25 - Iroh

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Olha lá quem vem virando a esquina é a autora com toda a alegria atualizando💃💃🎶

Meu Deus, sorry a demora, gente. Sobre a minha saúde, estou toda ferrada, mas nada grave, tenho solução  (Aeeeee) kkk.

Vamos ao capítulo que é nesse que a gente começa a entrar no mundo de Camila Capillus.

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Camila era acostumada com sentimentos ruins, com situações rudes e pessoas ríspidas; havia crescido em meio ao caos, entre pessoas que verdadeiramente não se importavam com ela, isto posto, não conseguia decifrar o quão rara e nova era aquela sensação para ela. Ela não entendia o porquê de seu corpo reagir daquela forma tão diferente com Lauren, mas podia afirmar que gostava.

Os lábios de Lauren eram suaves, mais doces do que qualquer sabor que ela já havia provado antes e possuía tamanha doçura que fez com que Camila sentisse seu corpo estremecer sutilmente no momento onde sentiu a língua de Lauren adentrar sua boca. Como que por instinto ela retraiu a cabeça, mas não o suficiente para se afastar completamente de Lauren, afinal, seus lábios ainda estavam relando nos de Lauren. Sentiu seu coração parar quando os olhos verdes se abriram e encararam os seus, fazendo-a engolir em seco e umedecer os lábios.

Camila sabia decifrar tão bem os movimentos de Lauren que, ao notar que a maior se afastaria e se desculparia, tomou impulso e dessa vez ela quem voltou a juntar os lábios.

Ao sentir Lauren sorrir com o gesto, contra seus lábios, apertou fortemente o colar de pedra polida que estava em uma de suas mãos, porque aquele ato preencheu seu peito das mais diversas sensações. Lauren estava feliz com aquilo e o sorriso deixava mais do que explícito aquilo, por isso, sem pudor algum, mas ainda cautelosamente levou a mão que carregava o colar para o pescoço de Lauren e o envolveu, sentindo o ar lhe faltar quando Lauren voltou a abrir a boca e a deixar sua língua escorregar para dentro da boca de Camila novamente.

A princípio a menor estranhou, pois não sabia como agir, mas curiosamente e cheia de expectativa e explosões de sentimentos dentro de si, ela deixou sua língua vagarosamente tocar na de Lauren, pressionando fortemente os olhos quando ouviu Lauren gemer baixinho contra sua boca. Camila queria chorar tamanha era sua alegria e desespero; ela queria paralisar aquele momento para sempre se fosse permitida, porque... Céus! Estar com Lauren era absurdamente mágico.

Ela deixou-se ser guiada pela maior, saboreando a sensação daquele beijo, do toque de Lauren em sua lombar trazendo-a para mais perto de si. O beijo foi encerrado sem nenhuma saber a dona do ato, mas Camila não resistiu em depositar um delicado beijo contra os lábios de Lauren antes de sentir a maior apoiar sua testa na de Camila, vendo a menor vagarosamente abrir seus olhos para encontrar um sorriso doce nos lábios de Lauren.

-- Você está bem? -- Lauren sussurrou, piscando lentamente ao sentir a doce carícia em sua nuca.

-- Camila bem. -- A menor replicou, saindo da bolha de cristal que havia criado para o momento, deixando sua cabeça se virar, olhando em volta apenas para ver que alguns vendedores as olhavam torto, outros sequer se importavam, uma mulher que circulava por ali tapava a visão de seu filho e algumas outras pessoas cochichavam. Ela não entendeu aquilo, mas Lauren sim; estavam tendo contato íntimo explícito em público.

Além do mais, eram duas mulheres.

Duas coisas inadmissíveis ao mesmo tempo.

Lauren ignorou, afinal, tinha sua espada e anos de experiência com a mesma. Se acaso algum engraçadinho faltasse com respeito ou tentasse fazer algo contra Camila ela não hesitaria em usar.

-- Lolo? -- Camila trouxe a maior para fora de seus pensamentos. -- Latrinae.

-- Uh... -- Uma tosse carregada chamou a atenção de ambas, fazendo-as virar as cabeças apenas para encontrar um senhor idoso as encarando abismado.

