Sarah ainda tentava assimilar tudo que havia acontecido. A cena de Snape atingindo Dumbledore com a maldição da morte passava em sua mente repetidas vezes na esperança de enxergar algo diferente e que fizesse o mínimo de sentido, mas era inútil.
Os gritos e explosões haviam cessado, o que a levava a crer que a batalha terminara e que a escola estava segura novamente. Internamente rezava para que os amigos estivessem bem.
Tentou se levantar, mas foi novamente invadida por uma onda de dor intensa que a fez gritar. Precisava chegar à ala hospitalar, Madame Pomfrey saberia o que fazer. Devagar, alcançou sua varinha e tomou coragem para sair do chão de uma vez por todas.
Já de pé, respirou fundo e passou a mão no rosto para tentar tirar o vestígios de sangue e lágrimas. Mais uma vez os acontecimentos passaram em sua mente. A forma como Dumbledore permanecera sereno durante toda situação, a forma como Snape encarou o diretor antes de matá-lo, o olhar de desespero de Draco antes de abaixar sua varinha e Harry saindo debaixo da capa de invisibilidade. Os flashes deixavam Sarah extremamente zonza, e a quantidade de sangue que perdera devido ao corte em sua cabeça certamente não ajudava a morena a se sentir melhor.
— F-Férula... - A morena entoou com a varinha na mão esquerda, mas sem conseguir conjurar as ataduras que queria — Ótimo... - Esbravejou consigo mesma no instante em que alcançou a escadaria da torre.
Ao chegar no corredor o coração de Sarah apertou por um instante. O rastro de destruição deixado pela batalha de minutos antes era grande. Se preocupou com os amigos mais uma vez e se perguntou se sentiria caso Adam estivesse gravemente ferido.
Deu alguns passos em direção à ala hospitalar e parou para respirar, o que fez com dificuldade. Sentia uma grande opressão em seu peito que ela tinha dúvidas se era causada apenas pela dor física que sentia.
Lembrou de Draco e de como o loiro parecia perdido e aflito. Por um segundo conseguiu ouvir o grito do rapaz chamando seu nome antes de ser arrastado por Snape. Ela sabia que Draco havia deixado o castelo com os Comensais, mas tinha certeza que fora contra sua vontade. Se perguntou se o rapaz seria punido por não conseguir realizar sua missão e seu corpo estremeceu com a possibilidade.
Perdida em um milhão de pensamentos e sentindo a vista embaçar a cada passo que dava, Sarah respirou aliviada quando chegou na grande porta de madeira da ala hospitalar. Podia ouvir vozes no interior da sala, o que aumentou sua ansiedade em ver se todos estavam a salvo.
— Sarah! - Hermione exclamou no segundos depois da morena passar cambaleante pela porta — Rony, me ajude aqui!
O ruivo se aproximou e amparou o corpo da morena que estava completamente exausta. Pela primeira vez desde que tudo começara naquela noite, Sarah se sentia segura.
— Meu braço... - Ela disse com a voz fraca — Cuidado com o meu braço.
O braço direito de Sarah pendia pesadamente para baixo lhe causando muita dor. Por mais que ela não fosse experiente como Madame Pomfrey, sabia que o estrago feito pelas quedas era grande.
VOCÊ ESTÁ LENDO
❙ A Profecia Perdida ❙ Draco Malfoy ❙ Livro 1
Fanfic𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐀┃Depois de ingressar na Armada de Dumbledore em seu quinto ano, a vida de Sarah Standish muda completamente. Além de se envolver com Draco Malfoy, filho do Comensal da Morte que odeia os Standish, a grifinória se ap...