capítulo 20

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Adrian Miller
Abro os olhos e não vejo Verônica na cama ao meu lado. Pego o celular no criado mudo para
ver as horas. Merda! Como pude dormir tanto?
Levanto-me e caminho direto ao banheiro para tomar um banho e fazer minhas higienes
matinais. Assim que saio do chuveiro, enrolo a toalha nos quadris e vou até o closet procurar por
uma roupa. Coloquei minha calça de moletom cinza e sai em direção ao escritório.
Destranquei a porta e entrei caminhando em passos largos até o telefone. Eu precisava saber
como andava o processo contra a Terry.
Disquei o número de Jonas que me atendeu no segundo toque.
— Jonas! Sou eu Adrian – digo rapidamente.
— Fala cara. Como está a Terry?
— Ainda não há vi. Mas com certeza deve estar bem. Acabei de acordar.
— Porra cara! São meio dia.
— Pra você ver – respondi. — Como anda o processo da Terry?
— Vou falar com o Parker hoje. Ver se tem alguma novidade.
Só de ouvir o nome desse sujeito meu corpo ficava tenso.
— Assim que tiver informações, me avise – peço.
— Pode deixar – disse e desliguei o telefone.
Saí do escritório e fui à procura de Verônica. A sala estava vazia e a cozinha também. Na
mesa, vestígios de que passaram por aqui tomando o café da manhã. A mesa ainda estava posta
com as louças usadas.
Pego uma caneca e a encho de café. Preciso despertar. Maria entra na cozinha sorrindo e me
dá bom dia. Pergunto a ela se havia visto a Verônica, ela disse que estava na piscina. “Como na
piscina se ela não tinha um biquíni?”
Termino meu café e decido ir até ela.
Quando passo pela varanda e chego à piscina, Verônica está sentada na borda apenas com a
metade das suas pernas submersas. Está com minha camisa social azul clara e os cabelos presos
num coque mal feito. Fodidamente sexy. Só de vê-la ali e saber que era minha, meu amigo já
dava sinais de vida e estava pronto para brincar a qualquer momento.
Agachei atrás dela e sussurrei em seu ouvido:
— Boa tarde, amor.
Ela se assusta e me olha com divertimento.
— O belo adormecido acordou?
Dou um beijo em sua boca e sento-me ao seu lado.
— Quer cair na piscina? – pergunto olhando para seus olhos e contemplando sua beleza.
— Não tenho uma roupa adequada – ela dá de ombros um pouco tensa e sorrio para ela.
— Comigo meu amor, você não precisa de roupas – digo dando um meio sorriso e
empurrando-a para dentro da água.
Vejo-a afundar e fico observando-a. Ela demora mais tempo do que o normal e fico ali,
parado apenas olhando. Ela começa a se debater e percebo que não está conseguindo subir de volta. Desespero-me e pulo na água. Assim que chego perto dela seguro-a pela cintura e a
levanto. Com a cabeça para fora da água ela começa a tossir e me chuto mentalmente. Ela não
sabe nadar? Mas que porra!
— Amor... Querida você está bem? – perguntei desesperado enquanto ela ainda tossia e se
recuperava com sua respiração acelerada. — Meu Deus! Desculpe-me – levei uma mão em seu
rosto enquanto minha outra segurava contra meu peito. Ela me olhava com os olhos arregalados
e me senti mal por ter feito essa brincadeira idiota. Quando ela se recompôs, apenas me pediu
para que a tirasse da água.
Levei-a até a parte rasa da piscina e a ajudei a subir os degraus.
— Meu amor, me desculpe. Eu não tinha ideia de que não sabia nadar – disse olhando em seus
olhos que começavam a formar lágrimas. Droga! Puxei-a para mim e dei um beijo em sua
boca.
— Tudo bem. E-eu e-estou bem – ela disse com a voz trêmula.
— Por que não me disse que não sabia nadar? – perguntei deixando-a envergonhada.
— Eu estou bem Adrian. Agora me solte – ela disse ríspida. A soltei no mesmo instante e ela
virou-se entrando em casa. Estava um pouco agitada e senti que havia algo ali. Do que sentia
medo?
Caminhei atrás dela com as calças encharcadas. Passei pela sala e ela subia as escadas. Corri
atrás dela e quando entrei no quarto não a vi. Fui em direção ao banheiro e ela estava lá. Jogada
no chão agachada como uma garotinha assustada, chorando baixinho. A camisa colada ao corpo
e abraçada em suas pernas.
— Me deixa – ela disse chorando.
— Amor. Você está começando a me deixar preocupado – disse pegando-a no colo. — Vou te
colocar na cama.
Verônica não protestou. Repousou seus braços em meu pescoço agora mais calma. Antes de
colocá-la na cama, tirei sua camisa molhada e sua calcinha deixando-a nua.
— Fique aqui.
Fui até o closet, peguei uma camiseta branca e a vesti. Estava tremendo quando a coloquei na
cama. Dei a volta, voltei ao closet e troquei minha calça. Deixei as roupas molhadas no banheiro
e me deitei ao lado dela. Puxei seu corpo contra o meu e dei um beijo em sua têmpora. Ficamos
abraçados até que ela se acalmou.
— Eu perdi um irmão quando tinha oito anos – disse após um longo suspiro. — Nós estávamos
brincando na beira da piscina e não vi quando caiu. Ele tinha três anos – ela concluiu com a voz
embargada.
— Não precisa dizer mais nada, meu amor – disse beijando seu rosto.
— Eu pulei na água para ajudá-lo. Meus pais estavam dentro da casa. E-eu era muito pequena
e não consegui salvá-lo. Eu comecei a me afogar e me debatia assustada na água gritando. Não
me lembro de mais nada depois. Quando acordei estava no hospital e minha mãe me disse que
ele não tinha sobrevivido – disse enxugando as lágrimas.
— Me perdoa, meu amor – disse me sentindo um idiota. Apertei seu corpo contra o meu tão
forte, só queria arrancar aquelas lembranças tristes dela.
— Depois disso, meu pai me culpou pela morte dele e saiu de casa. Eu nunca mais cheguei
perto da água na minha vida. Por isso não sei nadar – ela disse com a voz triste.
Que pai culparia uma criança por um acidente desses?
— A culpa não foi sua, meu amor. Acidentes acontecem. Foi uma fatalidade – disse alisando
seu cabelo. — Obrigado por compartilhar isso comigo.
— Só não faça isso outra vez – ela sussurrou.
— Descanse um pouco. Vou ver como está a Terry. Assim que terminar de falar com ela,
vamos buscar algumas roupas pra você.
— Tudo bem.
Saí da cama e fui em direção ao quarto da Terry. Bati na porta e depois de alguns segundos
ela abriu.
— Fala chato – ela resmungou.
— Quero o nome de quem fez isso com você – disse apontando para a sua cara deformada.
— Não sei quem foi – ela retrucou. — E mesmo se eu soubesse, não diria – ela sorriu.
— Você vai dizer ou eu não pagarei mais advogado para livrar sua cara. Vai ficar na cadeia e
sem direito a me ver.
— Já estou vendo vantagens – ela diz com ironia.
— Terry... – dou um longo suspiro e conto até dez para não perder a paciência. — Você
precisa crescer. Já é uma mulher de 23 anos. Tem que criar responsabilidade. Não pode mais
viver dessa forma irresponsável.
— Vai se catar, Adrian. Vai lá cuidar do seu clone e vê se me erra – diz pulando na cama e
puxando o lençol para se cobrir.
— O que pensa que está fazendo? É quase uma da tarde Terry. Vá procurar o que fazer – digo
irritado. — E outra, se você ao menos sonhar em destratar a Verônica, eu mesmo darei uma
surra em você. A surra que o papai deveria ter lhe dado quando criança – rosnei. Essa garota me
deixa louco.
Saí batendo a porta e entrei em meu quarto. Verônica estava na cama do mesmo jeito que
havia a deixado.
— Amor. Se quiser podemos ir agora a seu apartamento buscar algumas coisas para você.
— Tudo bem – ela disse já se levantando. — Mas, acho que minha calcinha está molhada –
me olhou com um sorriso.
— Vou ver o que faço por você – disse passando por ela dando um tapa de leve em seu
traseiro.
Peguei uma boxer preta nova e dei a ela. Ela me olhou confusa e riu.
— Sério que vai me fazer vestir suas cuecas? Isso é um fetiche Sr. Miller? – falou com um
sorriso malicioso.
— Não – ri do seu jeitinho safado. — Eu prefiro você sem ela.
— Hum... Seu desejo é uma ordem – disse tirando sua camiseta ficando totalmente nua. Jogou
a cueca que estava em sua mão para mim e se sentou na beirada da cama abrindo suas pernas
sem nenhum pudor.
Fiquei ali, embasbacado comtemplando aquela visão perfeita. Já estava sentindo meu amigo
aqui se alegrando e ficando cada vez mais duro.
“Meu pai do céu... Ela quer me matar. Controle-se Adrian.”
Ela me olhava com uma cara de sem vergonha que me deixou ainda mais com tesão.
— O gato comeu sua língua, Sr. Miller? – ela sorriu.
— Ah querida. Tem certeza que está a fim de jogar esse jogo?
Essa mulher me fazia perder os sentidos. Estava cada dia mais louco por ela. Seu corpo
perfeito... Seus seios rosados... Aquela bundinha redondinha... Eu estava fodidamente apaixonado.
Caminhei até ela já me livrando das minhas calças. Minha ereção saltou para fora e vi seus
olhos brilharem. Ela levou a língua em seus lábios contornando-os me deixando perdido. “Ela vai
acabar me matando.”
Passei minha mão em seu sexo e a senti toda molhada para mim. Ela jogou a cabeça para trás
e soltou um gemido que deixou meu pau ainda mais desperto. Ajoelhei-me diante dela e minha
boca salivava com vontade de prová-la. Ela separou ainda mais suas pernas e colocou seus pés
em meu ombro me dando a passagem livre para o caminho da felicidade.
Enquanto a chupava gostoso, ela me olhava nos olhos. Aquela conexão que tínhamos um com
o outro era extremamente forte. Eu sabia o que ela queria só pelo seu olhar.
Passava minha língua em todo seu sexo e mordiscava seus lábios. Ela gemia e tremia. Afastei-
me e olhei em seus olhos pedindo que se tocasse pra mim enquanto eu fodia sua bocetinha
gostosa. Ela levou sua mão até seu clitóris e começou a massageá-lo. Eu estava tão duro que
precisava entrar nela urgente. Continuei lambendo-a todinha e ela aumentou o ritmo de seus
movimentos. Estava por um fio eu podia sentir. Enfiei dois dedos dentro dela enquanto seguia
com minha língua fazendo movimentos ritmados.
— Adrian... – ela chamava por mim com seu corpo já convulsionando.
— Isso amor... Goza pra mim... Goza na minha boca...
Eu continuei a chupá-la até que ela explodiu em mim gemendo e gritando meu nome. Não
esperei para que se recuperasse. Peguei-a no colo e coloquei-a no centro da cama. Ela me deu
um beijo lento e foi um beijo molhado. Havia amor naquele beijo. Pude sentir tudo o que sentia
naquele momento. Ela me amava. E eu a amava demais.
Ela me pegou de repente e me virou com as costas para cama subindo em cima de dim.
Beijou meu pescoço e suas mãos passeavam em meu peito e abdômen.
— Eu preciso entrar em você, meu amor – disse com a voz rouca cheio de tesão. Eu seria
capaz de gozar sem nem mesmo penetrá-la.
Ela sorriu pra mim se divertindo com meu desespero. Maldita e sexy. Ela quer mesmo me
matar.
— Quero que se segure na cabeceira da cama com as duas mãos, amor – disse ao meu
ouvido. — E segure firme. Porque vou cavalgar forte em você até que goze para mim.
Ela me olhava dizendo aquelas palavras me deixando no limite. “Que mulher é essa meu pai.”
Fiz o que ela pediu. Estiquei meu braços até a cabeceira e me segurei. Desci meus olhos até
seus seios redondinhos e perfeitos. A vontade de mordê-los e colocá-los em minha boca veio à
mente. Ela me olhou já sabendo das minhas intenções e disse: — Nem pense nisso. Quero suas
mãos na cama.
Ela se ajeitou em cima de mim. Dobrou os joelhos para trás e apoiada com suas duas mãos
em minha coxa, sentou com maestria em meu pau. A bandida sabia me deixar louco. Foi
descendo lentamente por ele até que estivesse todo dentro dela. Soltou um gemido e começou a
cavalgar. Seu ritmo foi aumentando e quando dei por mim, ela estava pulando e gemendo como
uma loba perversa. Cada movimento, meu pau parecia que ficava mais duro. Eu olhava para ela
e via toda sua excitação. Seus seios balançavam em minha frente e eu queria tocá-los. Mas, mantive minhas mãos na cabeceira como ela havia mandado.
Nossos corpos começaram a suar e eu não resistiria por mais tempo. Eu precisava da minha
liberação. Ela continuava a cavalgar fundo em mim, gemendo e gritando por mim. Quando
jogou sua cabeça para trás, senti seu corpo convulsionar. Ela estava perto. Muito perto. Senti meu
orgasmo se construindo e meu pau já estava se contraindo. Eu iria gozar a qualquer momento.
— Querida... Não consigo mais aguentar... – disse com a voz rouca.
— Goza pra mim Adrian... Eu estou quase lá – ela dizia com a voz entrecortada e ofegante.
Meu corpo todo se arrepiou e meu pau se contraiu... Em poucos segundos, estava tendo minha
liberação. Gozei feito um louco gemendo enquanto ela gozava em mim ao mesmo tempo. O que
foi isso? “Eu acabei de ter um dos melhores orgasmos da minha vida”
Verônica jogou seu corpo contra o meu e me beijou mordendo meus lábios. Ainda sentia sua
respiração afetada. Levei minhas mãos em seu rosto e intensifiquei ainda mais nosso beijo.
Quando se afastou, ela saiu de mim e estávamos lambuzados. Acho que havia gozado por um
mês.
— Precisamos de um banho – disse sorrindo.
— Então vamos – ela respondeu se retirando da cama. Eu senti um vazio quando ela se
afastou. Já estava acostumado a tê-la em meus braços. Eu não suportaria viver longe dela. Esse
sentimento me assusta e ao mesmo tempo, me deixa feliz. Ela abriu uma nova porta em minha
vida. Um caminho para a luz e me fez vez que é possível ser feliz, se sentir feliz, mesmo em
meio a tantos percalços da vida.
Eu estava completamente apaixonado por ela. E iria fazer de tudo para que fosse minha.
Somente Minha.

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