capítulo 24

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Adrian Miller
Eu estava fazendo um esforço enorme para me controlar. Desde que acordei, e a vi ali em
minha cama, dormindo feito um anjo, eu só pensava nas várias formas em que eu a faria
implorar pelo meu toque. Agora, com a confirmação de que ela estava apenas me provocando
na noite passada, eu resolvi ser um pouco malvado. Eu iria lento. Muito lento. Quero que ela se
lembre de que da próxima vez em que me provocar desse jeito, terá que estar preparada para
sua punição.
Enquanto eu seguia tortuosamente, beijando suas pernas macias, ela choramingava. Eu ia
descendo lentamente dando leves mordidas olhando-a nos olhos, sem quebrar a conexão.
Ajoelho-me diante ela e levo minha boca em seu sexo raspado. Ela geme e se contorce inteira
em minha boca. Eu só quero prova-la de todas as formas possíveis. Seu gosto em minha boca me
deixava em êxtase. A cada dia que passo ao lado dela, fico mais apaixonado. Minha. Ela é
inteiramente minha. Esse sentimento de posse crescia numa velocidade assustadora. Eu nunca
senti o que sinto por ela nem mesmo com a Sara. O sexo entre nós não era nada comparado com
a química que havia entre Verônica e eu. Eu estava completamente apaixonado por ela.
Literalmente fodido.
Afasto-me apenas por alguns segundos. Ela me olha enquanto levo meu polegar até seu clitóris
massageando com vontade. O sorriso de satisfação ao vê-la ali, implorando por mim, com
aqueles olhos escuros, me deixava nas alturas.
— Adrian, por favor – ela implorava com sua mão na minha.
— Gosta assim? – perguntei com um sorriso safado aumentando o ritmo de minhas
massagens.
— Eu preciso de você – ela choramingava com a voz carregada de desejo.
— Talvez você não esteja gostando. Que tal assim? – perguntei dando uns tapinhas em sua bela
bocetinha. Ela gemeu alto e isso me deixou totalmente excitado. Acho que ao invés de puni-la,
estava punindo a mim também. Estava louco de vontade de me afundar nela. Meu pau já estava
tão duro que o sentia latejar.
Levantei-me e flexionei meus joelhos até que meu pau estivesse na altura de sua entrada. Ela
olhava para mim na esperança de que fosse penetrá-la. “Ah, querida. É assim que te quero hoje.
Linda, implorando para ser fodida”.
Vi o momento em que me olhou e passou sua língua em seus lábios contornando-os de forma
extremamente sexy. Aquele gesto derrubou minhas defesas. Eu levei meu pau até seu sexo e
fiquei ali, por longos tortuosos segundos, esfregando-o em sua entrada. Ela arqueava seus quadris
a minha procura e gemia. Decidi deixar isso ainda mais prazeroso apenas enfiando a cabeça
lentamente e tirando ainda mais lento. Ela soltou um grito rouco e eu me perdi dentro dela. Já
estava no meu limite. Enfiei com vontade e joguei a cabeça para trás sentindo sua bocetinha
contrair meu pau.
— Você sabe como me deixar louco, não é amor? – perguntei a ela dando uma estocada forte
e dura.
— Adrian... Por favor, mais rápido... – ela dizia ofegante.
— Por que a pressa, querida? Eu estou aqui pra você, e sou todo seu.
Fui aumentando o ritmo aos poucos. Não queria gozar e nem queria que ela gozasse. Acha que
sou um sádico por vê-la assim? Não. Não sou. Apenas quero sentir todas as sensações de estar
assim, dentro dela. De possuí-la e saber que ela fica excitada tanto quanto eu. Segurei suas duas
pernas apoiadas em meu antebraço. Comecei com minhas estocadas lentas e aos poucos, fui
aumentando o ritmo.
Os gemidos dela preenchiam todo o quarto me fazendo ainda mais louco. Seguimos por um
longo tempo assim, eu a penetrando e ela gemendo comigo. Quando ela estava quase pronta, sai
de dentro dela e ela mais uma vez choramingou a minha falta. Levei-a de volta para o centro da
cama e comecei a beijá-la. No começo foi um beijo doce, suave. Aos poucos, ele foi se
tornando possessivo, urgente. Eu mordia seus lábios e sugava sua língua com vontade. Traçava o
contorno de seu maxilar com minha língua até que cheguei ao meu destino; sua orelha. Dei uma
leve mordida, seguida de um belo chupão. Essa mulher estava deixando-me alucinado.
Desci lentamente até seus seios. Eu não me canso de olhá-los. Tão perfeitos. Redondinhos e no
tamanho certo. Empinados e durinhos. Belisquei seus mamilos e ela continuava a gemer.
Apertava-os mais forte, e, ela se arqueava toda. Levei minha boca até eles e comecei a passar a
ponta da língua sobre seus mamilos enrijecidos. Eu mesmo já não aguentava mais essa tortura.
— Adrian... Eu preciso de você, por favor – sua expressão tão linda me implorando, aquiesceu
meu coração. Subi lentamente até ela e a beijei. Um beijo demorado e carregado de amor,
paixão e desejo. No mesmo momento, a penetrei, e, ela gemeu em minha boca.
— Isso meu amor. Gosto de te ver assim. Toda molhadinha
– sussurrei em sua boca.
Ela entrelaçou suas pernas em mim e eu desci minha mão até sua bunda apertando-a com
vontade.
— Eu quero essa sua bundinha linda querida. Tenho várias coisas em mente para fazer com
você – disse cheio de tesão em seu ouvido. Senti o momento em que ela estava pronta. Seu corpo
todo convulsionava e quando ela gemeu alto, eu disse: — Eu não te dei permissão para gozar.
Acho que gosta de ser punida, querida – disse sorrindo enquanto ela disse gemendo.
— Quem é mau agora? Eu não aguento mais... Por favor... Eu estou gozandooo – ela disse e
gozou gritando meu nome.
Eu a abracei tão forte, era como se quisesse mantê-la ali. Para sempre ao meu lado. O medo
foi ganhando espaço no meu peito. Medo de que me deixasse. De que fosse embora. Eu ficaria
no inferno se caso isso acontecesse. Não me vejo sem ela. Não vejo minha vida sem ela. Eu
faria de tudo para que ela fosse minha. Tudo.
Verônica se sentou na cama e me olhou ainda com a respiração acelerada. Ela me deu um
sorriso e me chamou para ela com seu dedo indicador.
— Venha cá, garanhão – disse se divertindo.
Fui até ela rastejando pela cama ficando de joelhos diante dela. Ela me puxou pelos cabelos e
me beijou com desespero. Sua língua passeava em minha boca e ela mordia meus lábios
sussurrando coisas obscenas. “Essa mulher será minha perdição”.
Enquanto ela me beija, sinto sua mão me acariciar. Ela segura bem na base do meu pau
fazendo movimentos de vai e vem. Solto um forte gemido e ela acelera o ritmo. Com sua outra
mão, toca meu tórax me empurrando para trás até que caio sentado na cama. Mal tenho tempo
de processar e ela já está com a boca nele. Sua boca é quente e voraz. Ela lambe toda minha
extensão e passa a língua vagarosamente na cabeça dele me deixando louco de tesão. Ela chupa
gostoso enquanto continua fazendo movimentos com sua mão mágica. Sinto meu orgasmo se
construindo e dou um gemido forte. Ela parece conhecer exatamente meu corpo, pois, a diaba se
afasta quase no momento em que estava no céu.
Rapidamente, ela sobe em mim encaixando-se lentamente. Começa numa cavalgada louca e
puta que pariu, eu não iria resistir por muito tempo. Coloco minhas mãos em sua cintura e fico
ali, apressando seus movimentos frenéticos gemendo como um louco. Ela leva seu dedo em
minha boca e pede para que eu chupe. Dou um tapa na bunda dela e ela sorri. Safada!
— Gosta disso? Gosta quando bato em sua bunda? – pergunto com ela cavalgando ainda mais
rápido em cima de mim. A maldita assente e sorri levando as mãos em seus seios e puxando seus
mamilos olhando-me fixamente.
— Oh, meu Deus, amor. Está querendo me matar? – digo com a voz entrecortada.
— Vamos Adrian, goze para mim.
Nossos corpos naquele embalo frenético, nós dois ofegantes e possuídos pelo desejo,
chegamos ao limite. Ela estava vindo pra mim e saber que estava fazendo-a gozar mais uma vez,
eu me perdi completamente. Meu corpo já convulsionava enquanto a ouvia gritar: — Adriannn...
Oh céusss... Eu estou gozandooo.
Gritei com ela assim que atingi meu ápice. Sentia sua boceta se contrair enquanto jorrava
dentro dela. Fiquei ali naquela sensação prolongada e prazerosa enquanto ela se jogava em cima
de mim totalmente fraca.
Ela me abraça e eu a beijo lentamente. Quando ela se afasta, me olha e diz:
— Acho que vou te provocar todas as noites, se minha punição for sempre essa.
Olho para ela chocado.
— Nem sonhe – digo sorrindo e ela me beija.
— Precisamos de um banho – ela diz encostando a cabeça no meu peito. Eu aliso seus cabelos
e digo:
— Pode ir primeiro – e beijo sua cabeça.
Ela me olha nos olhos e sua expressão está séria agora. Segura meu rosto com suas mãos e me
diz:
— Eu amo você.
Eu fico todo bobo e por alguns segundos, fico sem reação. Ela me ama. Ela disse que me ama
e posso sentir a sinceridade em suas palavras.
— Eu também te amo, meu amor. Muito.
— Eu realmente preciso de um banho, Sr. Miller – ela sorri levantando-se da cama. Não canso
de admirar seu corpo perfeito e curvilíneo. Ela era a perfeição em pessoa.
— Vá. Vou ficar aqui mais um pouco sentindo seu cheiro em mim – disse jogando um
travesseiro nela e sorrindo como um bobo apaixonado. Ela se virou e foi andando até o banheiro
ostentando sua bunda num rebolado magnífico.
Assim que entra no banho, escuto um celular vibrar. Busco por meu telefone, mas não é ele.
Olho para o outro criado mudo e vejo o celular dela vibrar pelo móvel. Quando consigo chegar
até ele, vejo no visor, dez chamadas perdidas e três mensagens. Toco na tela para ver as
ligações. São de um mesmo número. Clico no envelope e abro as mensagens.
“Onde você está? Já se passam das dez da manhã. Estou te esperando. Um beijo”.
A mensagem me deixa puto e resolvo olhar as próximas.
“Atenda a porra do telefone, Verônica. Onde está? Liguei para a Sônia e ela me disse que não
está em casa.”
Fui ficando cada vez mais irritado. Pela forma de falar, certamente era um homem. E isso,
me deixou fora de mim. Clico na próxima mesmo sabendo que não deveria, pois já estou em
meu modo Neandertal.
“Está me ignorando? Marcamos ontem, às dez da manhã, Verônica. Sabe que odeio atrasos.
Quando eu te pegar meu amor, esteja preparada. Seu Senhor, Charles”.
Ela marcou de sair com esse cara? Filho da puta. Quem ele pensa que é para falar assim com
ela? Seu senhor? Que porra é essa? O ódio está me possuindo e não consigo raciocinar. Tento
manter meu mantra e conto até dez. Não posso deixar minha raiva me cegar. Ela teria que me
explicar direitinho essa história.
Coloquei o telefone dela de volta no lugar e me levantei. Eu tremia de raiva. Peguei minha
roupa para ir para o trabalho. Mas que merda!
Separei meu terno azul, camisa branca e peguei minha gravata cinza. Joguei tudo na cama e
fiquei andando de um lado para o outro passando as mãos pelos cabelos, totalmente desesperado.
Ela vai se encontrar com esse idiota? Vai me trair? Fecho os olhos e só de imaginá-la nos braços
de outro homem eu morro por dentro. Minha vontade é de socar tudo a minha volta. Estou louco.
Estou puto.
Quando ela sai nua, e me olha com um sorriso lindo, eu morro ainda mais. Ela é minha.
Minha. Eu grito por dentro. Abro a boca e minha vontade é de gritar e arrancar a verdade dela.
Mas, da última vez que tive esse acesso de raiva, acabei enfiando o pé na jaca e bati nela. Eu não
era assim. Eu não sou assim. Resolvo passar por ela sem dizer nada. Fecho a porta e a tranco.
Fico ali parado encostado na porta por um tempo. Saio do meu transe e corro para o chuveiro.
Preciso de calma. Preciso manter a calma. Termino meu banho, mas, ainda estou em um
patamar de loucura nível mil. Meu coração está disparado e fico angustiado.
Saio do banheiro e a vejo terminar de se arrumar colocando seu salto preto. Um vestido roxo
lindo, mas, extremamente curto. O ciúme me consome e não consigo controlar minha boca.
— Aonde pensa que vai? – pergunto um pouco rude.
— Vou com você – ela diz me deixando confuso.
— Como?
— Eu vou com você, Adrian – ela sorri.
— Co-comigo?
Porra! Mas se ela vai comigo... Significa que ela não...
— Mudou de ideia sobre me oferecer um emprego? - ela diz chateada. — Eu sei que não
tenho uma formação adequada, mas, eu aceito qualquer cargo.
Ela continua falando e eu fico atônito.
— Você vai aceitar trabalhar comigo? Pergunto ainda sem acreditar.
— Se você ainda estiver disposto a me oferecer um cargo em sua empresa, sim. – ela diz me
abraçando e me beija. — Mas antes, posso te pedir uma coisa? – ela pergunta um pouco receosa.
— Claro meu amor – digo ainda tentando processar meus sentimentos nesse momento.
— Eu preciso de outro telefone. Eu tenho recebido algumas ligações – ela diz me olhando com
cautela. — E você sabe, não quero que meu passado fique entre nós, Adrian.
Nesse momento, eu inspiro soltando todo o ar dentro de meus pulmões. Agradeço aos céus por
não ter sido um babaca e ter estragado tudo.
— Vamos então, comprar outro celular para você – disse sorrindo. – Quero que me diga se
alguém estiver te perturbando.
Ela me olha e não diz nada. Mas, somente a vontade de enterrar o passado e ficar ao meu
lado, eu por hora, estava satisfeito. Claro que ainda teríamos que conversar sobre esse tal Seu
Senhor, Charles. Eu o conhecia muito pouco. Afinal, foi através dele que a conheci. Mas, decidi
que não era o momento. Agora não. Eu ainda estava no meu modo possessivo e falar sobre isso,
nesse momento, seria perigoso demais.
— Vamos? – ela diz sorrindo.
— Vamos. Deixe-me apenas colocar meu terno. Chegar lá pelado, não seria uma boa ideia –
digo e nós caímos na gargalhada. Não sei como essa mulher consegue me levar a níveis
diferentes. Num momento estou possuído por uma fúria incontrolável e no outro extremamente
calmo. Eu amo essa mulher. Como eu amo essa mulher.

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