Quando chegou até o seu carro, Sarah se recusou a olhar para trás. Sabia que ele estava lhe seguindo, mas não fazia ideia do que ele queria.
Amaldiçoou mil vezes por nunca colocar suas chaves de forma acessível, sempre as jogava de qualquer maneira dentro da bolsa. Agora precisava vasculhar cada bolso, e estava muito aflita, pois sabia que ele estava se aproximando.
— Droga... Droga, onde coloquei estas chaves? — sussurrou para si mesma.
— Sarah!
Ela o ignorou mais uma vez.
Conseguiu encontrar as chaves e abriu o carro, mas sentiu a mão dele tocar seu braço, impedindo-a de entrar.
— Sarah, por que você está me ignorando? — Ele perguntou, um pouco nervoso.
Ela o encarou com uma expressão séria. Afinal, que direito ele tinha de segurá-la? Mas agora sabia que não tinha como fugir daquela conversa.
Antony continuou:
— Acho que precisamos conversar.
Sarah bufou, depois abaixou a cabeça, recusando-se a encará-lo, o que o deixou ainda mais irritado.
— Será que você pode, pelo menos, me olhar nos olhos, Sarah? — Ele pediu.
Ela não tinha nada para conversar com ele, queria mesmo ir embora. Mas ele levou a mão em seu queixo de forma delicada, implorando para encará-lo. Aquele toque tão íntimo foi capaz de mexer com tudo nela.
— Não tenho nada para falar com você. Me deixe ir embora.
Antony a soltou e fitou o chão rapidamente, soltando um sorriso, depois a encarou.
— Mas eu, sim, tenho muitas coisas a dizer.
Ela sentiu seu rosto queimar, ele a observava como se fosse capaz de ler seus pensamentos.
Houve um instante de silêncio, o coração de Sarah parecia que ia saltar do peito numa ansiedade absurda, até que finalmente ela falou:
— Não tenho tempo, estou atrasada para um compromisso... — mentiu, se virando de costas para entrar no carro.
Na verdade, ela não queria mesmo falar com ele.
De repente, Antony se colocou à frente dela e fechou a porta, prensando o corpo de Sarah contra o veículo. Ela sentiu cada centímetro dos músculos dele tocá-la, estavam próximos demais... naquele instante engoliu seco.
— Eu juro que estou me segurando para não te beijar agora mesmo — ele disse, olhando dentro de seus olhos.
Sarah piscou várias vezes, desejava que ele parasse com aquele joguinho, entretanto, seu corpo ardia implorando pelo contrário.
— Por favor... Antony... me solte! — ela pediu pausadamente e arfando.
No mesmo instante, percebeu que ele obedeceu. Seu corpo estava finalmente livre das mãos fortes dele. Uma mistura de alívio e decepção invadiu seu peito. A presença desse homem lhe deixava perturbada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)
RomansaDepois de anos, Antony Sillve retorna à sua cidade natal para o casamento dos seus melhores amigos. Ele agora se tornou um grande jogador de futebol, e terá que suar a camisa para conquistar Sarah Carter, a melhor amiga da noiva. Ela, no entanto, nã...