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O tal Ceará chegou.

Ceará: Qual foi cara? Vim aí cuzão.

Bruno: Valeu parça. Explica aí a história do celular.

Ceará: Que história pô. Que tu colou no bar do Doni e esqueceu o celular lá e eu peguei? Tá aqui, fiz nada com ele não chefe.

Bruno: A minha mulher fez uma ligação nesse número e uma vadia atendeu.

Ceará: Porra chefe. Brotei na base de uma mina aí, ela deve que atendeu achando que era meu celular. A filha da puta queria me complicar com a minha mulher. Vai tomar um pião.

Bruno: Jaé, só essa fita mesmo.

Ceará: Vou lá resolver isso, aqui teu celular.

Eu estava quieta e quieta fiquei. Anna estava se desmanchando em lágrimas.

Bruno: Ouviu né? Agora quem não fica nessa porra sou eu.

Anna: Bruno, me perdoa. Meu preto.

Ele subiu as escadas e ela subiu atrás gritando desesperada.

Biano: Bora vazar patroa. Agora e com eles.

_ Não posso deixar minha amiga aqui, e se ela fizer alguma coisa.

Biano: Tô vazando então, qualquer coisa chama.

_ Obrigada Biano.

Ele saiu e eu fui até a cozinha beber água.

Não ouvi barulho na parte de cima. Menos mal.

Me sentei na mesa e fiquei esperando. Demorou um tempo. Comecei a ouvir batidas seguidas de ??? Ai, não acredito? Anna é uma quenga mesmo.

Eu aqui preocupada com ela e ela transando com o marido.

Sai da casa, subi na moto e fui pra minha. Cuidar da minha família.

Cheguei na minha casa e fui direto pra cozinha.

Felipe tentando preparar alguma coisa enquanto Samuel, Pedro e Maria estavam na bancada.

_ Posso saber o que está acontecendo?

Felipe:  A princesa da casa quer brigadeiro.

_ Me dá, deixa que eu termino.

Ficamos o resto da noite assim. Curtindo o momento em família. Minha Maria estava contente, acho até que esqueceu da briga dos pais.

Jantamos pizza e logo depois coloquei ela pra dormir no meio de nós. Não demorou muito ela apagou.

Felipe: E aí ? Tá tudo tranquilo lá?

_ Quando eu saí estava tudo bem.

Felipe: Que bom.

_ E que história de viajem é essa?

Felipe: Vou ter que ir na baixada esse fim de semana. Vou levar os moleques pra uma missão.

_ Felipe?

Felipe: Fica tranquila, não é nada envolvido com meu trabalho.

_ Amor. Cuidado, são crianças.

Felipe: Eu sei, e tudo que eu mais quero é que eles cresçam fora disso. Num ambiente familiar.

_ Eu também. Essa vida aqui me desgasta. Não ter você sempre por perto e quando está por perto é cheio de segurança.

Felipe: Tô ficando velho pra isso também. Não sei se dá mais pra ficar com a cara na reta.

_ Te amo. Estarei com você até o fim.

Felipe: Eu também te amo morena. Tu foi o maior acerto entre tantos erros que cometi.

Ele veio pro meu lado me dando um beijo que foi pegando fogo. Quando vi a mão dele já estava esmagando meu seio.

_ Fê... Para, a Maria.

Felipe: Leva ela pro quarto dos meninos. Quero comer tua bocetinha.- ele sussurava em meu ouvido.

_ Não, se aquieta. Daqui hoje você não vai ter nada.

Felipe: Poxa morena.

_ Vai, vai pro teu canto.

Felipe: Ahhhhhhh!

Muito contrariado, mas foi pro canto dele.

Felipe: Como pode né? Tão pequena, mas já tá empatando minha foda da noite.

Eu ri da idiotice dele.

O celular do Felipe começou a tocar.

Felipe: Pronto, não bastou a filha, agora o pai.

Ele atendeu.

Felipe: Fala pau no cu!

A expressão dele mudou, eu já me sentei na cama.

Felipe: Jaé mano. Bora dar um rolê, tu esfria a cabeça e agente conversa.

Felipe: Tô saindo, aguarda aí.

Ele desligou.

_ O que foi?

Felipe: Deu ruim na reconciliação. Mano tá saindo de casa.

_ Aí meu Deus. A Anna, preciso ir até lá.

Felipe: E vai deixar a Maria sozinha? Fica aí, vou mandar alguém trazer a Anna pra cá.

...

Fiquei esperando até que um carro estaciona no meu portão e eu corro pra abrir. Minha amiga estava acabada.

Abracei ela.

Anna: Ele falou que não tem mais volta. Amiga eu amo ele. Não quero me separar.- Ela falava tudo muito rápido e chorando.

_ Fica calma. Toma uma água. Vamos deitar amanhã com mais calma resolvemos isso.

Eu coloquei um calmante na água sem que ela percebesse, porque ela é enjoada pra remédio e dei. Subi com ela. Depois de colocar um pijama nos deitamos. Ela puxou a Maria pro lado dela e eu a abracei. Dormimos assim, as três agarradas.

AMOR INCONDICIONALOnde histórias criam vida. Descubra agora