Por Braz
Falo como parceiro sexual e não como ativo, versátil ou passivo. O que mais me agrada na cama, tem muita coisa que torna essa equação impossível de ser resolvida, começa a manha que ele faz.
Para que eu possa curtir isso, me esbaldar no dengo dele, preciso provocar o Túlio.
Como exemplo, quando ele quer transar, mas tá com preguiça ou orgulhoso demais pra ceder depois de uma discussão (ontem realmente rolou) ou só pelo fato de achar que eu tenho que tomar a iniciativa, ele fica "miando", reclamando, gemendo em forma de protesto, pedindo calado ou falando baixo que é pra eu perguntar "o quê?" e ele responder: "nada".
Dá tesão.
Eu o provoco pra fazer ele fazer a tal da manha e, óbvio que pra mim, sua manha depois torna-se uma provocação ainda maior.
Cito o exemplo:
Depois da discussão, ele deita mais longe, quer fazer vingancinha e funciona, porque isso já é um afrodisíaco forte pra me seduzir ou seja, o efeito é contrário. Orgulhoso demais, ele quer dar, mas faz cu doce. Não finge que tá dormindo, porque sabe que se eu cair na cama e fechar o olho, esquece. Taurinos não gostam muito de serem acordados, então nos aproveitem, usem e abusem de nós quando estamos acordados.
Eu não vou dormir enquanto os olhos verdes não fecharem.
Seus olhos não vão fechar enquanto eu estiver acordado e ele possa brincar com meu coração.
— Porra... calor...
Não costumo dormir nu, pelo menos uma cueca eu coloco. Uso a branca que pra ele é o mesmo que eu vê-lo na vermelha. Me jogo de bruços sobre a coberta e afofo o travesseiro com a cabeça cansada. Cinco minutos sem agir? Ele deve estar dormindo, então vou aproveitar o mesmo gancho e capotar...
— Mor... — ó o sotaque paranaense "porrrta aberrrta". Esse "amor" fode com minha intenção de dar um gelo nele. — Segunda passada quando a gente transou, acho que machucou um pouco.
— Hã? — Levanto o tronco me apoiando nos cotovelos ainda de bruços. — Sangrou? Tá sangrando?
— Não, nem um e nem outro. Dá uma olhada... vê se não ficou inchado... mas não precisa mexer, só olha.
— Aham... — ainda estou incrédulo com a apelação dele. O filho da mãe pega pesado. Joga a coberta pro lado, deita de bruços e desce a cueca VERMELHA. Tô morto.
Tô morto.
Ele deixa a bunda levemente empinada. Um rabo bonito que deixa qualquer calça social ou jeans, perfeitas no seu corpo. Tá ainda mais gostoso assim, empinado e levemente aberto. Não vejo muito, pois sua bunda firme é carnuda e precisa ser apartada com as mãos. Ele mesmo faz, que é pra manter a frescura: "não precisa mexer".
Tudo bem. Minha rola acordou, mas eu coloco ela pra dormir sem o menor problema.
— Túlio... tá normal.
— Tá dolorido. Arde um pouco...
— Quer pôr gelo? — Isso que chamo "dar um gelo" no marido. Isso é o que ele me diria. Esse homem é malvado.
— Não. Pode passar um creme?
Hahaha, ele pede descaradamente uma massagem no cu, vai ganhar, sabe o quê?
Gelo.
Pois eu faço questão de buscar uns cubos de gelo no frigo da sala e entrego o copo pra ele. Sua expressão é de total incredulidade. Fica me olhando descrente e com o copo na mão.
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Ativo e Passivo 2 - Rotina não contábil
RomansaBônus! Não é romance novo! São momentos rotineiros de casal, do casal Túlio e Braz. Cada capítulo é independente, pois conta sobre um momento aleatório, envolvendo as rotinas do empresário Braz com a do contador Túlio. Livro Aberto. Não tem começo...