7.4K 601 24
                                    

MARIANA


Felipe ficou me alisando tentando me acalmar, mas era uma dor insuportável e cada vez que ele pensava em se mexer ardia mais.

Felipe: Fala pra mim o que cê tá sentindo? Tá doendo muito?

_Sim, só não se mexe por favor.

Felipe: Caralho Mari, tem sangue pra caralho, desculpa morena, pensei que estava indo devagar, porra. - Ele viu quando levantou a parte de cima do corpo sem sair de mim.

Por algum tempo ele ficou deitado em meu ombro esperando que eu me acalmasse, mas logo depois seus olhos me sondaram buscando por uma confirmação.

_ Eu era virgem!

Felipe: Porque você não falou? Eu vi que você era apertada, não era minha intenção te machucar. - Sua voz estava preocupada, mas como justificar que eu queria muito falar, só que o tesão estava me impedindo?

_ Tudo bem, eu não consegui. - Morrendo de vergonha, constatei.

Felipe: Posso sair agora? - Ele perguntou enquanto alisava meus cabelos.

_ Está doendo muito, não se mexe por favor, não vou conseguir terminar.

Felipe: Tá doida mulher, olha como tá sua cara, tá até chorando. Acha mesmo que tô pensando em terminar.

Esse era o meu vitupério. Eu sabia que a primeira vez doía, e que poderia ter sangue, mas nessa proporção? Porém como toda desgraça pouca é bobagem, ainda mais para mim, tinha que ser justamente com Felipe toda essa situação. E tendo que ser justamente com o cara mais gostoso que eu já tive o prazer de me relacionar?

Castigo de mais para uma pessoa só.

Ele esperou por mais alguns minutos e disse que ia tentar sair. Doeu, mas fiquei mais aliviada quando seu membro saiu totalmente de dentro de mim.

Me encolhi na cama não tendo coragem de olhar em seus olhos. Deitada ali em meu vexame particular, consegui ouvir o barulho de água no banheiro.

Percebi que estava sozinha no quarto e então me permiti chorar em silêncio, deixei cair algumas lágrimas para ver se a dor passava, mas a verdade é que não sabia se as lagrimas eram de dor ou de vergonha, não sei se pela decepção da noite ou por pensar que ele me via como uma perda de tempo.

Ouvi histórias de mulheres que não sentiam prazer na primeira vez, a Anna mesmo me disse que não gozou na primeira vez dela, que tudo dependia do cara, mas aqui a única que não soube dançar a música fui eu.

Senti ele me pegar no colo e mesmo assim não tive coragem de olhar em seus olhos.

Me colocou em pé no chuveiro para lavar o sangue que escorria pelo ralo junto com a água e depois entrou comigo na hidromassagem, a água estava morninha, bem relaxante.

Felipe: Ainda dói? – Perguntou com uma voz consoladora.

_ Um pouco.

Felipe: Foi mal, eu entrei um pouco bruto, estava fodido de tesão.

_ Eu errei também em não dizer.

Felipe: Gostosa desse jeito e vigem. Sou merecedor de tudo isso?

O encarei e ele me sorriu depositando um beijo em meus lábios

Depois de um tempo, quando a água já estava esfriando voltamos para o quarto, eu estava andando com um pouco de dificuldade, porque ainda ardia minha intimidade e por isso não consegui sentar direito na cama. Acabei deitando.

Tudo isso em silencio, porque não conseguia tirar essa sensação de vexame de mim, até que fui salva pelo seu celular que tocou, era de madrugada, quem liga de madrugada? Bom, não reclamaria, por que fui salva. Ele saiu para a varanda ainda com uma toalha enrolada na cintura. Não consegui ouvir nada do que ele falava, apenas a sua voz grossa meio sussurrada.

Por falar em ligar, preciso falar com a Anna.


...

Felipe me deixou na frente do meu prédio de manhã. Ainda estava envergonhada pela noite fatídica que tivemos. Porém ele foi tão compreensível depois de tudo.

Felipe: Ou, relaxa. Vou ter que viajar hoje, mas quando voltar posso te ligar?

_ Claro.

Felipe: Beleza, vamos nos falando.

Ele me estendeu o celular e pediu para que eu gravasse meu número, antes de descer me ligou para confirmar.

...

Já tinha tomado outro banho e estava deitada com uma camisola e sem calcinha, não estou acreditando até agora sobre toda a situação que passei.

Sei que esse tipo de acontecimento varia de mulher para mulher, mas a mais vexatória tinha que ser comigo? E justo na presença de um homem daqueles? Ele prometeu me ligar e espero muito ter a oportunidade de melhorar meu desempenho, porque meu corpo ainda queima só de lembrar de seus lábios me beijando.

Quando já estava escurecendo Anna apareceu por aqui.

Anna: E aí gata, está melhor?

_ De que? – Perguntei curiosa.

Anna: Quando estava com o Bruno hoje de manhã teu boy ligou me pedindo para " vim te dar uma atenção, vê se tá tudo bem". - Disse fazendo aspas com a mão.

Então ele ligou para a minha amiga? Tentando ao máximo não demonstrar meu incomodo, lhe dei as costas e caminhei em direção ao sofá, então ela começou a rir como uma louca escandalosamente.

Anna: Aí meu Deus, o que vocês fizeram?


AMOR INCONDICIONALOnde histórias criam vida. Descubra agora