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A notícia do casamento foi recebida com surpresa por absolutamente todos. Ninguém entendia exatamente em que momento as coisas mudaram tanto, mas ninguém ousou perguntar ou até mesmo interferir àquele que parecia ser o maior absurdo de todos.

A cerimônia aconteceu um mês depois, no enorme jardim da casa dos pais da noiva ( escolha dela ) na presença de um juiz de paz. Não houve casamento no religioso porque Alfonso bateu o pé dizendo que não ficaria no altar esperando por ela e assim foi. A festa foi simples. Apenas um almoço em um restaurante com os familiares dela, alguns amigos, e os familiares de Alfonso. Maite também estava lá com a filha, apesar de quase ter pulado no pescoço da cunhada no momento em que o juiz pediu aos noivos para assinarem.

Anahí não disse nada quando um convite de casamento apareceu no escritório dela. O nome dela reluzia em letras douradas em um papel bonito, convidando-a para que se fizesse presente na união de dois seres que se amavam loucamente "palavras deles". Fora uma verdadeira afronta. Mas ela ignorou porque tinha coisas mais importantes para se preocupar, como o filho que crescia saudável na barriga dela. Começou com o pré-natal assim que o exame de sangue foi feito, confirmando a gravidez. Poucas recomendações foram feitas, era uma mulher saudável e o bebê seguia a mesma linhagem. A par dos enjoos que muito à atormentavam, poderia se dizer, que ela estava tendo uma gravidez muito tranquila. Na primeira consulta Alfonso fora, não teve conversas, e sinceramente nenhum dos dois tentou puxar uma. O bebê estava bem, e era só o que importava. Ruth ficara radiante com a perspectiva de mais um neto, e paparicava Anahí a toda hora, assim como Krysten e Marishelo.

Anahí: Acho que hoje nós queremos comer camarão.- Disse acariciando a barriga pequena de quatro meses. Estava em casa com Angel e Christian. Ambos receberam convites para o casamento do ano, mas nenhum deles fez questão de ir.

Christian: Você não acha que essa criança está selectiva demais?.- Perguntou com as mãos na cintura e Angel que procurava o bendito camarão na geladeira riu.

Anahí: Já que quer ser o padrinho dela, tem que mimá-la.- Respondeu simples e ele revirou os olhos.- E a mãe também.- Concluiu risonha.

Christian: Deus me ajude.- Pediu, e foi para à cozinha ajudar Angel com o almoço.

No final, ela comeu o camarão tão desejado, e terminou largada no sofá enquanto assistia o filme, "Como eu era antes de você". Angel ria toda vez que ela virava o rosto tentando disfarçar as lágrimas por causa do filme, mas não dava muito certo, já que os olhos ficavam terrivelmente vermelhos.

Christian: Você chora que nem um bebê.- Alfinetou desviando os olhos do telefone para encarar Anahí que mordia os lábios apreensiva.

Anahí: Me deixa em paz.- Dispensou, e ele riu.

Maite chegou em casa exausta. Não fisicamente. Ficara profundamente aborrecida e irritada pela falsidade que emanava do ser de Diana.

Maite: O seu tio cometeu a pior estupidez de sempre.- Disse, colocando a filha no sofá que não deu muita atenção no desabafo da mãe. Ela foi para à cozinha beber água e quando voltou, percebeu que havia um envelope no chão. Certamente alguém jogou por baixo da porta.- Agora deu para as pessoas enviarem cartas.- Resmungou abrindo o papel e estancou no lugar, ao ler o que estava escrito nele:

" Fiquei sabendo que teve uma filha, vai ser interessante jogar esse jogo com você agora que tem muito para perder, doce Maite "

A mensagem era clara, e ela caiu sentada no sofá, ao identificar o autor daquela real ameaça.

....

Sofia: Mamãe para!.- Pediu entre risos. As maçãs do rosto vermelhas porque Lexie fazia cócegas nela já a uns bons minutos.

Lexie: Só se você prometer, que nunca mais, vai chegar da escola sem dar o meu beijo.- Disse sem parar com as cócegas e a menina se contorceu.

Sofia: Eu prometo!.- Aceitou rendida, e Lexie assentiu rindo e depositou um beijo estalado na bochecha dela que respirou aliviada.

Lexie: Gosto assim.- Disse indo até a cozinha, muito confortável dentro de um short branco e uma regata azul. Era o dia dela de folga, e estava com Sofia na casa de Mark, que agora, à pedido do próprio, também passou a ser dela.- O que vamos comer?.- Perguntou parada no meio da cozinha de braços cruzados.

Sofia: Bolo de chocolate.- Sugeriu animada e a obstetra negou.- Porquê não?.- Perguntou com um bico enorme.

Lexie: Bolo não é comida meu amor.- Explicou com calma, e a filha assentiu mesmo não concordando com àquilo.- Vou pedir para o seu pai trazer pizza.- Decidiu pegando o celular, e ligando para o namorado em seguida. Mas antes que a chamada completasse, a campanhia tocou e ela correu para abrir, pensando ser Mark que chegara mais cedo.

Lexie: Pois não..?.- Ergueu os olhos na direcção do desconhecido que estava parado no corredor.

__ É a senhora Lexie De Velasco?.- Perguntou checando a informação no papel, e viu a obstetra recuar um passo. Estava a meses sem ouvir àquele sobrenome que tanto lhe causava nojo.

Lexie: Grey.- Corrigiu, a voz saindo rouca.- Lexie Grey.- Repetiu firme.

__ Ele me disse que a senhora diria isso.- Respondeu dando de ombros e estendeu uma caixa média na direcção dela que recebeu desconfiada.- Assina aqui por favor.- Pediu e ela assim o fez.- Tenha um bom dia.- Desejou dando as costas, e entrando no elevador em seguida.

Lexie fechou a porta, ainda sem entender o que estava acontecendo e colocou a caixa por cima do balcão da cozinha.

Sofia: Quem trouxe?.- Perguntou curiosa e se aproximou dela que mordia o lábio apreensiva.

Lexie: Não sei.- Murmurou pensativa.- Vamos abrir.- Decidiu e Sofia bateu palminhas entusiasmada. Na respectiva caixa, havia um outro envelope igualzinho, ao que uma certa pessoa recebera, tinham de diferente, apenas a mensagem.

" E você achou mesmo que eu lhe deixaria, sem a minha adorável presença durante tanto tempo? Espero que você não tenha se esquecido do facto de que ainda somos casados, senhora De Velasco"

Ela levou a mão a boca atordoada, a primeira lágrima caiu sem que pudesse controlar, junto com a ficha de que o seu pior pesadelo estava de volta.

Sofia: Mamãe olha, tem uma calcinha.- Disse puxando o tecido da caixa.- Oh, está rasgada.- Disse triste e Lexie soluçou. Apesar de ter passado um tempo considerável, ela nunca esqueceria de que fora com àquela mesma calcinha, que o marido abusou dela pela primeira vez.

Lexie: Larga isso!.- Exigiu puxando a menina que descartou o tecido no chão.- Vai lavar as mãos Sofia, agora!

Sofia: Você está chorando.- Observou a mãe que tinha os olhos vermelhos.

Lexie: VAI!.- Gritou tomada pela raiva, e a menina correu para o quarto assustada.

Quando Mark chegou ( sem a pizza porque ela não chegou a completar a chamada ) , encontrou Lexie perto da janela, olhando a cidade. Abraçava o próprio corpo e balançava para frente e para trás, totalmente aérea.

Mark: Cheguei amor.- Disse descartando as chaves na mesinha e se aproximou dela que virou para encará-lo. E ele hesitou, ao ver os olhos dela vermelhos, inchados e terrivelmente assustados.

Lexie: Graças a Deus você chegou.- Murmurou pulando no pescoço dele que piscou confuso.

Mark: Você está chorando?.- Perguntou tentando olhar o rosto dela, mas não conseguiu porque Lexie simplesmente, se agarrou ao corpo dele como se a vida dependesse daquilo.- Ei, olha para mim.- Pediu e ela ergueu a cabeça trêmula.- O que foi.

Lexie: E..ele voltou.- Explicou com a voz embargada.- O Velasco voltou para me destruir novamente.- Concluiu e ele arregalou os olhos.

Ninguém estava esperando por àquilo.

...

Mais um capítulo porque vocês merecem😚😚

Tudo acontecendo ao mesmo tempo..

E sim, Alfonso casou.

E sim, Velasco está de volta.

E sim, as coisas não serão as mesmas.

Mas, confiem em mim🙈🙈🙈

For Now And For Love [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora