A escuridão.

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Chega a ser piada como a vida é engraçada, em um dia tudo está mil maravilhas mas no outro tudo em pé de guerra. A dois dias atrás Conrado e eu estávamos nos amando e comemoramos – sem presenças desagradáveis – o começo do nosso relacionamento. Estava tudo bem, até ontem, como eu havia prometido eu aproveitei o feriado do meio da semana chegar para ter um dia só de meninas com Giordana e tivemos. Foi maravilhoso, eu comprei uma roupa que ela mesma escolheu sem a influência da babá agressora, e comemos algumas besteiras. Mas agora pela manhã ela acordou passando mal, vomitando e com dor na barriga e eu só fiquei sabendo que ela não pode comer doces em excesso, agora.

— Você não podia ter permitido que ela comesse essas porcarias de restaurantes de esquina. — Conrado diz, mostrando sua raiva total.

— E você deveria ter me dito que ela não podia comer doces nem besteira. Eu não tenho convivência com ela para saber o que pode ou não. — Ele me olha com um ar sarcástico e bota as mãos na cintura.

— Ué, se você ouvisse a babá, talvez saberia o que ela pode ou não comer.

— Nem começa, aquela mulher tinha que ficar longe da sua sobrinha. — Ainda me lembro daquela ridícula, torcendo a orelha de Giordana até ficar vermelha a menina chegou a gemer de dor e a idiota não parava. Depois foi fazer fofoca só porque eu me intrometi, ela deu sorte que eu não parti para a agressão.

— Está vendo? Isso é culpa sua. Vamos Giordana, irei te levar ao hospital. — Conrado diz e levanta a menina vestindo um casaco nela.

— Eu vou com vocês. — Digo mas o idiota me para.

— Nada disso, você fica aí quietinha. Já deu dor de cabeça o suficiente. — Dios, me dê forças para não quebrar a cabeça desse italiano de merda.

Fecho a cara e dou as costas pra ele indo em direção ao quarto.

Segundos depois ouço passos suaves e quando olho é Gio.

— Desculpe por não ter falado nada sobre a minha dieta. É que eu queria muito comer uns doces, hambúrguer e batata frita. Você está com raiva de mim? — Ela pergunta toda retraída  e triste, nego com a cabeça e abro os braços e ela vem até onde estou e me abraça bem apertado, depois sai do quarto.

Estou com tanta raiva do bendito Conrado que prefiro ir embora e voltar pro meu apartamento para quando ele chegar eu não me estressar.

Pego minha mochila com algumas roupas, as chaves do apartamento e desço. Na portaria eu encontro Taylor entrando.

— Vai pra onde?

— Para o nosso apartamento, briguei com Conrado e estou com raiva.

— Então também vou, só preciso… — Já vou logo cortando ele.

— Nada disso, você fica aqui. A Gio está passando mal e ele a levou para o hospital, então quando chegarem eu quero que você me avise como ela está, ok? — Ele se dar por vencido e faz um bico emburrado.

— Ok, mas qualquer coisa ligue. — Concordo e saio do prédio, como ainda são 21h eu ando até a estação de metrô e volto pra casa.

Meu apartamento e do Taylor é em uma localização muita boa, tem uma escola perto, um supermercado, e a estação de metrô fica a 10 minutos da nossa casa.

Quando entro no apartamento o vapor quente e o cheiro de casa fechada me abraça rapidamente, o piso de madeira não ajudava muito com o odor já que estava um pouco desgastado. Mas quando nós ficávamos aqui a casa sempre estava com cheiro de limpeza e eu encerrava o chão para ficar brilhoso, só não fazíamos na cozinha pois é piso.

Meu querido e sexy, CEO.Onde histórias criam vida. Descubra agora