AMOR INCONDICIONAL

2°

MARIANA

_ Boa noite.

Fui educada e cumprimentei todos com um beijo no rosto, por último o moreno tatuado. Quando ele se levantou pude ver o quão grande era de perto.

Felipe: Boa noite.

Ele veio me dar um beijo na bochecha, mas pegou bem no canto da minha boca, foi intencional eu percebi! Fiquei sem graça por sua ação, mas tentei me recompor o mais rápido que pude. Ele mal esperou nos sentar e me convidou para dançar, não tão certa de que estava realmente raciocinando, aceitei seu convite.

Sabia um pouco de pagode, afinal Anna era passista da Vai-Vai e aí de mim se não arriscasse sambar.

Ele me conduziu maravilhosamente, fiquei encantada. Às vezes a sua mão me apertava junto de seu corpo para então cheirar meu pescoço arrastando seus lábios.

Ele está querendo me confundir, e sinto dizer que estou cedendo.

...

Estávamos conversando a um tempo mais afastados de todos, precisamente do outro lado da avenida encostados no carro dele, uma Land Rover Velar 2018 preta. Ele me contou pouco da sua vida, confirmando minhas suspeitas de ser fechado já eu contei tudo e mais um pouco, até que estávamos comemorando o meu novo emprego, não sei porque, mas me senti confortável em compartilhar essa conquista com ele. Por sua vez, ficou feliz e me parabenizou.

Nesse tempo em que estávamos afastados notei que a bebida não parava de chegar e eu que sempre fui fraca já me sentia meio alegrinha.

Felipe: Vi quando ela gritou e olhei, achei que tinha morrido. Vi um anjo de cabelos negros.

_ Está me deixando sem graça.

Nos olhamos por alguns segundos e sei lá, a vontade em mim era pular em seu pescoço, mas não poderia ser tão dada.

_ Sério, não sou tudo isso. Existem garotas mais bonitas.

Felipe: Pra mim é a mais linda.

Ele me encarou firme por alguns segundos, desencostou do carro e se aproximou de mim, bem na minha frente.

Quando percebi a língua dele já estava exigindo passagem na minha boca. E que beijo. Ao mesmo tempo que era selvagem era carinhoso e não sei o que foi feito com o copo que ele segurava, mas as suas duas mãos apertavam minha cintura e o seu corpo espremia o meu contra o carro, foi então que pude sentir o volume entre suas pernas.

Bem que a minha mãe falava para não cutucar onça com vara curta.

Felipe enfiou uma mão no meu cabelo e a outra ele apertou minha bunda, eu estava tão extasiada pelo momento que nem me toquei que estávamos numa rua pública, mesmo que estivesse escuro pois a iluminação do poste mal clareava, mesmo assim alguém podia passar.

Ele enfiou a mão por entre minhas pernas passando por cima da minha calcinha e foi inevitável não gemer.

Gemi em seus lábios porque me sentia quente, queria receber tudo o que ele estava prestes a me dar.

Felipe : Caralho! – Gemeu frustrado depois de se afastar.

Ele olhou para os lados e depois para mim, em seguida ajeitou meu vestido e concluiu.

Felipe: Foda-se seus compromissos hoje morena, vou te sequestrar!

Ele riu de suas próprias palavras, porém eu não entendi porque parecia ser uma piada interna. Estava extasiada ainda quando ele abriu a porta do carro e me colocou lá dentro, logo em seguida entrou no lado do motorista e deu partida.