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Naquele fim de noite e começo de madrugada, depois que Evelyn foi levada com urgência para um hospital, Anahí decidiu voltar para casa porque ficara profundamente chocada com cada revelação que ouviu, e principalmente com a reacção de Ruth. Ela e Alfonso, despediram-se muito rápido das pessoas que tinham ficado, e seguiram para casa sendo seguidos por Pablo Alborán, que por um momento, um mísero momento, esqueceu completamente do motivo que o fez aparecer na festa de Luna. Mas dizem que a verdade falha, mas não tarda né?

Anahí: Quer alguma coisa pera beber?.- Encarou o amigo que se acomodava no sofá.

Pablo: Tem tequila?.- Ergueu os olhos pensativo.- Preciso de algo forte para esquecer o que ouvi hoje.- Disse com uma careta e Anahí assentiu antes de ir para a cozinha.

Alfonso: Eu vou cuidar dessa boneca que está quase pegando no sono.- Avisou tirando Aurora do carrinho. Pablo agradeceu com um asseno de cabeça, porque sabia perfeitamente que ele só queria dar privacidade aos dois. Alfonso pegou a bolsa da filha e sumiu com ela para dentro do quarto. Anahí voltou para sala com uma garrafa de tequila, um copo, limão, sal, e sentou do lado de Pablo no sofá, e em seguida retirou os sapatos que já machucavam os pés.

Pablo: Está tudo bem?.- Questionou. Anahí tinha uma ruga de preocupação na testa e mordia os lábios apreensiva.

Anahí: Estou preocupada com a Maite.- Confessou, e em seguida suspirou longamente.- Ela quase matou àquela mulher, e não é como se isso me importasse, mas a minha amiga pode ser presa.

Pablo: Só se a Evelyn fizer uma queixa.- Lembrou óbvio.- E duvido que ela vá fazer isso, tendo em conta que existe a possibilidade de levar mais uma boa surra.- Falou divertido e Anahí riu.

Anahí: Você tem razão.- Assentiu reencostando o corpo na parede.- Mas me diz, o que faz aqui Pablo?

Pablo: Como assim o que eu faço aqui?.- Retrucou confuso e a outra sorriu sarcástica.

Anahí: Você não acha que eu acreditei na história de que você e o Alfonso ficaram amiguinhos de uma hora para outra né?.- Questionou e ele revirou os olhos.- E além disso, o porteiro é meu amigo, ele me contou que você esteve aqui.

Pablo: Porteiro fofoqueiro.- Resmungou de mal gosto e ela sacudiu os ombros.- Mas e daí? Não posso fazer uma visita ao seu namorado e à sua filha que não me suporta?

Anahí: Você pode, quando as intenções são realmente essas.- Respondeu com a voz carregada.- Anda Alborán, diga a verdade de uma vez, o que você fez?.- Perguntou com os olhos dilatados e Pablo riu desacreditado.

Pablo: Você é chata viu?.- Anahí resmungou um não quero saber e esperou a resposta dele em silêncio.- Eu tenho uma irmã.- Contou bebendo uma boa quantidade de tequila.- Na verdade ela não sabe que somos irmãos.

Anahí: Como isso é possível?.- Perguntou tomada pela curiosidade e observou ele chupar um pedaço de limão.

Pablo: Ela é fruto de uma relação antiga da minha mãe.- Contou angustiado.- Descobri a alguns meses que ela existe, e foi um choque.

Anahí: Posso imaginar.- Disse tocando o ombro dele tentando passar força.- E aonde ela estava?

Pablo: A minha mãe levou ela à um orfanto com apenas alguns dias de vida.- Ele olhou Anahí por breves segundos e viu ela engolir em seco.- Disse que foi necessário porque supostamente nenhum homem ficaria com ela tendo uma filha nos braços.

Anahí: Isso é ridículo Pablo.- Esbravejou saindo do sofá.- E se ela não queria a criança, contou agora porquê?

Pablo: Ela está morrendo.- Respondeu encarando o chão, e sem saber exatamente o porquê, Anahí sentiu uma vontade absurda de chorar.- Acredito que seja peso de consciência ou algo do gênero.

For Now And For Love [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora