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MARIANA



1° DAMA💕

[07/02 00:51] Amoooooor, estou com saudades... Vem cuidar de mim

[07/02 00:57] Desde que chegamos do aeroporto você não deu notícias... Barão estou preocupada.

Eu vi faísca. Não acredito que ele estava viajando com a mulher e agora está aqui comigo?

Fui até o quarto e com todo ódio que podia caber dentro de mim o acordei.

_ Levanta Felipe. 

Felipe: O que foi? - Passou a mão no rosto assustado.

_ Estava viajando com tua mulher e agora tá aqui?

Ele me olhou assustado comprovando todas as minhas suspeitas. Pego no flagra.

_ Eu não acredito nisso. O quão escroto você é? Como foi capaz de fazer isso comigo? Saí da minha casa, saí agora!

Felipe: Ei, para. Não é o que você tá pensando. Tá maluca?

_ Não, eu não estou maluca. Quero que você vá embora e não me procure mais, some da minha vida. Você é casado e me fez me deitar com você. Eu não sou assim Felipe, não sou essas vadias que se sentem orgulhosas em destruir um lar, em ser a segunda opção de um homem. Saí da minha vida!

Felipe: Morena, para! Deixa eu falar. Nós estamos mal, o casamento não é mais o mesmo, acho até que vamos nos separar porque nem na mesma casa dormimos.

_ Foda-se... – Gritei sem pensar.

Felipe: Olha a boca, ninguém tá xingando aqui.

_ Aaaaaaaa, vai a merda! Sai daqui!

Eu já estava me alterando e ele tentando se aproximar de mim. Estava pelado, mas vou suportar não vou cair em tentação.

_ Saí Felipe, não te quero mais na minha vida!

Felipe: Morena...

Ele me prensou na parede, porém eu estava decidida.

Eu nunca quis me relacionar dessa maneira, sei que o que não quero para mim, não faço com os outros.

Felipe: Para com isso, tô aqui contigo. Deixa a minha história mal resolvida com aquela doida pra lá. Tô querendo você, hum - segurou meu cabelo e me deu um beijo no pescoço seguido de uma mordida.

Confesso que o coração acelerou. Quis ceder, mas a razão e a consciência se aliaram para me fazer lúcida nesse momento.

_ Não... Não posso Felipe. Não é certo fazer isso com ela. Sai daqui, por favor! - Implorei.

Eu fechei os olhos e o senti se afastar. Ver ele partir iria me destruir mais do que já estava destruída, não posso acreditar que fez isso comigo, me enganar a esse ponto.

Ouvi a porta abrir e fechar e ainda continuava de cabeça baixa no meu canto e com os olhos fechados, foi então que permiti lágrimas saírem.

Uma conexão tão foda que eu nunca senti antes com ninguém para no final ser isso, um caso extraconjugal.

Eu devo ter feito algo de muito ruim para Santo Antônio fazer isso comigo.

...

Desci do ônibus na rua da escola e caminhei um pouco quando ouço Anna me gritar.

Anna: Amiga. Ei!

_ Bom dia!

Anna: Bom dia. O que houve? Porque essa cara?

_ Longa história, quando sairmos nos sentamos em algum bar e te conto enquanto entorno uma garrafa de vodca.

Ela me olhou com os olhos cheios de curiosidade, porém não insistiu. Gosto de sua amizade por isso. Anna parece ser um espírito livre, mas é tão compreensível.

Me arrastei durante o dia, quando me pegava só vinha o desgraçado na cabeça.

Tenho que cortar o mal pela raiz. Está recente e quanto menos eu me envolver, mais fácil vai ser para esquecer.

Era umas quatro horas da tarde quando a Anna me chama para ir embora. Fomos para o apartamento dela que era o mais próximo no momento.

Anna: Toma. - Me entrega uma garrafa de Absolut de manga geladinha.

_ Vou virar no gargalo. - Disse me jogando no sofá.

Anna: Só me conta.

Contei para ela sobre o Felipe estar viajando com a " mulher" dele. E no meio disso tudo matei quase a metade da garrafa de vodca. Do nada comecei a chorar.

_ Poxa Anna, fiquei esperando esse mês todo, curti ele pra caramba. E ele me tendo como uma vadia. Eu fui né? Abri minhas pernas na primeira noite.

Anna: Pode calar essa boca se não vou quebrar sua cara. Mané vadia. O otário foi ele. Você não foi errada em nada, errado foi ele, safado e sem vergonha. Ele te levou enganada certinha amiga!

Chorei minhas mágoas mais um pouco por que acabei ficando bêbada. Anna me ajudou a tomar um banho porque ia dormir por lá mesmo.

Enquanto colocava meu pijama ouvi a campainha tocar, não vou sair do quarto, estou um trapo e se for o pai da Anna vou morrer de vergonha.

Ouvi algumas vozes, mas segui no meu ritual de puxar as cobertas e jogar as almofadas no chão, tinha um urso tão fofinho que não ia jogar à toa então fui com ele até uma poltrona. Não sei o que havia no chão, mas tropeçou no meu pé e eu acabei caindo.

Anna: Amiga, você está bem? - Ela entrou desesperada no quarto me ajudando a levantar.

_ Tô, vou dormir... Quem... - Parei ao perceber quem estava na porta. - Oi Bruno.

Bruno: Cunhada.

Ele me deu um aceno de cabeça e logo a abaixou. Eu queria ficar calada, mas o álcool no meu sangue não permitiu.

_ Seu amigo é um filho da puta!

Anna: Amiga.

_ Não Anna, preciso falar. Amanhã não vou ter coragem. Ele é um filho da puta, com que direito ele acha que tem de vir aqui fazer bagunça na minha mente?

Anna: Chega Mariana, vamos dormir. Bruno espera lá na sala que eu já saio.

_ Eu quero falar, aliás, me dá meu celular que vou ligar pra ele.

Anna: Não vou deixar você perder sua dignidade a ponto disso. Amanhã sóbria você faz o que você quiser!

Olhei para ela e com o rabo entre as pernas fui pra cama, não vi quando o Bruno saiu. Assim que deitei na cama apaguei.

...

Ainda estava escuro quando senti alguém me abraçar. Estava tão esgotada que nem me dei ao trabalho de acordar direito, me aconcheguei e dormi mais.


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