Verônica Miller
Com as mãos amarradas, olhos vendados e completamente nua, minha excitação só fez
aumentar. Sinto Adrian se afastar e depois de alguns minutos, ouço uma canção. Ele colocou
uma bela música romântica.
Ouço seus passos cada vez mais perto. Esse lance de venda nos olhos é extremamente
excitante. Fico ansiosa para saber o que ele irá fazer.
Ele está próximo de mim. Consigo sentir sua presença.
— Se segura, meu amor. Hoje, vou fazer você ir às alturas
– ele diz sussurrando em meu ouvido deixando-me arrepiada. Ele deita sobre meu corpo e me
beija. Suas mãos acariciam meu rosto delicadamente. A cada dia que passa, sinto-me mais
apaixonada.
Adrian descola seus lábios do meu e morde meus lábios. Sua língua traça um caminho do meu
maxilar até meu pescoço, suavemente. O simples contato de sua boca em mim, já me faz querer
gozar. Ele conhece meu corpo melhor do que eu mesma.
— Tão linda... – ele sussurra em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha.
Sinto arrepios pelo corpo todo. Solto um pequeno gemido de prazer que o afeta. — Isso meu
amor. Quero que se solte para mim. Quero ouvir você gemer.
Sinto seu pau cada vez mais duro roçando em mim, e, minha boceta se contrai a cada palavra
dita.
— Adrian... – sussurro perdida em minhas sensações.
— Estou aqui... Pra você. Só para você – ele sussurra com uma voz sexy e desce lentamente
até meus seios distribuindo beijos no caminho.
Meu corpo começa a esquentar e quero senti-lo dentro de mim.
Sinto sua boca em meu seio e sua mão em meu outro. Ele morde devagar meus mamilos e vai
aumentando a intensidade das mordidas aos poucos. Eu gemo enlouquecidamente. A dor
misturada com o prazer, causa uma sensação diferente. Ele suga meus mamilos com vontade e
desce sua mão até minha entrada, fazendo-me soltar um gemido rouco. Eu quero tocá-lo, olhá-
lo, mas, essa impossibilidade está me deixando cada vez mais louca.
— Você está molhadinha – ele diz. Adrian se afasta de meus seios e vai descendo passando
sua língua sobre meu corpo, até que sua boca se encontra com meu sexo. Sinto-o lamber minha
boceta. Ele separa meus lábios vaginais com os dedos e enfia sua língua em minha entrada me
deixando a ponto de gozar. Puta merda! Como isso é bom!
Sinto-o se afastar e choramingo com a falta de contato. Logo agora que estava quase gozando?
Ele está subindo pelo meu corpo. Posso sentir o calor que emana dele.
— Quero que abra a boca querida e coloque sua língua para fora – ele diz todo sexy mas não
consigo deixar de rir com esse pedido. Automaticamente, sinto um fisgada em meu sexo. Ele
beliscou minha boceta? Sério?
—Vamos. Faça o que eu te mandei. Dê sua língua para mim, querida – meu gato mandão,
repetiu.
Fiz o que ele mandou. Coloquei minha língua para fora e no mesmo instante, pude sentir sua língua lambendo a minha. Uau!
— Quero que sinta seu gosto em minha boca – ele sussurra. — O gosto dessa sua bocetinha
gostosa. Está sentindo? – ele pergunta.
— Sim – digo com a respiração pesada. Se ele continuar a fazer esse jogo, juro que vou gozar
sem nem mesmo ser penetrada.
Ele me beija possessivamente, um beijo longo e duro.
Quando nossos lábios se desconectam, ele diz:
— Eu vou erguer você. Não se preocupe que estarei te segurando – diz e me beija.
Me erguer? Me erguer como? Esse homem é louco?
— Adrian... – minha voz sai em tom de súplica.
— Shhhhhh! Apenas sinta, querida. Relaxe e apenas sinta.
— Vamos. Dê-me suas mãos – ele pede e estendo-a para que ele. — Vou te desamarrar
apenas por enquanto.
Adrian desamarra o laço da gravata em meus punhos e sinto suas mãos esfregarem com
cuidado o local. Ele me guia para fora da cama e andamos lentamente pelo quarto.
— Aqui – diz ele me bloqueando contra a parede. — Eu vou me abaixar e colocar suas pernas
em meu ombro. Não se preocupe, estarei te segurando.
— Não posso tirar a venda? – pergunto querendo tirar a venda para registrar esse momento
em minha mente.
— Não – ele diz todo autoritário. — Quero que apenas sinta.
Adrian me suspendeu em seu ombro deixando minhas pernas uma de cada lado. Suas mãos
estavam em minhas costas me segurando com firmeza. Meu primeiro gemido veio assim que fui
atacada por sua boca. Tentei me agarrar em alguma coisa para me equilibrar. Não havia nada.
A sensação era avassaladora.
Adrian seguia com sua língua em meu sexo, chupando-me e dando leves mordidas. Ele
massageava meu clitóris com sua língua me deixando num alto nível de excitação. Ele gemia e
sua mão em minha cintura me apertava cada vez mais forte. Não poder vê-lo, olhá-lo naquela
posição, me comendo com sua boca talentosa, estava me matando.
— Adrian... – eu sussurrava o nome dele em tom de súplica. Estava no meu limite. Pronta.
Pronta para ele como sempre estive, desde o primeiro dia em que senti o toque de suas mãos em
meu corpo. Naquele dia, eu já sabia que seria o meu fim para todos os outros homens. Ninguém
me fez me sentir tão amada, tão especial...
As contrações em meu ventre estavam surgindo. Podia sentir meu orgasmo se construindo
lentamente elevando o nível do meu prazer. Eu gemia alto a cada ataque em meu clitóris. Ele
realmente sabe como me deixar louca. Quando comecei a sentir os espasmos, ele intensificou a
massagem em meu clitóris com sua língua e não resisti. O filho da puta sabia que estava gozando.
— Ohhhhhhhhh Adriannnnn... Estou gozandooo! – gritei para os quatro cantos do quarto. Meu
corpo amoleceu na mesma hora. Gozei tão intensamente, que minhas forças foram juntas.
Fiquei ali, suspensa em seu ombro de costas contra a parede do quarto, tentando normalizar
minha respiração. Adrian me abaixou lentamente, e me beijou.
— Eu te amo – ele sussurrou.
— Uau! – disse ainda tentando normalizar meus sentidos. — Eu também amo você.
Ficamos ali, abraçados por um tempo, até que Adrian me guia de volta para a cama e retira a venda dos meus olhos.
— Quero que deite-se de lado, agora – diz.
“Lá vem ele com seu tom mandão!”
Deitei de lado como me pediu e ele se juntou a mim se posicionando por trás. Ele juntou todo
meu cabelo e segurou com uma mão.
— Levante sua perna, meu amor. Vou foder você assim – sussurrou.
Eu me excitava só com o seu comando.
Levantei minha perna jogando-a em cima dele. Meu sexo ficou exposto ao seu toque. Ele
beijava meu pescoço, chupava e mordia. Eu apenas gemia com seus toques habilidosos.
— Enquanto eu estiver fodendo essa bocetinha, quero que se toque para mim. Entendeu?
Oh meu Deus! Como ele pode ficar tão sexy sendo mandão desse jeito?
— Sim – respondi com a respiração acelerada.
— Então comece. Quero ver você se masturbando para mim.
Fiz exatamente como me pediu. Levei minha mão até meu clitóris e comecei a massagear.
Soltei um gemido e ele sorriu.
— Isso, amor. Continue.
Sem esperar, Adrian me penetra devagar. Começa lento até enfiar todo seu comprimento em
mim.
— Você é tão apertadinha. Me deixa louco sabia?
Eu gemia em seus braços.
Adrian foi aumentando o ritmo de suas estocadas me deixando perdida. Quando ele deu uma
estocada funda, eu gritei.
— Isso, grita pra mim, vamos – ele diz aumentando ainda mais o ritmo.
— Adrian...
— Vamos querida. Quero que goze no meu pau bem gostoso.
Adrian com sua boca suja, me deixava ainda mais excitada.
Ficamos assim, no vai e vem entre gemidos e gritos. Até que cai mais uma vez num orgasmo
intenso.
Rapidamente, Adrian me vira de bruços e me puxa pela cintura contra ele. Ele enrola meus
cabelos em suas mãos e puxa me fazendo gemer.
Sinto o primeiro golpe em minha bunda. Solto um grito de surpresa.
— É assim que você gosta, não é? – diz agora espalmando sua mão do outro lado e alisando. O
som do tapa ecoou por todo o quarto. — Anda. Diz pra mim que é assim que você gosta que eu te
fodo – ele rosnou.
— Sim – foi a única palavra que minha mente conseguiu processar.
Adrian começou a me foder duramente. Suas estocadas estavam rápidas e possessivas.
— Quero ouvir, querida. Vamos. Gosta quando eu bato nessa sua bunda gostosa? – perguntou
com a voz rouca.
— Sim... Oh, Adrian... Sim.
— Então vamos, querida. Quero ouvir você pedir. Quero ouvir você implorar – ele dizia
ofegante.
Ele quer que eu diga? Que eu peça ou implore por ele? Eu faria mesmo que não me pedisse.
— Adrian... – supliquei.
— Vamos, querida – disse desferindo outra palmada em minha bunda.
— Ahhhh! Isso Adrian... É assim que eu gosto – disse enquanto ele puxava meu cabelo. O som
dos nossos corpos se batendo, nossos gemidos e gritos, a essas alturas, podia ser ouvidos pela casa
inteira. Adrian era um amante feroz. Um selvagem. E eu estava completamente apaixonada. Eu
amava tudo nele. Tudo.
Pude sentir meu orgasmo vir novamente. Meu corpo já convulsionava enquanto Adrian dizia:
— Isso, amor... Goze para mim...
Gozei mais uma vez intensamente. Todas as vezes com ele, eram diferentes. Sensações
diferentes, prazeres diferentes. Adrian sabia exatamente enlouquecer uma mulher.
Joguei meu corpo no colchão e Adrian se jogou em cima de mim. Como ele consegue resistir
a tanto? Ele beijava minhas costas e meu pescoço sussurrando: “Você é tão linda. Eu amo você.
Como você é gostosa”.
Eu adorava ouvi-lo dizer essas coisas.
— Venha – ele disse saindo do modo romântico para mandão.
Adrian deitou na cama e me pediu para que me sentasse em cima dele.
— Eu vou. Mas antes... – disse procurando a gravata pela cama.
Ele ficou me observando. Quando achei a gravata vermelha, balancei em frente a ele dizendo:
— Vou vendar você, como fez comigo – sorri e ele me olhou em alerta.
— Negativo – respondeu. — Quero olhar você.
— Não. Não. Não – disse me aproximando e ele me bloqueou segurando meus punhos.
— Eu disse não, querida.
— Está com medo? – perguntei zombando.
— Medo? Ah, não – ele sorri.
— Então, espere. Disse levantando-me da cama e procurando a outra gravata.
— O que está fazendo? – perguntou assim que me viu com as duas gravatas.
— Vou te amarrar. Que graça tem só eu ficar amarrada?
— Mas eu nem deixei que ficasse por muito tempo – ele rosnou.
— Relaxa querido. Apenas sinta – sorri e beijei sua boca. — Quero você sentado para que
possa amarrá-lo.
Adrian me olhou perplexo e sorriu.
Ele se sentou na cama com as costas apoiada na cabeceira.
— Vire-se apenas um pouco. Vou amarrar suas mãos para trás.
Ele se virou com um sorriso malicioso e disse:
— Ah, Veronica. Você está ferrada quando eu te pegar.
— Mal posso esperar – disse passando a língua pelo seu tórax definido.
Depois de amarrado, chegou a hora da venda.
Coloquei a gravata delicadamente sobre seus olhos e amarrei. Pronto. A diversão agora era
minha.
— Você não sabe como essa visão é excitante – disse passando o polegar em seus lábios.
Colei meus lábios no dele e me afastei rapidamente deixando-o com aquele gostinho de quero
mais.
— Venha querida, sente-se aqui, no meu pau, venha – ele dizia suplicante.
Será que ele não percebeu que não estava em condições de mandar?
Segurei seu pau bem na base e comecei a chupá-lo. Seu comprimento era longo e grosso. Eu o
chupava com vontade. Conseguia senti-lo ficar ainda mais duro em minha boca.
Adrian gemia. Os sons que ele fazia me deixava excitada. Parecia um animal. Quando senti
que ele estava bem perto, me afastei e ele protestou.
Sentei de frente para ele, colocando uma perna de cada lado.
Agora poderia começar a minha tortura.
Levei minha mão até meu clitóris e comecei a massageá-lo. Fiquei ali, me proporcionando
prazer, olhando para ele amarrado e vendado em minha frente. Comecei a gemer para provocá-
lo.
— O que está fazendo? – ele pergunta confuso.
Sorrio internamente. Ele vai ficar uma fera. Não digo nada. Apenas sigo gemendo.
— Verônica? – seu tom muda completamente. — Está fazendo o que eu estou pensando?
Olho para ele e sua expressão não é nada boa.
— Depende – digo para provocar. — Não sei o que está pensando?
— Está... Se tocando? – ele parece indignado.
— Sim. Você disse que adora me ver se tocando – respondo.
— É disse bem. Adoro ver – ele rosnou. — Anda, me solte. Me desamarre – ele voltou com
seu tom autoritário.
— Não – disse entre gemidos. — Ohhhhhh Adrian...
— Verônica, não tem graça isso. Me desamarre, por favor – ele implora.
— Gosto de te ver assim. Me excita – o provoco.
Fiquei ali me masturbando por algum tempo, gemendo cada vez mais alto para ele. A
expressões que ele fazia era impagável.
O mais impressionante, é que seu pau ainda continuava ali, a meio mastro.
Aproximei-me dele e me encaixei em seu pau lentamente enquanto ele gemia. Comecei
minha cavalgada devagar. Queria senti-lo por completo dentro de mim.
Dei um beijo lento em sua boca e tirei sua venda. Ele me olhou com os olhos semicerrados e
disse:
— Sabe que vou matá-la por isso, não sabe?
— Então mata-me. Mata-me de prazer – digo e ele ri.
— Agora me desamarre – ele disse franzindo o cenho.
— As amarras não estão em negociação, querido. Quero que me foda assim. Desse jeito.
Ele deu um sorrisinho torto e disse:
— Então venha que sou todo seu.
Coloquei meus baços ao redor do seu pescoço e comecei minha cavalgada bruta. Em pouco
tempo, nós dois explodimos juntos, num orgasmo sensacional, gemendo e gritando com nossos
corpos convulsionados.
Tirei suas amarras e ele me abraçou dando-me um beijo apaixonado.
Em pouco tempo, caímos num sono profundo.
Acordo e não vejo Adrian ao meu lado. Levanto-me ainda sonolenta e dolorida da noite de
ontem. Caminho até o banheiro e tomo um bom banho. Faço minhas higienes matinais e saio.
Vou até o closet e pego um vestido creme que vai até um pouco acima de meus joelhos. Pego
minha lingerie branca e meu scarpin nude.
Faço uma maquiagem leve, hidrato minha pele e me perfumo. Pego minha caixinha de joias
e pego um bracelete de ouro e uma gargantilha.
Ótimo. Estou pronta.
Saio do quarto levando minha bolsa. Desço as escadas e vejo Maria arrumando algumas
coisas no bar.
— Bom dia, Maria – digo cumprimentando-a.
Ela parece assustar-se com minha presença.
— Bom dia Srta. Sandler – ela diz formalmente.
— Onde está Adrian? – pergunto curiosa.
— Está no escritório – ela diz cautelosamente.
— Vou até lá então – digo me dirigindo até o local.
— É... Verônica? – Maria sussurra.
Me viro olhando para ela que está relutante em dizer algo.
— Sim...
— Ele está numa reunião. Não está sozinho. Pediu para que ninguém o interrompesse – disse
me olhando fixamente.
— Oh, desculpe. Não sabia que ele acostumava a atender os clientes em casa.
— E quem te disse que é um cliente? – Terry surgiu do nada dizendo em tom de diversão. —
Ele está batendo um papinho com a ex-namorada – ela sorri se jogando no sofá.
“O quê? Ex-namorada?”
— Terry! – Maria gritou.
— Pode ir até lá. Alana vai adorar conhecê-la – ela diz com um sorriso de deboche que me
fez ter vontade de partir sua cara ao meio.
“Alana? Ex-namorada?”
A raiva começou a subir, vi tudo escuro em minha frente. O que essa cadela estava fazendo
aqui? Porque Adrian não me disse que... Ah! Esquece.
Segui batendo os pés de tanto ódio. Parei em frente a sala em que estavam e bati na porta.
“— Disse que não queria ser interrompido”...
Ele grita do outro lado da sala mas, sigo batendo ainda mais forte. Filho da puta. Quem pensa
que é pra me enganar?
Depois de alguns minutos, a porta se abre e aparece um Adrian furioso.
— Amor, espere um minuto. Não posso falar com você agora – ele me olha e eu fico ainda
mais puta da vida. Passo por ele como um relâmpago e entro na sala.
Sentada num grande sofá de couro marrom, está a infeliz. Linda, loira e vulgar. Paro alguns
instantes para recobrar minha sanidade. Me acalmo e digo para uma mulher embasbacada em
minha frente: — Você deve ser a Alana?
Ela me olha com os olhos petrificados. “Mais uma cretina me achando a cara da defunta”.
Pelo menos para ela, seria um ponto a favor.
— Nossa! – ela enfim respira. — Sim sou eu. Muito prazer – ela diz levantando o rabo
magricelo e vindo até mim para me cumprimentar. “Prazer nenhum, vadia”.
Adrian nos observa e diz:
— Verônica, pode nos esperar lá fora?
— Não. Não posso – digo como uma garota mimada e claro, não arredo o pé daqui nem morta.
— Querida, estamos resolvendo alguns problemas sobre o contrato da propaganda que será
gravado essa semana – ele diz calmamente mas, sei que está puto por ser contrariado.
— Ótimo – sorrio. — Já que estou ocupando o lugar da Alana, nada melhor do que eu ficar por
dentro de tudo também.
Adrian me fuzila com o olhar.
— Como assim em meu lugar? – ela pergunta abismada.
“É, cadela, em seu lugar. Sua cadeira, sua mesa...”. Ai que ódio.
— Verônica está ajudando o Tony na sua ausência – Adrian pigarreia.
— Adrian querido, sabe que detesto isso. Eu mesma auxilio o Tony – ela resmunga.
“Adrian, querido?”. Isso já é demais.
— Você está de licença, Alana – ele diz.
— Volto amanhã. Então, acho que a presença dela é dispensável – ela me olha e eu tenho
vontade de voar em sua garganta. Sujeitinha mais ridícula.
— Que bom que está recuperada. Achei que precisaria de mais tempo – Adrian diz todo
preocupado me deixando possessa.
— Mas, acho que sua... – ela parou para me dar uma boa secada. — Namorada, pode ser
aproveitada em outro setor – ela sorri tentando ser simpática. Bruxa.
— Mulher – digo olhando para ela.
Ela me olha sem entender.
— Sou a mulher dele. E não, namorada – enfatizo.
Olho para ela e a bruxa fica sem falas. Ótimo. Comigo essa cobra não se cria.
— Bom. Adrian, amanhã nós terminamos nossa reunião. Estarei na agência logo cedo – ela diz
se aproximando dele e beijando-o no rosto com certa intimidade.
— Agradeço por ter vindo – Adrian diz.
Juro. Se eu tivesse uma estaca, uma flecha ou até mesmo uma faca – que seria mais fácil de
conseguir –, fincaria direto no coração dela.
Eles se despediram e a megera não fez nem questão de fingir que gostou de mim. Saiu sem
olhar na minha cara.
