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Anahí: Céus, o que eu faço com você?.- Perguntou exasperada olhando Aurora que gritava à todos pulmões.

Uma semana passou desde que tivera alta do hospital, e agora ela e a filha se adaptavam a nova realidade. Realidade essa em que Aurora crescia nos braços da mãe  e não dentro da sua barriga. Como era de se esperar, Alfonso precisou voltar para casa, isso depois de Diana ameaçar fazer uma confusão se ele ousasse ficar mais uma noite naquele apartamento. Anahí que já esperava por àquilo, aceitou a ida dele numa boa e se preocupou apenas em cuidar da filha que era à única que merecia toda à sua atenção.

Então passaram à ser apenas as duas dentro daquele enorme apartamento. Anahí acordava as seis horas da manhã porque Aurora acordava às sete com fome, e ela precisava fazer um ritual todo antes de atendê-la. Naquele meio tempo, ela aprendeu a dar banho sem deixar o pescoço perigosamente abandonado, a trocar fralda em tempo recorde já que Aurora era um tanto impaciente. Aprendeu também a decifrar os choros da mesma, por exemplo: Quando ela gritava e esperneava as pernas no ar, era porque estava com a fralda suja; quando gritava e não caia nenhuma gota de lágrima, era pura birra e apenas queria colo; quando gritava e fazia um verdadeiro rio com as lágrimas, era fome. E assim, as duas iam se adaptando. As visitas reduziram significativamente já que todos optaram por deixar Anahí viver um pouco mais àquele momento sozinha.

E estava correndo tudo maravilhosamente bem até àquele dia.

Anahí acordou às seis da manhã como sempre, tomou banho e foi para à cozinha preparar algo leve para comer. Aproveitou os minutos que ainda lhe restavam para dar um jeito na sala e na louça suja, até um chorinho fino preencher todo ambiente. Como sempre, ela largou tudo o que fazia e foi para o quarto da filha que chorava e esfregava os olhos verdes idênticos aos do pai. Anahí brincou um pouquinho com ela, deu banho, colocou-lhe um fatinho vermelho com desenhos de melancia, e nos pés colocou apenas meias brancas. As duas seguiram para sala onde Anahí rapidamente sentou na poltrona para dar de mamar a filha. E foi então que a algazarra começou. Aurora simplesmente não queria mamar.

Anahí: Ok, você está limpa, está cheirosa, a fralda está seca.- Disse encarando a menina que chorava com vontade. Tinha os braços no ar em protesto. Até o rosto já atingira uma tonalidade vermelha.- Não estou entendendo o motivo de todo esse choro.- Pontuou saindo da poltrona e começou a ninar a filha de um lado pro outro. Mas o choro não parava. Aurora gritava, esperneava e não aceitava os seios da mãe de jeito nenhum.- VOCÊ VAI ME DEIXAR LOUCA!.- Gritou assustando a menina, e isso bastou para ela aumentar o choro como se fosse possível.
Anahí gemeu desacreditada e quando estava prestes à atirar a toalha no chão e se render ao choro, a campanhia tocou.- Era só o que me faltava.- Resmungou sem muita paciência mas foi abrir a porta. Os gritos da filha zumbiam no ouvido dela.

Alfonso: Any.. mas o que..?.- Hesitou parado no corredor. Saira de casa cedo e decidiu passar no apartamento de Anahí para dar um beijo nela e na filha, e grande fora a surpresa ao encontrar Anahí exausta segurando uma Aurora que já parecia ter iniciado a quarta guerra mundial.- O que aconteceu?.- Perguntou entrando  no apartamento e em seguida fechando a porta.

Anahí: Eu não sei.- Murmurou com a voz embarga. Alfonso franziu o senho. Ela queria chorar?.- Ela só chora, não quer mamar.- Disse derrotada.

Alfonso: Certo, me dá ela aqui.- Pediu esticando os braços. Anahí mesmo desacreditada que ele conseguiria fazê-la calar, entregou a menina.- Bom dia minha princesa.- Cumprimentou risonho.

Anahí: Mas que porra!.- Exclamou exasperada olhando a cena diante de si. Aurora ao ouvir a voz do pai, e depois de ter enxergado os olhos dele, cessou o choro como se tivessem desligado um botão no corpo dela.- Ela queria ver você?.- Perguntou mortificada. Alfonso ria gostosamente.

For Now And For Love [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora