar o porquê de Alfonso não tê-la visitado depois que finalmente acordou do coma. Maite por outro lado pensava em várias estratégias para encerrar o caso de uma cliente que já havia sido prolongado por tempo demais, e por isso não havia espaço para conversas entre as duas.

Anahí tomou banho com a ajuda de Maite. Banho esse que durou uma eternidade por causa da perna que precisou ficar esticada do lado de fora para não molhar.
Quando finalmente conseguiu encerrá-lo, Anahí colocou uma camisola confortável e capotou na cama e Maite foi organizar a cozinha que estava uma bagunça.

A morena lavou a louça ao som de Beyonce e quando terminou se jogou no sofá completamente cansada. Não lembrava da última vez que dormiu em condições. As  tardes e noites no sofá daquele hospital eram bastante cansativas por precisar ficar em alerta para o caso de Anahí precisar de alguma coisa.

Quando finalmente começou a pegar no sono, a campainha tocou despertando-a e Maite foi abrir com os olhos praticamente fechados.

Maite: Não tinha um melhor momento para você vir fazer uma visita?.- Perguntou cruzando os braços na altura do peito quando viu nada mais que Alfonso parado no corredor com as mãos enfiadas no bolso da calça.

Alfonso: Boa tarde para você também Mai.- Sorriu antes de depositar um beijo no rosto da morena e atravessar a porta em seguida.- Não esperava lhe encontrar aqui.- Comentou sentando no sofá e encarando Maite que naquela altura estava novamente deitada no sofá de olhos fechados.