Saiu rebolando aquele traseiro seco, em seu vestido ridículo da época da minha bisavó.
Adrian a acompanhou até a porta da sala, e claro, fui junto para garantir que ela não o
atacasse. As intenções dela eram nítidas.
— Que porra foi aquela? – Adrian grita e minha paciência para mentiras está no limite.
— O que essa cadela veio fazer aqui? – grito de volta.
— Não admito que fale desse jeito dela – ele rosna me deixando ávida de ódio.
Maria sai de fininho da sala e Terry nos olha com curiosidade. Aposto que está adorando ver o
circo pegar fogo.
Caminho em direção a escada. Subo cada degrau praguejando a existência daquela loira
aguada. Adrian vem logo atrás falando um monte de bobagens que eu prefiro nem ouvir.
Entro no quarto já caminhando em direção ao closet e pego minha mala. Foda-se.
— O que pensa que está fazendo? – ele grita pegando a mala da minha mão, jogando-a no
chão.
— Vou para minha casa – digo com firmeza.
— Não. Não vai.
— Por que não me contou que ela era sua ex? – pergunto em tom de acusação.
Ele me olha desesperado e diz:
— Quem te disse isso? – ele pergunta. — Ah, claro. Terry – ele conclui por si próprio.
— Deveria ter me contado – grito furiosa.
— Está sendo infantil, Verônica. Isso aconteceu há muitos anos.
— Não interessa, Adrian. Isso é o tipo de coisa que agente conta logo que se conhece – disse
chateada.
— Ah é mesmo? Para mim, isso não importa – ele bufava. — Porra! Será que vou ter que
passar pelas mesmas chateações? Está sendo igual a Sara.
— Não me compare com ninguém porque eu odeio – grito ainda mais furiosa.
— Eu tive sim um relacionamento com ela. Há muitos anos. Na época da faculdade. Logo
depois conheci a Sara e nos casamos. Está contente? – ele disparou as palavras com raiva.
— Ah, ótimo. Contentíssima – disse caminhando para pegar minha bolsa.
— Você não vai embora – ele alertou.
— Você viu como ela falou comigo? – disse com a voz embargada. As lágrimas começaram
a surgir e estava puta de que me visse chorar nesse momento.
— Eu vi. Vi uma ceninha ridícula de ciúmes. Ela não me quer querida. E mesmo se quisesse,
meu coração já tem dona. E é você – disse se aproximando e me abraçou.
— Não quero ela perto de você – rosnei.
— Amor, eu amo você. Você – ele sussurrou me dando um beijo.
Secou minhas lágrimas e disse:
— Não quero esse tipo de comportamento na empresa. Terá que se acostumar com ela.
Somos agora apenas bons amigos. Você me conhece o suficiente pra saber que não existe outra
mulher em minha vida – disse olhando em meus olhos.
— Tudo bem – digo para não contrariar.
— Prometa-me que não vai ficar colocando minhoca nessa cabecinha?
— Prometo. Mas eu vou ficar de olho nela – resmunguei.
— Eu já disse a você, Não há com que se preocupar. Mudando de assunto, vou para o
aeroporto buscar meus pais. Quer ir?
— Como vamos se o porche só cabe nós dois? – pergunto curiosa.
— Vou pegar o outro carro. Está na casa do meu pai. Tinha deixado com a Terry, mas, ela
não tem responsabilidade. Tirei dela assim que foi presa – ele diz ajeitando o paletó.
— Adrian... – sussurro.
Ele me olha e diz:
— O que foi?
— Não quero que essa mulher fique entre nós – digo com o coração apertado.
— Então, não a coloque em nosso meio – ele responde e me beija. — Eu amo você.
Ele diz e se afasta.
— Eu já estou pronta – digo.
— Ótimo. Então vamos. Encerramos essa discussão por aqui – ele finaliza.
— Sim.
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ChickLit- Srta. Sandler... Não quero que pense que a trouxe aqui por motivos... Vamos dizer que... - ele ficou tenso. - Está tudo bem? É para isso que está me pagando, não é? - perguntei confusa. - Eu não pago mulheres para transar Srta. Sandler. Geralmente...