Depois de fazer as pazes com seu namorado, Sarah se sentiu aliviada. Agora havia conseguido voltar às suas atividades normalmente. Pretendia adiantar seu trabalho, pois à noite aconteceria um jogo importante para Antony, e alguns amigos se reuniram no apartamento para assistirem à partida.
Assim que Sarah chegou ao centro de pesquisas, encontrou-se com Dr. George pediu que ela fosse à ONG com William, pois ele faria a entrega das próteses que tinha prometido e Dr. George também tinha algumas doações para entregar em nome da universidade e desejava que Sarah os representasse. Entretanto, ela não esperava que ele lhe fizesse aquele pedido, justamente quando precisava estar em casa no horário.
Pensou em mil formas de negar, mas não tinha jeito, afinal se tratava de um compromisso de trabalho no horário de trabalho, a ONG não ficava tão distante, conseguiria fazer a entrega e ainda teria a oportunidade de reencontrar algumas daquelas crianças pelas quais ela tinha ficado encantada.
Talvez o Dr. William pensou que ela o acompanharia em seu carro, foi notória sua decepção ao vê-la entrar em seu próprio veículo.
Dirigiu cerca de quarenta minutos. Quando chegaram à ONG, foram recebidos por todos com carinho, as crianças estavam eufóricas e ficaram agradecidos pelas doações. Fizeram algumas avaliações e registros. Naquele momento, um garotinho de aproximadamente sete anos, sentado em sua cadeira de rodas, falou enquanto eram atendidos:
- Quando eu crescer, quero ser médico igual a você, Dr. William.
Uma menina que tinha sua perna esquerda amputada e também era atendida revelou:
- Eu quero ser uma supermodelo!
Sarah e William apenas sorriam ao ouvir os pequenos falarem tão animados sobre seus sonhos.
Uma jovem um pouco maior resmungou cheia de mau-humor do outro lado.
- E desde quando médicos andam de cadeiras de rodas e modelos têm pernas de metal?
As duas crianças sonhadoras ficaram desanimadas com aquelas palavras.
Sarah intermediou:
- Mocinha, vocês podem ser o que quiserem, basta estudar e se esforçar para alcançar seus objetivos. Nenhuma dificuldade deve ser empecilho para chegarmos onde desejamos - falou.
Não percebeu, mas os olhos do Dr. William estava completamente perdido em admiração com suas palavras. Ele realmente parecia estar... Apaixonado.
- É por isso que eu vou crescer e estudar muito! - gritou o menino empolgado.
Sarah sorriu satisfeita, só então seus olhos se encontraram com os de William e ela se sentiu um pouco constrangida. Ele abaixou a cabeça e continuou suas atividades na tentativa de disfarçar. A voz da menina rabugenta lhe tirou de seus pensamentos.
- Eu quero me casar um dia com um príncipe assim como o Doutor William.
- Ele já tem dona, a Doutora Sarah! - A pequenina que Sarah atendia falou com precisão.
Naquele instante, ambos se entreolharam novamente e Sarah ficou muito envergonhada com a conversa das crianças.
- Não! Eu não sou namorada do Doutor, nós somos amigos. Meu namorado se chama Antony!
Sarah foi salva pelo pequeno que estava com William.
- Eu sei, é aquele jogador de futebol!
- Sim, ele mesmo - respondeu, ignorando a decepção nos olhos de seu chefe.
Logo todos começaram a lhe encher de perguntas sobre Antony, Sarah percebeu William se afastar nitidamente, incomodado com a mudança de assunto.
Felizmente, tudo havia dado certo, conseguiram terminar dentro do horário e Sarah entrou em seu carro para ir embora. Saiu rapidamente a fim de fugir de William, além do mais, o céu estava escuro, o que significava que um temporal estava se aproximando.
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TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)
RomansaDepois de anos, Antony Sillve retorna à sua cidade natal para o casamento dos seus melhores amigos. Ele agora se tornou um grande jogador de futebol, e terá que suar a camisa para conquistar Sarah Carter, a melhor amiga da noiva. Ela, no entanto, nã...