Despejada.

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Conrado narrando.

— Coloque aquilo lá no canto. Pode tirar tudo. — Digo pro funcionário da empresa que contratei para esvaziar o apartamento onde Valquíria estava morando.

Já se passaram duas semanas desde que falei com ela sobre a mudança e até agora ela não moveu um dedo para se mudar, então estou ajudando. O apartamento já estava vendido e o dono não queria nenhum móvel, então resolvi fazer o favor de esvaziar o local. Tudo que ali estava era meu, tudo comprado com meu dinheiro, Valquíria não tinha direito a absolutamente nada. Ela não teve consideração por mim então não terei nenhuma consideração por ela. A mamata acaba agora, Thomaz me falou que a carta avisando sobre o pedido de pensão já tinha chegado nela e que a partir do mês que vem ela deveria começar a depositar o dinheiro na conta de Giordana caso contrário seria presa. Eu não ia ter nenhuma pena de colocá-la atrás das grades.

— O que você está fazendo? — Valquíria diz assim que sai do elevador e da de cara com a zona que está. Homens entrando e saindo a toda hora carregando móveis, obras de artes, enfeites e etc.

— O dono não quer os móveis. — Digo com a maior naturalidade e ela me olha sem acreditar naquilo.

— Conrado você não tem o direito de fazer isso. Esse apartamento é meu também!

— Não é seu porra nenhuma, seria se você tivesse casado comigo. Mas isso graças a Deus não aconteceu! Eu te dei duas semanas fui até generoso, agora acabou, vá arrumar um canto para se enfiar. — Ela passa as mãos pelo rosto e puxa um quadro da mão do homem que está trabalhando.

— Larguem tudo aqui, não encostem em nada ou eu chamo a polícia. — Me levanto e pego o quadro da mão dela.

— Pode levar. Não seja ridícula Valquíria, pegue a porra das suas coisas e dê o fora daqui antes que eu jogue a porra das suas roupas lá fora e eu ainda estou sendo bonzinho.

— Eu não tenho para onde ir, estou falida. Pelo amor de Deus, Conrado pense em tudo que vivemos, eu ainda te amo. — Ela passa as mãos pelo meu pescoço e eu me afasto.

— Ninguém mandou você investir a sua grana em seu corpo, venda as suas jóias elas vão te dar alguma grana para você pagar pelo menos uns cinco meses de aluguel em um apartamento mediano por aí. Arrume um emprego, seja independente. Aqui você não fica mais, o apartamento foi vendido e eu quero você fora agora mesmo caso contrário quem vai chamar a polícia sou eu. — Ela grita, me xinga se esperneia.

Diz que não tem para onde ir, que vai morrer, que nenhuma emissora quer ela. Que eu acabei com sua carreira quando procurei a mídia para esclarecer a traição e disse o quanto ela era safada e que tinha fugido com meu irmão para sei lá onde.

— A porra de uma carta da justiça chegou essa semana para mim. Eu não tenho dinheiro pra pagar os luxos daquela menina, já viu o valor da pensão? Eu não tenho emprego e sou muito bonita para ser presa.

— Você já foi muito bonita, agora está horrorosa com essas inúmeras plásticas. Vamos Valquíria vá embora, pegue suas coisas e saia do apartamento.

— Eu te odeio. Você é um monstro. — Acabo dando risada de suas palavras e ela surta, tenta até me bater mas um dos funcionários da empresa segura ela.

— Não ria da minha desgraça, seu idiota. Me solta incompetente de merda.

— Ok Valquíria, você já fez sua ceninha de atriz em decadência. Agora já chega, vou ligar pra polícia e pra mídia.

— Não, eu tiro minhas coisas.

— Boa escolha, vá com ela. Fique de olho. — Ela me olha furiosa e vai pro quarto.

Meu querido e sexy, CEO.Onde histórias criam vida. Descubra agora