44 - A VIDA SEGUE❣️

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Olá meus leitores ❤️
Como eu já havia dado spoiler, se preparem para ver charmoso, Dr. Willhiam novamente.

Será que agora Sarah irá lhe dar uma chance já que Antony lhe deixou?

Espero que gostem...

❤️⚽🥉

Seis meses se passaram desde que Eduardo foi até sua casa. Naquele dia, ele levou a notícia de que Antony iria embora do país a fim de tentar um tratamento no exterior. Realmente, ele parecia ter desaparecido completamente. Nas notícias que a mídia transmitia, sempre se perguntavam por onde ele andava, tinha sumido sem deixar rastros.
Desde o início da separação, Sarah tinha esperanças de que as coisas mudassem, que em algum momento Antony colocaria a cabeça no lugar, perceberia que o amor que ambos sentiam podia superar tudo o que estavam passando. Mas não foi assim, Antony simplesmente desistiu de tudo e lhe expulsou de sua vida. Ela tentava se recuperar, decidiu viver um dia de cada vez, mas estava sendo impossível esquecer dele e de tudo que viveram. Ela ainda o amava, sentia falta de tê-lo, dos seus braços, seu toque... seus beijos e a ausência causava dores em todos os lugares possíveis de seu corpo e alma.
— Acho que isso não vai ficar bom. Você vai precisar contratar um pintor — A voz de Mary lhe tirou de seus pensamentos.
Aquela era a nova ala infantil da clínica. Sarah estava ampliando e desejava fazer algumas pinturas nas paredes. Mary não levava jeito, as borboletas que deveria ter pintado estavam irreconhecíveis. Sofia dormia no colchão ao lado, cansada depois de tanta bagunça que haviam feito naquele dia. A roupinha da pequena estava coberta de tinta.
— Está ficando bom, eu acho! — Sarah se referiu aos desenhos que fizeram.
Haviam passado o domingo inteiro ali, Breno estava viajando a negócios e por isso Mary embarcou naquela aventura.
— Precisamos de um banho — Mary falou.
As duas se entreolharam e sorriram ao ver como estavam sujas.
Mary usava shorts jeans e uma t-shirt azul que estava coberta por manchas de tintas. Sarah usava um macacão curto também jeans e uma blusa rosa claro por baixo, seu cabelo estava preso por uma tiara e um coque alto.
As duas riam e gargalhavam de sua aparência ou talvez fosse o efeito da garrafa de vinho que estavam bebendo.
O som da campainha tocou.
— Deve ser Breno, preciso ir embora levar essa mocinha para tomar um banho. — Mary falou, indo até a recepção para observar pela câmera.
Quando voltou, estava com os olhos arregalados e Sarah ficou preocupada.
— O que foi, Mary?
Ela se encostou na parede, realmente parecia um pouco bêbada e ficava engraçada assim.
— Acho que abriram a porta do céu, tem um anjo lá embaixo.
Sarah ficou confusa e foi rápido para conferir. Ela jamais conseguiria imaginar quem estaria ali. Viu que ele era alto e seus cabelos estavam mais loiros do que nunca, parecia um pouco impaciente com as mãos no bolso e sua roupa social que o deixava muito atraente.
—... Dr. William!? — sussurrou incrédula.
Mary estava eufórica e deu alguns pulinhos animada.
— O que esse homem faz aqui? Uau... Ele é muito sexy!
— Não faço ideia de como ele veio parar aqui! Se controle, Mary!
Sarah olhou para seu estado e pensou duas vezes se deveria abrir. Mas Mary não lhe deu sossego.
— Vai, abre logo!
Já que não tinha muitas alternativas, Sarah abriu o automático e, através do interfone, mandou-o entrar. Pode acompanhá-lo através da câmera.
Pessoalmente, ele estava ainda mais lindo.
— Dr. William, que surpresa — ela cumprimentou um pouco sem graça diante de sua presença imponente.
Ele deu um passo à frente, meio tímido, e a beijou no rosto.
— Oi, Sarah!
Mary pareceu hipnotizada.
— Dr. William, esta é minha amiga, Maryene — apresentou Mary.
— Nossa... — ela resmungou, apreciando sem disfarçar sua admiração.
Sarah estava vermelha, envergonhada pela reação de sua amiga. Mary devorou William com os olhos.
— Prazer, Maryene.
— Que surpresa, Dr. William.
— Pois é, me desculpe a indelicadeza por não avisar que eu viria. Acontece que estou em um seminário na cidade e acabei não resistindo em vir conhecer sua clínica, ouvi falar muito dela.
Sarah franziu a sobrancelha, não imaginava que sua clínica fosse famosa. Ele a olhou de forma intensa, e estranhamente ela se sentiu mexida.
— Mas é domingo, como soube que eu estava aqui?
Ele sorriu, revelando dentes perfeitos. Mary quase foi ao delírio. Sarah lhe deu um empurrão com o cotovelo discretamente, a fim de que sua amiga fosse mais discreta.
— Eu vi em seu Instagram. Você postou uma foto aqui, há poucas horas...
Ela se lembrou de que havia feito a foto horas antes e marcado a localização da clínica, assim que Mary chegou para iniciarem a pintura.
William continuou:
— Eu confesso que fiquei curioso para saber o resultado da obra de arte, e pelo estado de vocês deve ter ficado bom — os olhos dele vagaram por toda a sujeira de tinta.
Ela enrubesceu, olhando novamente para sua aparência. Tinha tinta até em seu cabelo, pois Sofia passou o pincel quando brincava.
Já Mary continuava animada com a presença do Doutor.
— Então, Sarah, convida o seu amigo para ver o nosso trabalho.
Agora parecia mais controlada, porém era nítido que ela estava lhe empurrando para cima de William.
— Ah, sim... Venha, Dr. William...
Ele a interrompeu:
— Apenas se você parar de me chamar de doutor ou terei que lhe chamar de doutora também.
Ela riu novamente, não entendeu por que estava tão tímida.
— Tudo bem, William. Vamos, vou levá-lo para ver nosso trabalho.
Quando se viraram de costas, a campainha tocou novamente e Mary foi conferir se desta vez era Breno, mas não o deixaria subir de forma alguma.
William ficou admirando cada parte do espaço, a clínica não era muito grande, mas aconchegante e moderna. Ao entrarem na sala infantil, ficou observando completamente atento à pintura na parede.
— Nossa, ficou bom! Bem que vocês têm talento.
— E você é um bom mentiroso!
Ele olhou para o chão e não conteve um riso. Sarah também riu.
Mary entrou na sala recolhendo suas coisas e pegando Sofia no colo.
— Bom, já que agora você tem companhia e o meu carro já chegou, preciso ir, vou levar essa mocinha para tomar um banho.
— Mary... — sussurrou Sarah discretamente porque sua amiga lhe deixaria sozinha.
Mary cochichou:
— Você está muito bem acompanhada! — falou rindo enquanto saía — William, foi um prazer conhecê-lo, espero que possamos nos ver em breve, agora preciso ir.
— O prazer foi meu.
Ela ainda saiu se abanando com as mãos e olhando para Sarah cheia de malícia, enquanto William estava entretido com a pintura.
Quando finalmente Mary saiu, o clima ficou diferente. Sarah sentiu um frio em seu estômago. Fazia muito tempo que não sentia isso por estar perto de um homem. Talvez fosse carência depois de tudo que sofreu, por isso sabia que precisava tomar muito cuidado.
— Você continua linda, Sarah.
Ele falou, se aproximando. Ela deu um passo para trás e disfarçou.
— Continua mentindo. Olha o meu estado!
— Desta vez, não estou mentindo, você está mais linda do que nunca.
Os olhos dele a encararam intensamente e ela precisou desviar em alguns momentos, pois ficou vermelha.
Houve um silêncio entre eles.
— Eu soube o que aconteceu. Como você está?
Era óbvio que ele estava falando sobre o acidente e seu término com Antony. Aquele assunto lhe desanimou no mesmo instante.
— Se você não se importar, eu não gostaria de falar sobre isso.
Ele confirmou com gesto de cabeça, lhe compreendendo.
Continuaram admirando a pintura por um tempo e logo o assunto mudou. Sarah lhe contou sobre todo o trabalho da clínica e assim ela ficou muito mais à vontade. William parecia muito interessado e o tempo todo elogiou seu trabalho, deixando-a satisfeita. Há muito tempo não conversava assim com alguém. Se recordou de quando trabalharam juntos e de como existia uma química de trabalho muito forte entre eles.
A noite chegou e ela o serviu de uma taça de vinho, já que ele viu a garrafa no chão. Conversaram também sobre o projeto que ele estava desenvolvendo na Espanha. William ainda lamentou que ela não tenha aceitado a proposta. O que foi inevitável não deixá-la entristecida, pois se recordava de ter largado tudo para estar ao lado de Antony, que era o grande amor da sua vida, mas ele não levou isso em consideração quando terminou tudo nem deu uma chance para eles. Percebendo a tristeza em seu semblante, William mudou de assunto novamente.
Depois de horas de conversa, ele a levou para casa. Estavam estacionados na porta de seus pais e Sarah o convidou para entrar.
— Obrigada pela carona, William. Poderia entrar se não se importar com a presença dos meus pais, ainda moro com eles — falou, franzindo a sobrancelha.
— Claro que eu não me importo, mas vou deixar para uma outra oportunidade. Será um prazer conhecer seus pais. Mas eu preciso voltar para o hotel, amanhã será o último dia do seminário e na terça retorno para a Espanha.
No fundo, Sarah se sentiu aliviada de que ele não aceitasse seu convite para entrar. Conhecendo seus pais como os conhecia, eles certamente iriam pensar que fosse algum tipo de pretendente, e não dariam sossego para o Doutor.
— Ah, que pena. Mas... Foi bom revê-lo.
Naquele instante, o clima ficou estranho, ela não soube como se despedir, se deveriam dar um abraço ou um aperto de mão. Mas William foi bem direto, demonstrando quais eram suas verdadeiras intenções. Ele se aproximou lentamente até tocar suas mãos, seus olhos se encontraram e seus rostos estavam muito próximos, então viu que ele tentaria lhe beijar, seu coração bateu muito forte, ela não entendeu aquelas reações. Foi tudo muito rápido, mesmo assim conseguiu reagir. Sarah se desviou, virando o rosto para que seus lábios não se tocassem, e ele acabou beijando sua bochecha.
William se afastou e enfiou as mãos no bolso, tentando disfarçar sua decepção. Mesmo assim, Sarah sentiu que ele não se daria por vencido.
— O que você acha de nos encontrarmos amanhã? Talvez pudéssemos conversar um pouco mais.
Ela pensou em negar, até desejava isso, mas, no fundo, sentiu que precisava sair um pouco, e suas conversas com William eram sempre interessantes.
— Podemos sim!
Ele pareceu surpreso quando ela aceitou. Seus olhos se encheram de alegria e ele esboçou um sorriso charmoso.
— Então... Te busco às sete.
— Tudo bem, até amanhã.
William ficou observando ela sair e caminhar até a sua casa, no fundo estava satisfeito, pois parecia ter alguma chance pelo menos desta vez.
*
Aquela noite foi difícil dormir, não podia negar que se encontrar com o William mexeu com todas as suas emoções, ele se tratava de um homem muito bonito e tinha uma forte influência sobre ela. Mas Sarah sabia que aquilo se tratava de um jogo muito perigoso. Não poderia brincar com os sentimentos dele, pois sempre soube que o William sentia algo por ela, porém naquele tempo ela estava comprometida. Depois que Antony a escorraçou de sua vida, ela acreditou que nunca mais se envolveria com outra pessoa. Apesar de todo encantamento do Doutor, a verdade era que Antony ainda estava cravado em seu coração. Talvez esta fosse sua oportunidade para amenizar essa dor que a consumia todos os dias por ter sido deixada, e na verdade sabia que era humana, e que precisava viver sua vida, não podia ficar à espera de Antony para sempre. Então, resolveu que aproveitaria a oportunidade que estava tendo.
No dia seguinte, saiu da clínica mais cedo e passou em casa para tomar um banho. Há dias não tinha tanto prazer em se arrumar. Lavou os cabelos e, enquanto secava, viu o quanto haviam crescido, se recordou de quando os cortou a fim de mudar o visual e Antony não tinha manifestado ânimo quanto a isto.
"Eu gostava do seu cabelo longo..."
Mas afastou a lembrança imediatamente, precisava seguir em frente, esquecer de lembranças que lhe causavam dor.
Ouviu o carro chegar, passou o batom rapidamente, pegou sua bolsa e saiu indo ao encontro de William.
William estava mais lindo do que nunca, com seus cabelos como sempre, bem penteados, e usava um terno impecável cinza com uma camisa preta por dentro. Havia dispensado a gravata, o que lhe deixou mais casual. Enquanto seguia até o carro, foi impossível não se sentir tímida com os olhares que recebia. Ela vestia um vestido vermelho justo de alças nos ombros.
Se cumprimentaram com um beijo no rosto e Sarah percebeu que ele demorou para soltá-la.
Ela pigarreou discretamente, William a soltou e deu a volta no carro, entrando e deixando-a do lado de fora. Um aperto preencheu seu peito, ela se lembrou de todas as vezes em que Antony lhe fez a gentileza de abrir a porta para ela. Quando caiu em si, ele a esperava entrar.
Já dentro do carro, ainda assimilando as coisas, sabia que não poderia comprar todos os homens da face da terra com Antony, afinal, se ele fosse tão perfeito assim, estariam juntos.
A voz do Doutor lhe tirou de seus pensamentos:
— Você está maravilhosa!
Ela se encolheu no banco, timidamente recebendo o elogio. De repente, ela deu um leve pulinho quando sentiu a mão dele tocar sua perna. Sarah se assustou, não entendeu que tipo de intimidade era aquela. Respirou fundo. E rapidamente ele a soltou para ligar o carro. Ainda ficou pensando naquela atitude de William. Começava a se arrepender de ter saído de casa.
O jantar foi em um restaurante muito fino, daqueles que Sarah não gostava de frequentar. Mas já conhecia aquele lugar, Maryene sempre lhe convidava para jantarem ali.
— Você quase não tocou na comida.
Ouviu William reclamar.
A verdade era que Sarah não apreciava comidas tão sofisticadas, além do mais, ouvir William a noite toda falando sobre seus prêmios e conquistas não ajudou muito, até sentiu que ele desejava lhe impressionar, quando na verdade estava lhe fazendo desejar voltar para casa e se enfiar em seu quarto lendo todos os seus livros preferidos.
— Não estou com fome.
— Ou talvez não tenha gostado da comida.
Ela tentou disfarçar o quanto ele havia acertado, mas não queria deixá-lo constrangido pela escolha.
— Não, a comida está ótima.
— Se quiser, eu posso pedir a conta.
Ela até poderia negar, mas desejava muito ir embora.
— Se você não se importar.
Mesmo percebendo certa frustração em seus olhos, Sarah o viu pedir ao garçom a conta. Pagou e, felizmente, logo estavam de volta ao carro. Mais uma vez, ela se viu esperando que ele abrisse a porta, mas logo desistiu quando sentiu o vento frio tocar sua pele enquanto ele se acomodava confortavelmente no carro.
— No próximo mês, estarei de volta para um workshop, talvez poderemos sair novamente.
— Ah, sim, claro.
Falou, mas na verdade Sarah nem percebeu o que ele dizia, estava perdida em seu vazio que a invadia com frequência, aceitou aquele jantar a fim de tentar preencher algo, mas notou que não seria uma tarefa tão fácil.
Quando ele estacionou, o silêncio se instaurou entre ambos, ela precisou usar qualquer argumento para quebrar o clima.
— Desta vez, deseja entrar? Mas infelizmente meus pais não estão, eles têm um barco e às vezes passam a noite ao mar.
Ele sorriu, ela só não entendeu o motivo de tanto entusiasmo.
— Ah, sim, claro. Te devo essa, afinal ontem fui indelicado.
Sarah ficou surpresa por ele ter aceitado, na verdade, o convite havia sido apenas por acaso, ele não precisava entrar, afinal, o que fariam? Ela não tinha mais assuntos para falar com ele.
Já estavam dentro de sua casa, Sarah não soube como agir, então simplesmente lhe ofereceu uma bebida. Quando se virou de costas para pegar, sentiu William se aproximar. Ela não entendeu o porquê de ter ficado tão tensa. Logo sentiu as mãos dele lhe envolverem pela cintura.
— Eu estava ansioso por este momento — falou em tom sedutor.
Ela gemeu ainda tentando se esquivar, mas ele a segurou firme, forçou ainda mais, e era nítido que ignorava suas tentativas de fuga. Sarah ficou irritada por ele insistir. A boca dele era ágil na tentativa de alcançar a sua. Ela virou o rosto, porém ele segurou seu queixo, forçando e apertando para se certificar de que ela não afastaria. Quando sentiu a boca quente e úmida do Doutor, a única sensação que teve foi de nojo e desprezo. Como ele era capaz de forçá-la daquela forma?
— William... Me solte!
Mas ele não obedeceu, ainda insistiu em outro beijo. E desta vez, uma de suas mãos subiu por sua perna, tentando alcançar suas coxas.
— William... — gritou, o repreendendo novamente.
Sentiu suas costas baterem contra a parede. Ele era bruto e selvagem.
— Sarah... — ele disse, arfando como se não se importasse com seu desprezo.
Uma forte angústia tomou Sarah, temia que ele a tomasse à força, e a forma como ele agia, era bem provável que fosse capaz.
Foi então que ela lhe deu um chute, acertando suas bolas, e o empurrou. William ainda ficou gemendo, não acreditando no que aconteceu.
— Você é louca!
— O que você pensa que estava fazendo?
Ela se afastou e ficou no canto, nervosa com a situação. William, no entanto, gemeu completamente irritado.
— Foi você quem me convidou para entrar.
— Sim, eu te convidei para entrar e não para transar! — ela gritou furiosa. — Tentei apenas ser educada com você.
Ele bufou, se recuperando, e ajeitou seus cabelos que haviam caído no rosto.
— Você ainda pensa naquele jogador, não é?
— Isso não é da sua conta!
Ele passou a mão pelo rosto e depois se aproximou dela, aparentemente mais calmo.
No entanto, ela recuou.
— Desencana desse cara, ele não serve para mais nada, você sabe melhor do que eu que ele não passa de um inválido.
Sarah, naquele instante, odiou ter conhecido algum dia William, a raiva penetrou cada veia de seu corpo por suas palavras desrespeitosas.
— Por favor, vá embora! — foi a única coisa que conseguiu dizer.
— Sarah...
— Se você se aproximar de mim, eu juro que chamo a polícia e acabo com sua reputação.
— Tudo isso por causa de um jogadorzinho? Eu te disse que você não tinha futuro com ele. E agora, ele te deu um fora, você precisa se dar uma chance.
— Antony é um homem incrível, e você nunca vai entender isso, porque ao menos sabe tratar uma mulher. Agora, por favor, vou pedir pela última vez: vá embora!
Ele ainda ficou parado, lhe encarando por um instante. No fundo, sabia que havia feito merda. William passou por ela e saiu pela porta principal sem olhar para trás. Logo, Sarah pode ouvir os pneus do seu carro saírem fazendo um barulho irritante.
Então, a jogou no sofá, completamente perdida em meio a várias emoções.
*
Sempre que tinham oportunidade, Mary e Sarah almoçavam juntas, como fariam naquele dia. Ela aguardava sua amiga ainda na clínica para irem ao restaurante. Vários pensamentos invadiam sua mente de uma forma acelerada, refletia acerca dos últimos acontecimentos e o encontro traumático que havia tido. A companhia de Mary lhe ajudava nos momentos difíceis. Depois do ocorrido com William, Mary ficou chocada com tudo que Sarah lhe contou, jamais imaginou que o Doutor fosse tão presunçoso. Mas ficou satisfeita por Sarah ter lhe colocado no devido lugar.
Quando sua secretária avisou a chegada de Mary, Sarah se recompôs imediatamente, pegou sua bolsa e foi ao encontro de sua amiga.
Sarah entrou rapidamente no carro na tentativa de disfarçar seu desânimo.
— Sarah, você está bem?
Ela fungou, evitando encará-la, pelo visto sua tentativa de disfarçar sua angústia não havia sido um sucesso.
— Estou bem.
— Não, amiga. Você não está bem, nada bem. Já está sabendo, não é?
Sarah se virou para Mary, confusa.
— Sabendo sobre o quê?
Mary ficou dividida entre contar ou não que Antony estava de volta ao país depois de seis meses de tratamento no exterior.
— Antony... Ele está de volta. Pensei que tivesse visto alguma reportagem sobre ele.
Ela ficou sem reação, saber que ele estava de volta mexeu com suas emoções.
— Não, eu não soube. Mas também não me importo. Vamos logo ou não teremos tempo de nos alimentar — falou friamente, fingindo que estava tudo bem.
Mary obedeceu e logo chegaram ao restaurante a que estavam acostumadas.
Por alguns instantes, elas conversavam sobre a festa de aniversário de Sofia, que havia sido simplesmente encantadora. Porém, uma certa reportagem na tela do restaurante lhes chamou a atenção. Era uma enfermeira dando entrevista na TV, alegava ter trabalhado para Antony e falava em um canal de fofocas sobre a personalidade forte e o quanto ele era uma pessoa arrogante. Trata-se de uma mulher jovem e bonita. Relatava os momentos


🥉⚽❤️

Será que sou somente eu quem estou ansiosa para que o nosso casal volte logo?

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TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)Onde histórias criam vida. Descubra agora