-- Me excusa... -- Ele disse, pondo especial atenção em Camila. -- Mas o que ela disse? -- Os olhos castanhos o fitaram surpresos. O senhor deu um passo a frente. Ele segurava em sua mão um bastão de madeira, que o ajudava a caminhar com maior facilidade. Camila notou uma cicatriz sobre as pálpebras, talvez de uma espada ou algo afiado, mas não podia dizer com precisão, já que a pele branca já estava enrugada graças à idade. -- Iterum dicere potes? -- A voz rouca do senhor soou, fazendo Camila abrir a boca perplexa.

-- Uh... Ubi sunt latrinae? -- A voz da menor saiu tímida para o senhor, quem arregalou os olhos confirmando sua teoria. Lauren franziu o cenho; não estava entendendo absolutamente nada.

-- Raios que me matem! -- Ele exclamou. -- A moça fala latim!

-- Latim? -- Lauren proferiu surpresa. Afinal, aquela não era uma língua morta?

-- Sim. -- Ele disse, acenando com a mão para Camila se aproximar. Lauren, por instinto, se colocou na frente da menor. Alguns segundos de silêncio foram necessários, até o homem finalmente rir.

-- Ela perguntou por banheiro. Venham que eu lhes mostro. -- Ele disse, mas notou que o olhar desconfiado de Lauren ainda pairava sobre ele. Com un suspiro, ele prosseguiu:

-- De onde você sabe essa linguagem? -- Ele indagou à Camila, mas Lauren negou com a cabeça.

-- Ela não fala nosso idioma. -- Os olhos curiosos do homem voltaram a fitar Camila.

-- Uma escrava? -- Ele supôs, vendo Lauren negar. -- Prostituta? -- Lauren lhe fuzilou com o olhar. -- E então?

-- Não sei bem de onde ela vem, não temos muita comunicação devido à diferença entre idiomas. -- O homem deu mais um passo a frente a apoiou as duas mãos no bastão.

-- Ela deve pertencer a alguma religião. Minha família pertencia, somente por isso sei esse idioma.

-- Mas o senhor também sabe o meu idioma. -- Lauren analisou, vendo ele lhe olhar intrigado.

-- Não entendo porque uma família normal não lhe ensinou outro idioma, afinal, com latim é extremamente inviável que ela faça amizades. -- Pensou em voz alta. -- Apesar de que vocês pareciam mais do que amigas, ela deu sorte. -- Disse amigavelmente. -- Viver nesse mundo sem saber como se comunicar com os outros pode ser dificultoso e triste.

-- Ela está aprendendo algumas coisas comigo, mas não é tão fácil assim ensinar sem comunicação de palavras. -- Lauren explicou, vendo o homem se aproximar ainda mais e estender-lhe uma das mãos.

-- Me chamo Iroh! -- Ele disse, sentindo a mão delicada de Lauren tocar sua mão, vendo a outra jamais sair de cima do cabo da espada. O homem riu ao notar. -- Não pretendo fazer mal, pode baixar a guarda. Sou o avô da garota carrancuda que trabalha na taberna ao lado. -- Lauren relaxou um pouco ao se lembrar que fora o conselho dela que fez com que Lauren fosse atrás de Camila.

-- Sou Lauren e ela é Camila. -- Apontou para a menor, ouvindo o homem falar algo incompreensível para ela, o que fez Camila enrubescer e rir baixinho.

-- Sim. -- Camila replicou e o homem lhe sorriu.

-- Bem, querem ir ao banheiro ou lhes deixo a sós? -- Ele questionou e Lauren até negaria, mas ao ver o entusiasmo nos olhos da menor por alguém finalmente falar seu idioma, Lauren apenas assentiu. -- Me sigam.

Ele disse e ela obedeceu, vendo o homem murmurar algo em latim, fazendo Camila iniciar uma conversa completamente animada com o homem, deixando Lauren se sentindo pela primeira vez na pele de Camila, afinal, ela não entendia nada do que diziam.

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Novo personagem, que vai apimentar a história Muhahaha. Não disse se de um jeito positivo ou negativo😌

Vou tentar voltar amanhã sim, porque já é fim de mês e não quero demorar muito com essa fic.

Pergunta: Vocês preferem atualização de manhã, tarde ou noite?

Até mais😘❤

O canto da sereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora