TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)

26 - O AMOR DE TODAS AS FORMAS 👫

Mais uma vez, estava sendo impossível dormir. Aquela era uma das noites mais quentes que já havia experimentado naquela cidade. Além do mais, Sarah não conseguia parar de pensar sobre tudo o que estava acontecendo. Seu relacionamento com Antony estava indo muito bem, e pensar em ir embora e voltar a vê-lo sabe-se lá quando era torturante demais, mas não tinha muitas alternativas, jamais aceitaria ficar vivendo às custas dele. Havia lhe dado apenas mais um dia e, por mais que não visse outra solução, resolveu esperar. 

Olhou no relógio do seu celular e viu que ainda eram duas da manhã. Decidiu ir até a cozinha beber um copo de água. Caminhou pela casa, passando pela sala e não pôde deixar de espiar alguns minutos pela janela. O mar estava mais lindo do que nunca, exibindo suas ondas escuras sobre a areia. Sarah se virou de costas, seguiu até a cozinha e tomou um grande susto quando viu uma figura parada na porta da cozinha. Antony estava de pé encostado na porta com suas pernas cruzadas, vestia apenas shorts, exibindo um peitoral largo bem definido sem nenhum pelo. Ela se perdeu por um instante.

Antony segurava um copo de água na mão e a observava atentamente.

— Lindo, não é? — A voz de Antony lhe tirou de seus pensamentos. 

O respondeu com a boca seca:

— Maravilhoso! — Sarah enrubesceu, pois notou que ele se referia à linda vista da janela. — Quero dizer, o mar é realmente lindo...

A cada palavra, o rosto dela tomava um tom avermelhado, pois ele sorriu, demonstrando que havia entendido muito bem o duplo sentido que ela havia usado na frase sem intenção.

Pensou que deveria fechar os olhos para não vê-lo assim, tão sexy, pois a cada instante que olhava aquele corpo perfeito à sua frente não conseguia dizer nada conexo. E seus olhos teimavam em descer cada vez mais, atentos em todas as partes másculas e viril de Antony cobertas apenas por aquele short... Era impossível não perder o juízo.

— Hoje está muito quente — ele falou para quebrar o gelo.

— Sim, eu vim beber água, assim como você. Acho que tivemos a mesma ideia. 

— Então, fique à vontade. Ele disse, abrindo caminho para ela passar. 

Enquanto Sarah passava por ele, seus corpos se tocaram e uma onda de eletricidade os invadiu. Os olhos de Antony pareciam incendiar e ela precisou pegar imediatamente um copo de água antes que entrasse em combustão. 

Ele a chamou enquanto ela se aproximava da cozinha.

— Sarah, já providenciei suas passagens de volta. 

Ainda enchia seu copo enquanto o ouvia, não pôde negar que havia ficado triste com aquele assunto sobre sua partida.

— Já está me despachando, é? — disse em tom de brincadeira, a fim de disfarçar o quanto estava frustrada enquanto dava o primeiro gole. 

Ele riu e deu passos à frente, ela se surpreendeu quando lhe pressionou contra a parede. Sarah sentiu suas costas tocarem os azulejos frios.

— Se eu pudesse, lhe prendia aqui e não a soltaria nunca mais. Você ficaria presa em minha casa, sendo somente minha, para sempre! 

Os olhos dele queimavam sobre os dela, enquanto dizia.

— Isto seria cárcere privado. Um crime inafiançável. Você poderia passar muito tempo na cadeia. — ameaçou com um tom de voz provocativo.