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Felipe

Recife

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Recife

Já estava agoniado aqui nessa casa, mesmo rodiado de amigos. Queria a minha morena, mas ela falou que eu estava sufocando então vou dar o espaço que ela quer. Só que quando eu botar no meu nome não vai ter espaço certo.

Resolvi os trâmites de uns maquinários com meus parceiros daqui. Um dos meus depósitos que mais dá lucro é aqui.

Local? Descubra.

Neste lugar o povo é desprezado e com qualquer quantia que você chega pra oferecer eles trabalham, fora o silêncio e a proteção que eles oferecem por medo de perder a fonte que os alimenta.

Eu trato bem quem trabalha pra mim, pra ter respaldo sobre isso, tendeu?

...

A resenha tava maneira varias gatas do corpo escultural, antigamente eu levaria várias pra uma orgia braba, afinal é pra isso que elas tão aqui. Só que eu quero a minha morena, e outra a amiga dela tá aqui. Não vai dar bom.

Estava agoniadão mesmo, organizei a resenha aqui pra dar uma moral pros parceiros daqui, só que eu não estava no clima. Como não sou obrigado a nada cheguei no Biano que tava com alguns caras e chamei.

_ Bora vazar.

Ele me olhou espantado. O combinado não era esse e pra organizar uma fuga assim de emergência é maior caô.

Biano: Pra onde?

_ São Paulo.

...

São Paulo

Cheguei era onze e alguma coisa da noite, viemos no meu jatinho particular que está num nome de um laranja. Tudo que é meu está em nome de terceiros, não posso dar mole.

Gosto do Biano por isso, ele faz acontecer as coisas de forma rápida. A lealdade dele é sem comentários. Esse é de fé.

Não perdi tempo, assim que chegamos no aeroporto clandestino cortei pra zona norte. Tarde da noite a marginal praticamente vazia, fodasse o sinal, tava ligando pra porra nenhuma, só queria chegar no meu destino.

Parei na frente do prédio dela e pedi pro Biano segurar no carro, ele sabe que com a Mari é diferente. Vai ficar ligado só que de longe.

Subi pro apartamento dela. Biano odeia quando eu venho pra cá, é um local muito visado e sem segurança nenhuma, mas a minha morena tá aqui e se ela não quer sair não posso fazer nada.

Acordei ela da melhor forma e já vi que estávamos bem quando ela foi toda receptiva.

Eu conheço o corpo dela sei onde apertar pra ela ceder meus desejos.

Rolou até de madrugada, até o Biano bater na porta avisando dos gambé. Tive que apressar minha gata, é foda não queria ela envolvida nisso e já até sei o que vai acontecer com a casa dela. Fazer o que consequências que as pessoas que vivem no meu mundo sofre.

Saimos pra favela do meu mano Sebá, éramos parça desde criança. Só que o Biano se descontrolou. Porra, eu tentando manter a calma pra não assustar a Mari e ela não perceber que a situação não é boa e ele dando chilique como um viadinho.

Com certeza foi a fuga de maneira não planejada de Fortaleza. Eu sempre tomo máximo cuidado, só que dessa vez foi na emoção, na vontade de ver ela.

Chegamos e o mano nos recebeu na casa dele. Preferi não explanar a Mari, quero proteger ela de tudo que eu puder.

A mulher do Sebá levou ela pro quarto. Então ficamos só nós na sala.

_ Bora pra outro lugar. - pedi indo pra porta.

Saimos no carro do Biano, fomos parar no campo de terra. Várias lembrança desse lugar, do meu irmão, dos parceiros que também já não estão mais aqui. É foda essa vida. Tem que aproveitar cada segundo porque o amanhã ninguém sabe.

Desci do carro e Biano e Sebá fez o mesmo.

_ Tá maluco? - eu tava de cabeça baixa tentando acender o meu cigarro de maconha, só que o vento gelado não queria deixar. Ele sabia que era com ele, mas preferiu o silêncio.

_ Tô falando porra! Tá maluco? Tá ruim demais o trabalho? Da a letra?

Biano: Barão? Porra, dô o sangue pra te proteger. Já falei aquele endereço é zuado, vários fofoqueiros do lado.

_ Tô perguntando se tu tá maluco de gritar daquele jeito na frente da minha mulher? Tô emocionado atrás de buceta? - perguntei já cara a cara com ele.

Biano: Desculpa, me exaltei.

_ Biano, te considero pra caralho. Que isso nunca volte a se repetir porque eu posso esquecer da minha consideração e te foder no minuto seguinte.

Ele só me olhou.

_ Tu é um filho da puta mesmo.

Disse dando um soco que pegou bem no canto da boca. Peguei ele desprevenido pô. O cara me ganha em qualquer luta que vamos disputar e também sei do respeito que ele tem por mim. Nunca iria revidar.

Tá recebendo a correção, mas sei que foi a emoção do momento ele já tá a dois dias sem dormir e sempre me alertando pra não ficar no apartamento da Mari.

Tenho que convencer ela a trocar de endereço.

Sebá ficou quieto no canto, a irmandade rola, mas cada um aqui sabe o seu lugar.

_ Tu é um filho da puta Biano. Que isso nunca volte a se repetir. Agora vamos que eu quero dormir e tu também tem que dormir.

Biano: Não, vou ver...

_ Vai ver o caralho! Deve tá cansado aí e quer ver o que porra?

Virei pro Sebá.

_ Vê uma segurança legal, não quero alarde de que eu tô na favela. Sexta nós vai pro Rio, agora que eles sabem que eu tô aqui em São Paulo não quero nem vê o caos que vai ser lá em Paraisópolis.

Sebá: Jaé, mano. Tá em casa aqui. Vai ser só tranquilidade.

_ Biano, liga pro Bruno pede pra ele retornar que o bagulho vai ficar doido lá.

Biano: Jaé.

Entramos no carro e voltamos pra casa. O dia já estava clareando.

Quando entrei no quarto vi a morena deitada com aquele rabão empinado pra cima. Preciso conquistar esse rabo, mas hoje não que tô cansado.

Só tomei um banho e me enxuguei, me deitei pelado mesmo





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