TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)

42 - PRECISO VÊ-LO🏥

A chuva caía ao lado de fora. Durante o trajeto, Sarah observava as gotas trocarem o vidro em um movimento repetitivo. Estava ansiosa para ver Antony. Desejava dizer o quanto o amava e que não se importava com o que acontecesse, nada mudaria entre eles. 

Assim que chegaram ao hospital, perceberam um movimento intenso. Na entrada principal, havia vários fãs com faixas e mensagens dedicadas a Antony. Aquele gesto de carinho por parte deles acalentou seu coração por um instante.

Na recepção estavam todos ali, a família em peso e Eduardo, que parecia ter visto um fantasma quando a viu chegar. O silêncio foi unânime e, se fosse em outros tempos, Sarah se sentiria constrangida.

Breno foi o primeiro a falar:

— Não era para você trazê-la aqui, senhor Tonny! 

Foi inevitável não ficar brava com o amigo, e Sarah logo interveio.

— Meu pai não tem culpa. Foi Mary quem me avisou, e é claro que eu viria de qualquer jeito, assim que soubesse pela TV!

Breno engoliu seco, se sentiu envergonhado por reagir daquela forma. Não havia concordado com a loucura de Antony em exigir que Sarah não soubesse que ele acordou. Aquilo era um absurdo, conhecia bem Sarah e sabia que ela viria de qualquer forma.

— Me perdoe, Sarah, é que... Isso tudo é loucura...

Percebendo que Breno não agiu por mal, Sarah o tranquilizou.

— Está tudo bem.

Então, todos se cumprimentaram.

Eduardo deixou claro que não achava uma boa ideia contrariar Antony naquele momento, mas Sarah o ignorou, sabia que ele sempre apoiaria Antony para o bem-estar dele, afinal eram amigos. Jim e Carmem, sempre atenciosos, estavam tensos. Antes que qualquer um deles se manifestasse, a porta do quarto de Antony se abriu e Clair saiu de lá juntamente com uma enfermeira. A atenção de todos estava naquele quarto. Quando Clair viu Sarah, seus olhos fitaram a jovem e sua reação foi inesperada para todos. Clair abriu um largo sorriso e o abraçou imediatamente.

— Sarah, minha filha, eu sabia que você viria.

— Me desculpe, Clair, mas eu precisava vir...

Claire lhe interrompeu:

— Sarah, eu sei o quanto você ama meu filho. Era impossível que não viesse.

Quando se soltaram, ambas sentiram uma forte conexão que havia entre elas, se entreolharam emocionadas.

— Como ele está? — Sarah não se conteve.

Viu Clair suspirar, cansada talvez.

— Melhor... Mas... Minha querida, vou precisar que você tenha muita paciência com Antony.

Sarah entendeu as entrelinhas. Clair estava tentando dizer que Antony não queria vê-la e ela o apoiaria. Compreendia, afinal ela era mãe e acreditava estar fazendo o melhor para o seu filho naquele momento. Mas Sarah não estava disposta a sair dali sem conversar com ele.

— Clair, eu preciso falar com ele!

As mãos dela estavam trêmulas. E Tonny as segurou como forma de demonstrar seu apoio.