Por Túlio...
Contadores, contadoras, contabilistas e auxiliares de escritório contábil, chegou a época de branquear os cabelos ou no meu caso, calvo, de perder os fios de cabelo.
Janeiro acontece o que?
Temos o fechamento contábil do quarto trimestre do exercício anterior, pois dependemos disso para apurar o Imposto de Renda e Contribuição Social referentes ao lucro das empresas de lucro Real e sobre o faturamento para empresas que optam pelo lucro Presumido. No caso dos mercados do Braz, é Lucro Real, então estou até os olhos, com tanto serviço. (autor idem)
Eu faço toda a contabilidade de cinco lojas, hoje, dentro da própria empresa dele. Davi me ajuda com as conferências de impostos estaduais e eu faço os federais sozinho.
Fechamento quando concluído, puxa outras declarações, tipo a DIRF, onde declaro os impostos retidos na fonte. A RAIS, com informação sobre os rendimentos dos empregados, obrigatória, primordial! É a partir desta informação que o povo recebe o abono (ou PIS), caso a renda não tenha sido mais alta do que o valor estipulado. O SPED Fiscal com os estoques, sim os ESTOQUES. Braz odeia essa palavra quando eu falo ou melhor, insisto que é importante informar o real que tem na empresa.
Quem trabalha dentro de um escritório como eu fazia há uns anos, ainda tem muito mais coisas, Uma infinidade de trabalho até final de março.
Parece pouco, no meu caso, mas multiplico por cinco esse serviço e se fosse só pegar, fazer e fechar de primeira, o que já é moroso, seria tranquilo. (o que nunca é tranquilo) Mas acontece uma coisa que se chama, diferença.
Eu disse que o negócio já é trabalhoso, então imagina com uma diferença que nos obriga a re-conferir. Re-conferimos então.
Mas e quando acontece em mais de uma loja? Vou chutar baixo e dizer que o serviço, sem erro nenhum levaria uns sete dias para ser feito. Com a diferença, ele dobra o tempo e, quatorze dias é muito para fechar a contabilidade de um mês anterior quando tem serviços chegando o tempo todo, que se refere ao próprio mês.
Chamem de drama.
Se for... é aquele drama que o povo da contabilidade compreende e se solidariza...
Que seja um centavo, diferença é diferença ou: 1+1 dá 3? (e não vale falar que um 1+1 é o casal que resulta num 3º quando a mulher engravida, pois ela pode ter gêmeos e resultar em muito mais que 3). Falo da ciência exata que uso pra trabalhar.
Eu ouço muito de uma certa pessoa...
"Um centavo!!! Túlio, isso não é nada. Nem os mercados tem a moedinha pra dar de troco. Paixão do Braz, isso é tão insignificante que não vale a pena o sofrimento para procurar um centavo. Não faz sentido nessa vida tão curta, tu perder tempo pra procurar o maledeto do UM (fuck) CENTAVO."
É, ele diz tudo isso e muito mais. Eu fico com ódio porque né... ele não me entende. Ele não sentiu na pele o que um centavo faz com um cara, pra quem a contabilidade AINDA é uma ciência exata. Precisa zerar!
Tudo bem, serei razoável por uns instantes, já que sou o chato da história. Dessa vez vou concordar com todo mundo, aceitar que um centavo é uma coisinha ridícula, até porque tem promoção que anuncia na cara de pau que o produto custa 19,99, inclusive sai na nota/cupom fiscal e quando o cidadão paga (supondo que) à vista, não recebe o um centavo de volta. Afinal, como um cara me disse: "isso não é nada". Quem liga?
Então porque as mercadorias, na maioria das vezes são cobradas com valor redondo quando na etiqueta está assim: 1,99, 2,79, 4,49, 20,59?
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Ativo e Passivo 2 - Rotina não contábil
Roman d'amourBônus! Não é romance novo! São momentos rotineiros de casal, do casal Túlio e Braz. Cada capítulo é independente, pois conta sobre um momento aleatório, envolvendo as rotinas do empresário Braz com a do contador Túlio. Livro Aberto. Não tem começo...