23 - Taberna

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Olaaaaá!

Gente, aparentemente o wattpad não enviou notificação para vocês, então saibam que ontem atualizei DOIS capítulos.

Não sei por que nas férias esse site SEMPRE me faz isso, ele me odeia, não é possível. 😂

Era só isso mesmo.

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Em todos os seus anos de vida, Camila jamais havia sido permitida entrar em algum estabelecimento, seja ele qual fosse, mas lá estava ela naquele exato momento, adentrando uma taberna com Lauren e as garotas.

O navio havia chegado a um cais alguns minutos antes. Camila apenas se permitiu acompanhar Lauren, deixando seus olhos percorrerem a vista, vendo um navio praticamente do mesmo tamanho ancorado à uns duzentos metros do seu. O lugar era repleto de árvores e os arredores parecia uma mini aldeia.

-- Sente-se primeiro. -- Lauren pediu, apontando para um dos bancos do estabelecimento. Era tudo bastante rudimentar e rústico, Camila poderia dizer. A madeira das mesas e assentos era polida e escura, contrastando com a luminosidade bastante amarelada proveniente de algumas lamparinas, localizadas nas paredes de pedra, e da claridade de uma das janelas. O chão era de terra, contudo, ainda assim se tratava de um ambiente bastante limpo e organizado.

Camila se sentou, ouvindo o grito fino de uma mulher ser proferido do fundo do local, fazendo a menor fitar Lauren e rir baixinho. Estavam em uma das mesas do meio, já que os assentos de canto estavam todos ocupados.

-- Bastante grande aqui. Espero ter comida. -- Dinah, que jogava seu corpo sem cautela no banco da frente de Camila, disse.

-- Poderíamos pedir algo bem gostoso para comer, que tal? -- Normani sugeriu animada. Há dias comiam coisas mais secas no navio, mal podiam esperar para comer algo delicioso.

-- Alguém para nos atender nessa espelunca? -- Dinah gritou, batendo seus punhos sobre a mesa, ouvindo algum murmúrio incompreensível vindo lá de trás do balcão, para logo um grito agudo mandando-a esperar se fazer presente.

Camila riu baixinho ao ver Dinah se encolher, mas logo se distraiu com a imagem dos outros homens do navio se acomodando nas mesas cercanas à dela. Ela sorriu ao ouvir o som dos pequenos animais que voavam e resolveu imitar, assobiando no momento seguinte.

-- Pássaro. -- Lauren ensinou e Camila lhe encarou. A moça havia retirado seu chapéu da cabeça e o colocado sobre o canto da mesa, portanto, tinha seus cabelos levemente bagunçados. A menor se atreveu a levar sua mão até os fios desordenados e arrumá-los com calma, afinal, Lauren era linda, merecia paciência também.

-- Pássaro. Obrigada. -- Camila disse, dando um pequeno solavanco ao ouvir Dinah resmungar.

-- Que dor! -- A loira disse, esfregando a testa no lugar onde Normani tinha desferido um pequeno tapa e Camila repetiu baixinho aquela palavra, roubando-a para seu vocabulário.

-- Você não deveria ficar olhando para elas também. -- Normani avisou. -- Vai dar razão para todos os sem vergonhas do nosso navio e eles irão gastar todo o ouro com essas meretrizes. -- Resmungou, mas se calou quando uma negra esbelta, quase tão bonita quanto ela, de cabelos extremamente cacheados e lindos, parou de frente para a mesa delas.

-- Sejam bem-vindas. -- A mulher disse. Ela tinha sua barriga e parte do busto descobertos; nas pernas o pano só cobria até menos da metade da coxa, o tecido era bege, quase marrom e o sorriso não deixava seu rosto.

-- Quero saber quais tipos de sopa vocês têm. -- Dinah falou, não dando a mínima para a forma como a moça estava vestida.

-- Dinah, ela... -- Normani tentou, mas foi cortada pela loira.

O canto da sereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora