TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)

15 - JOGANDO O JOGO DO AMOR ⚽

Antony tinha seu retorno marcado logo pela manhã, ela o acompanhou até o aeroporto.

Enquanto aguardavam o embarque, passaram em uma cafeteria. Decidiram não se apressar com o que seria no futuro ou sofrer com a distância que os separava, mas iriam aproveitar cada segundo sempre que estivessem juntos, mas ainda não tinham uma data para se verem novamente.

Bem ali, na cafeteria, havia uma jovem que atendia as mesas e olhava para Antony o tempo todo. Sarah logo desconfiou que se tratasse de algum tipo de fã, até aí tudo bem, sabia que precisaria se acostumar, pois para Antony aquilo era normal. Mas os olhos da jovem tinham algo diferente, não se tratava apenas de uma admiração de fã. Era uma moça, cerca de vinte anos, tinha pele clara e cabelos ruivos presos de forma impecável em um rabo, seus olhos verdes pareciam queimar cada vez que se virava para Antony. Após cochichar com outra jovem de pele negra e cabelos encaracolados que também estava uniformizada igualmente, ela se aproximou como se tivesse criado coragem.

— Olá, me desculpe o incômodo, mas você é Antony Sillve, o jogador do CFC Centro-Sul?

Seu sotaque condenava que a jovem ruiva pertencia à mesma cidade onde Antony jogava.

— Sim, sou eu — ele respondeu de forma simpática.

Sarah não pôde negar que o vê-lo sorrindo daquela forma para outra mulher era algo inquietante, mas precisaria se acostumar. Embora Antony não fosse tão famoso, ele jogava em um time profissional, sempre haveria pessoas para reconhecê-lo e fãs, inclusive do gênero feminino.

A garota ruiva fez um aceno para sua amiga, que se aproximou toda empolgada. 

— Eu disse que era ele! — ela gritou eufórica.

Antony se levantou e estendeu a mão para as duas jovens em um cumprimento, mas elas não se deram por satisfeitas e se jogaram ao mesmo tempo em seu pescoço.

— Eu sou sua fã! — gritou a ruiva sem desgrudar de seu pescoço.

— Meu pai vai enlouquecer quando souber que conhecemos o melhor jogador do CFC! — a morena se soltou.

— Posso tirar uma selfie? — A ruiva pediu, fazendo beicinho.

Antony olhou para Sarah, que sorriu, confirmando com um gesto de cabeça para que ele soubesse que estava tudo bem. Naquele instante, a ruiva fitou os olhos de Sarah, ela pareceu incomodada em ver Antony acompanhado. Sarah sorriu de forma simpática para as duas mulheres e notou que a ruiva a ignorou. 

Antony parecia tão à vontade que a situação não a incomodou, até que as fotos começaram a ficar íntimas demais. A morena já havia se dado por satisfeita com as fotos, porém a outra insistia em beijar Antony. Ele se desviava educadamente, mas as mãos dela tocavam sua cintura de forma íntima.

— Por favor, me dê um autógrafo — pediu ainda o segurando pela cintura.

Sarah tentou desviar o olhar para que Antony se sentisse mais tranquilo, mas notou que a jovem a desafiava.

— Claro. Só me diz onde?

A jovem retirou a caneta do bolso e o entregou. Sarah viu que ela abriu os dois primeiros botões do uniforme, revelando um generoso decote.