O ambiente não possuía iluminação alguma. Era extremamente difícil conseguir enxergar qualquer coisa que estivesse muito longe de sua vista. A atmosfera era ainda mais fria do que o usual, até mesmo para a Mansão Malfoy.
Ele sabia que não estava sozinho. Ao lado de Voldemort estavam Bellatrix, Snape, Dolohov e mais outros comensais que ele não se lembrava do nome. Sentada em uma cadeira próxima a lareira estava sua mãe. Mas por mais que aquela fosse sua casa, ele podia ver que algo estava errado com o olhar que Narcisa carregava. Ele não sabia dizer ao certo o que era, mas era algo que beirava o pânico.
— Que bom que se juntou a nós, Draco.
As palavras de Voldemort causaram um arrepio imediato por toda coluna do rapaz. Ele não queria estar ali, não queria mais ser parte daquilo. Queria ir embora, precisava ir embora.
— Chegue mais perto. - O Lorde das Trevas estendeu sua mão indicando a cadeira onde estava sua mãe.
Quando finalmente se aproximou, Draco percebeu o que havia de errado: Não havia mais vida no corpo de Narcisa, sua mãe estava morta.
— O que... - Draco tentou assimilar o que via — O que aconteceu? - Ele perguntou quando pegou o corpo inerte da mãe e o puxou para um abraço.
Os olhos já estavam cheios d'água e era difícil respirar. Se agarrou ao corpo de Narcisa e se deixou chorar copiosamente. Caiu no chão escuro da Mansão e segurou ainda mais firme o corpo da mãe.
— Eu avisei o que aconteceria se falhasse. - Voldemort disse com frieza.
— O que quer que eu faça? - Draco perguntou ofegante — O que quer de mim? - Prosseguiu, desolado. As lágrimas ainda caíam pesadamente. O corpo de sua mãe frio em seu colo.
— Ora, Draco... Você sabe muito bem o que quero. - O Lorde das Trevas respondeu sem desviar o olhar que recebia do rapaz.
— Eu não tenho como fazer o que me pede! - Draco exclamou sentindo a raiva tomar todo o seu corpo.
— Poupe-me de suas desculpas! - Voldemort disse com desprezo — Você se mostra tão inútil quanto seu pai.
A comparação com Lúcio lhe incomodou como nunca antes. Era pelos fracassos do pai que ele estava naquela situação. Se o pai tivesse feito o que lhe fora pedido, ele não precisaria se tornar Comensal e sua mãe ainda estaria viva.
— Talvez você não tenha entendido a importância de sua missão, Draco. - Voldemort retomou a palavra se aproximando um pouco mais do loiro, que encolheu o corpo e abraçou a mãe em reflexo — Eu preciso de Dumbledore morto.
— Eu tentei! - Ele exclamou desolado.
— Não tentou o suficiente. - Voldemort disse com a voz mais baixa — Me pergunto se o que lhe falta é um pouco mais de incentivo.
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❙ A Profecia Perdida ❙ Draco Malfoy ❙ Livro 1
Fanfiction𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐈𝐃𝐀┃Depois de ingressar na Armada de Dumbledore em seu quinto ano, a vida de Sarah Standish muda completamente. Além de se envolver com Draco Malfoy, filho do Comensal da Morte que odeia os Standish, a grifinória se ap...