𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐀┃Depois de ingressar na Armada de Dumbledore em seu quinto ano, a vida de Sarah Standish muda completamente. Além de se envolver com Draco Malfoy, filho do Comensal da Morte que odeia os Standish, a grifinória se ap...
N/A: Oi, gente! Acho que é a primeira vez que escrevo algo antes do capítulo começar. Eu ainda estou me adaptando a plataforma e não sei muito bem como interagir com que está lendo. Mas aos poucos vamos conseguindo. Eu não sei ao certo quantas pessoas estão lendo, porque só fui receber um comentário no capítulo 34... Queria interagir mais com vocês, então peço muito que vocês comentem. Enfim, vamos pro capítulo da semana.
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Ele andava silenciosamente pelos corredores. Internamente se sentia irritado com aquilo. Como o professor de poções tinha coragem de deixá-lo de fora de uma festa daquelas? Ele era um Malfoy, herdeiro de uma das famílias mais tradicionais do mundo bruxo.
"E uma das famílias que seguem abertamente Você-Sabe-Quem..." , ele pensou consigo mesmo.
O fato era que desde que seu pai fora preso, ser membro da família Malfoy era mais uma maldição do que uma benção.
"Será que não foi sempre assim?", se indagou por um momento e logo se arrependeu do pensamento.
Desde a prisão de seu pai ele se sentia completamente perdido. Além do que havia acontecido com Lúcio, que sempre fora seu maior exemplo, ainda tinha o fato de que precisava acabar com a vida do diretor até o fim do ano letivo.
"Não posso colocar a vida da minha mãe em risco...", pensou com firmeza enquanto tomava o ar pesadamente em seus pulmões.
No fundo ele sabia que estava pagando pelo erro que seu pai havia cometido no ano anterior. Erro esse que ele nem ao menos sabia qual fora.
Saber que Lúcio havia assassinado o pai de Sarah estava longe de facilitar as coisas em sua mente. O fato era que tudo estava nebuloso dentro dele e ele não tinha ideia de como acabaria com aquela sensação.
Ele nunca havia sentido remorso ou culpa. E era apenas o que ele sentia desde que lera a mente de Sarah semanas antes.
Mandara a carta pensando que melhoraria o que sentia, mas de nada havia adiantado. Toda vez que olhava para a grifinória sentia algo lhe corroendo por dentro e tudo que ele queria era acabar com aquelas sensações.
Estava completamente imerso em seus pensamentos. De repente invadir aquela festa não tinha mais sentido. O que ele achava, que tudo seria igual ao que era antes?
Resolveu voltar para seu quarto, mas tão rápido quanto, mudou de ideia ao ouvir vozes conhecidas no corredor seguinte.
Sarah estava ali em seu vestido de festa junto com Potter, que segurava a morena pela cintura. Prontamente a ideia de voltar para a sonserina lhe pareceu algo distante. Algo o prendia ali.
— Tente não pensar muito... - Draco ouviu a morena falar — Eu quase consigo ver o quanto você está pensando nas coisas que faz.
— Eu disse que era péssimo.
"Você é um idiota, Potter. Nem pra dançar você serve... Patético.", Draco pensou irritado.
— Não, senhor, volte aqui! - Ela disse. Draco sentiu um pequeno desconforto ao ver que ela voltou a colocar a mão de Harry em sua cintura — Você vai tentar outra vez... Mas dessa vez sem olhar pros seus pés.
— E pra onde você quer que eu olhe?
O desespero na voz do rival fez o loiro sorrir debochadamente. "É pra olhar pra ela, seu imbecil.", ele pensou no momento em que Sarah pediu para que o moreno olhasse para ela.
Quando os dois retomaram a dança diante dos seus olhos, Draco se sentiu incomodado. Por um microssegundo se imaginou no lugar de Potter.
Sua boca pareceu seca quando ele percebeu que Potter havia puxado a morena para mais perto e que ela repousara o queixo no ombro dela por alguns segundos antes que o moreno a girasse.
Ele sentiu o toque da pele de Sarah em seus dedos quando percebeu que Potter acariciava a cintura da morena.
E foi então que aconteceu. Foi como ser engolido por uma onda imensa. Não conseguia respirar e seu peito parecia pesar mais de uma tonelada.
Ele tentava desviar o olhar, mas de nada adiantava suas tentativas. Apenas conseguia acompanhar as mãos de Potter que agora acariciavam a nuca de Sarah.
Em um rompante, Draco conseguiu se mover. Seus pés pareciam maiores que o normal e ele tinha imensa dificuldade de respirar. Estava desnorteado como se tivesse acabado de tomar doses e mais doses de whisky de fogo.
Nem ao menos percebeu pra onde estava indo. Só voltou a realidade quando sentiu as mãos de Filch segurando seu paletó.
Foi arrastado para dentro da sala onde a festa que tanto queria invadir acontecia. Esbravejou e reclamou até que Snape o carregasse pra fora.
Quando saía da sala junto com o professor de poções, cruzou o caminho com Sarah. Olhou pra ela sem entender a raiva que sentia. Os cabelos bagunçados, as bochechas coradas e a boca vermelha da morena ali presente o fizeram voltar a cena de minutos atrás e ele sentiu mais uma vez ser invadido por sentimentos desconhecidos, mas que ele sabia que não eram bons.
Snape o levou até o corredor mais próximo e começou um imenso monólogo. Draco escutou sem nem ao menos prestar atenção nas palavras do diretor de sua casa que lhe oferecia ajuda em sua tarefa secreta. Colocou a sua melhor máscara de orgulho e com meia dúzia de palavras ríspidas seguiu seu caminho em direção a sonserina deixando Snape sozinho no meio do corredor.
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Ele parecia um vulcão perto de explodir. O que era tudo aquilo que sentia? Um misto de fúria e frustração que nunca havia experimentado antes. Ele era um Malfoy, emoções não eram feitas para uma pessoa como ele.
"Emoções nos enfraquecem.", lembrou das palavras do pai.
Precisava se distrair. Precisava de algo que o lembrasse como ele era antes. E foi vagando sem rumo pelo corredor que ele encontrou exatamente o que estava procurando.
A puxou pelo pulso e a prensou na parede do corredor sem dizer uma palavra. Ela o olhou confusa e por um segundo ele se perguntou se ele havia ficado com aquela expressão alguns minutos antes.
— Draco... O q... - Emily tentou começar sua frase.
— Shh... - Ele a interrompeu sem a menor gentileza — Apenas cale a boca, Rowle.
Foi a única coisa que disse antes de puxar Emily mais pra perto e começar a beijá-la com intensidade.
Os beijos de Emily precisavam fazer com que ele se sentisse mais como ele mesmo, independente de não saber mais o que aquilo significava.
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N/A: Bom, esse capítulo foi um pouco diferente porque resolvi mostrar só o ponto de visto do Draco pros acontecimentos do capítulo anterior. Acho que agora que o triângulo está começando a tomar forma, seria legal ter pontos de vista dele e do Harry e não só da Sarah. Se vocês curtiram, não deixem de me falar. Eu tenho um capítulo no ponto de vista do Harry pra ser postado em breve. Enfim, digam pra mim o que estão achando até agora, me ajuda muito a interação com vocês.
