Ele saiu. Eu segui até a cama e me sentei, Felipe foi até o guarda roupa e colocou uma cueca e uma calça jeans escura. E veio até perto de onde eu estava.
_ Senta aqui Felipe e vamos conversar, você não pode me deixar no escuro dessa maneira.
Felipe: A Tayane tinha aprontado, só que ela me pegou num dia que eu não tava legal e de saco cheio das brigas dela na rua. Aí levei ela pra casa e desci a madeira, sem massagem. A surra foi tão grande que ela desmaiou e acordou umas duas vezes. Depois que eu me cansei e sentei no sofá eu vi ela sangrar, sangue pra porra. Fiquei desesperado e chamei o Biano pra levar ela no médico. Ele chegou de manhã avisando que ela sofreu um aborto e que tinha ferido o útero dela. Eu fiquei mal depois disso. Ela ficou mal. Eu tinha matado meu filho. E também por minha culpa ela não pode mais engravidar, por causa da surra. Depois disso tudo nossa relação esfriou e chegou onde chegou.
Eu abaixei a cabeça.
_ E porque você tá fazendo isso comigo?
Felipe: Caralho morena, eu preciso te manter segura, eu te amo, só que eu não posso arriscar com você e com essa cria aí acontecer o mesmo que aconteceu.
_ Como arriscar se você não está nem tentando? Fê, isso que aconteceu foi no passado, eu sei que você não vai fazer isso comigo.
Felipe: Não posso, entende que eu posso destruir a sua vida. Vai embora, me esquece. Vive esse momento em paz.
_ É sua decisão final?- falei olhando pro rosto dele e vendo a marca das minhas unhas.
Ele não falou nada, só me olhou firme nos olhos. Eu entendi que ele estava desistindo, então sai do quarto angustiada por tudo que ouvi e saber que ele desistiu fácil. Desistiu de tentar fazer dar certo sem pensar nas consequências.
Voltei pra casa do Bruno e eles estavam na sala, como ainda estava de biquíni apenas tirei o vestido e pulei na piscina, preciso me lavar e recarregar minhas energias e só nadando conseguiria isso.
Passei a tarde relaxando, Anna não procurou saber o que houve e eu também não quis contar, melhor assim.
...
_ Vai sair ?
Anna: Vamos numa feijoada com pagode. Porquê?
_ Vou com vocês.
Já era noite e estava entediante ficar dentro de casa presa, voltei pro quarto e me troquei colocando um vestido branco com um decote bem generoso e fiz uma maquiagem pra esconder o cansaço do meu rosto e uma rasteirinha, porque alguns sapatos já não estão sendo confortáveis.
Tirei uma foto e postei no meu status do WhatsApp, já que fui proibida de ter Instagram.
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Mamãe está ganhando a melhor forma 😍💞💝💙
Não esperei ver quem visualizou e desci.
Anna: Uau amiga! - Ela fala me olhando com um sorriso.
Bruno : Eita cunhada!
_ Parem de me deixar sem graça.
Chegamos no local e havia algumas pessoas, o Bruno cumprimentou uns caras que vieram falar com ele e seguiu para uma mesa. Os seguranças dele se dispersaram pelo local.
Tava tocando uns pagodes da antiga, amei, mas não vim aqui pra sofrer.
Já tínhamos comido e estávamos tranquilos curtindo o pagode. Eu estava na mesa conversando com a Anna enquanto ela alisava a minha barriga, Bruno estava conversando com seus amigos que se sentaram conosco, e que ele também nem fez questão de nos apresentar.
Eu levantei o meu rosto rindo e vi uma ruiva me encarando, me fulminando na verdade, eu retribui o olhar.
Ela desviou com sorriso de deboche, eu em, nem conheço.
Virei pra Anna.
_ Você viu?
Anna: O quê?
_ Aquela garota ali na frente, de cabelo ruivo, me olhou com um olhar que, misericórdia.
Anna: Nem liga, são mal amadas.
Nem liguei mesmo. Continuei curtindo mesmo que estivesse só no suco natural de laranja que o Bruno fez questão que trouxessem. Segundo ele, tem que dar coisas saudáveis pros bebês.
Falando em bebês, nem tive a oportunidade de falar com o Felipe que são dois.
Me levantei pra ir no banheiro, fiz minhas necessidades, o ruim da barriga é que a bexiga fica do tamanho de um ovo de galinha e não aguenta nem um copo de suco.
Sequei minhas mãos que por incrível que pareça o banheiro estava limpo e sai, quando passei pelo corredor que leva pras mesas alguém esbarra em mim
_ Descul...
As palavras morreram quando percebi quem era, a ruiva.
Xxx: Tá doida porra? Não olha pra onde anda?
_ Eu não tinha visto, desculpa.
Xxx: Da próxima vez fica em casa! Não sabe caminhar no meio das pessoas.- ela falava com deboche e aproximando o rosto de mim.
_ Escuta, foi só um esbarro, que não foi minha intenção. Só que eu tô sentindo que você tem algum problema pessoal comigo. Me diz e nós resolvemos.
Xxx: Problema gata? Eu não tenho problemas com ninguém, até porque meus problemas eu bato de frente, e arregaço eles na porrada.
Felipe: O que tá acontecendo aqui?
Apareceu de surpresa e se aproximou de nós duas.
Felipe: Qual a fita Joyce, qual foi do caô com minha mulher?
Joyce: Nada, só tô passando a visão pra ela. - que mulher debochada, já estava me irritando.
Felipe: Fica longe, pro teu próprio bem. Não quero que tu dirija a palavra a ela, tá entendendo. Fica na sua porque se não vai ser a minha visão que eu vou passar!
Ela só me olhou dos pés a cabeça e senti seu olhar de nojo na minha barriga.
Tá repreendido!
Passei por Felipe pra voltar pra minha mesa, mas ele me segurou no braço.
Felipe: Se liga, tá andando sozinha porque?
_ Não estou andando sozinha, estou com o Bruno e a Anna. Só vim no banheiro.
Felipe: Jaé, esse vestido tá marcando todo teu corpo. Já é mãe, não pode usar essas coisas não.
_ Me erra Felipe.
Felipe: Queria morena, mas te olhando assim é difícil.
Ele me puxou e me levou pra dentro do banheiro de novo, e vou falar que não estava nem um pouco a fim de resistir. Ele colocou nossos lábios com uma urgência. Foi um beijo louco com gosto de saudades.
Eu estava com saudades do meu homem.
Ele acabou descendo os lábios para o meu pescoço, me dando mordidas, beijos e chupadas leves. Já estava levantando a saia do meu vestido quando a minha barriga tremeu e ele se afastou.
