capítulo 17

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Verônica Sandler
— Merda! – praguejei levando as mãos à cabeça. Minha cabeça está latejando. Parece que a
qualquer momento vai explodir. O quarto gira e estou totalmente desorientada.
Mexo-me na cama e me assusto ao ver um homem deitado ao meu lado de bruços. Ele não
está virado para mim e o quarto está totalmente escuro, a não ser por uma fina fresta na janela
que ilumina levemente o quarto na direção do banheiro.
— Droga! – digo pra mim mesma.
Que merda andei fazendo? Bebi tanto assim?
Tento me levantar e percebo que estou vestida apenas com uma camiseta. Passo a mão entre
minhas pernas e estou sem calcinha. O pânico toma conta de mim e me desespero. Puta que
pariu. Como eu vim parar na cama desse homem?
Olho em volta, mas tudo está escuro. Não reconheço o lugar.
Saio da cama andando nas pontas dos pés. Meu estômago começa a revirar e a bílis me vem à
garganta. Corro em direção ao banheiro e acabo esbarrando em alguma coisa fazendo um
barulho desgraçado. Foi somente o tempo de chegar e vomitar tudo.
Caí de joelhos praticamente abraçando a privada. Foi quando senti duas mãos afastando meus
cabelos do rosto. Continuei a vomitar e não pensei em mais nada naquele momento. Apenas
naquele mal estar que estava acabando comigo.
Comecei a ficar tonta e braços fortes me levantaram.
— Você está bem? – uma voz grossa e preocupada soou em meus ouvidos. Apenas assenti
sem olhá-lo, pois novamente a bílis me subiu à garganta me fazendo vomitar desesperadamente.
— Verônica?
O estranho me segurava.
— Eu estou bem – consegui dizer. Quando virei para ele, fiquei momentaneamente sem
palavras. Ele me olhava preocupado e confuso.
— Vou chamar um médico – disse com ternura.
— Adrian? O que... Eu...
— Está em minha casa. Não se preocupe. Vou cuidar de você
– disse enquanto tirava minha camiseta me deixando completamente nua.
— Não. – tentei protestar inutilmente. Ele caminhou até o chuveiro e ficou até medir a
temperatura da água.
Voltou. Olhou-me e me sentou em cima de um banquinho que havia ali.
— Espere aqui. Não se levante – ele ordenou. Adrian saiu do banheiro desaparecendo
completamente pelo quarto. Quando voltou tinha nas mãos duas toalhas e outra camiseta.
— Venha, vou limpá-la – disse guiando-me pela cintura.
— Adrian... Eu posso fazer isso sozinha – sussurrei.
— Não. Não pode – ele soou irritado.
Assim que a água atingiu o meu corpo, fechei os olhos e senti Adrian entrando atrás de mim.
Ensaboou-me, lavou meus cabelos e disse num sussurro:
— Está se sentindo melhor?
— Sim.
Não estava entendendo o que fazia ali. Lembro-me de ter ido ao Red com a Sônia, mas, depois
disso, tudo parece que me foi apagado da memória.
Adrian continuou a me lavar e quando terminou, desligou o chuveiro e me puxou para fora do
boxe.
— Tem certeza que está se sentindo bem? – ele perguntou enquanto secava meus cabelos.
— O que eu faço aqui? Como eu vim parar aqui? – perguntei um pouco assustada. Eu estava
acostumada a beber, mas acho que realmente devo ter exagerado. Não me lembro de muita
coisa.
— Amanhã teremos essa conversa. Quero que descanse agora – ele me olhou nos olhos com
certa tristeza.
Adrian colocou a camiseta em mim e me guiou de volta para a cama. Deitou ao meu lado e
me abraçou. Eu pude sentir o cheiro dele. Sua respiração tão perto de meus ouvidos. Sentime
protegida naquele momento.
— Adrian eu...
— Shhhhh! Apenas durma meu amor. Amanhã falaremos sobre isso – disse beijando meu
pescoço.
Não demorou muito, para que caísse num sono profundo entrelaçada em Adrian.
Assim que acordo, minha cabeça não está tão melhor como na madrugada. Olho para o lado e
Adrian não está.
— Droga! Maldita dor de cabeça.
Levanto-me a procura de minha roupa. Nada. Olho em todos os cantos e nada.
Alguém bate na porta e tenho certeza que é Adrian.
— Entre – digo sem jeito.
— Boa tarde Srta. Sandler – Maria entra no quarto com algumas peças de roupa na mão. — O
senhor Miller pediu para que a acordasse para comer alguma coisa, mas pelo visto já está
descendo – ela abriu um sorriso um pouco encabulada. — Trouxe algumas roupas para você.
— Não vou vestir nenhuma roupa daquela defunta – digo ríspida e ao notar sua expressão,
automaticamente me arrependo.
— Desculpe.
Maria coloca as roupas na cama e sai um pouco sem jeito.
Recuso-me a usar alguma coisa que já foi da mulher dele. Então, resolvo procurá-lo do jeito
que estou.
Desço a escada vestida apenas com a camiseta de Adrian. Ela vai até os meus joelhos então,
não tem como perceber que estou sem calcinha.
Na sala, um silêncio total. Não há ninguém. Caminho devagar até a cozinha e Adrian não está.
Na mesa, um grande banquete. Decido tomar um café antes de vasculhar a casa a procura dele.
Quando termino, Maria entra na cozinha avisando que Adrian está no salão do lado de fora da
casa. Ela aponta pela grande janela da cozinha o local e eu observo com cuidado.
— Onde estão minhas roupas? – pergunto a ela enquanto cuidadosamente, retiro as coisas da
mesa.
— Pode deixar que eu mesma limpo, Srta. Sandler – ela diz um pouco ríspida. — Suas roupas
estão na secadora.
— Eu vou até lá falar com Adrian. Desculpe-me por ter sido...
— Não precisa se desculpar – ela tenta amenizar.
Ando em direção à porta da cozinha que dá acesso ao jardim. Caminho entre as flores e
contorno a enorme piscina. É tudo tão lindo. O sol ilumina todo o lugar dando vida a tudo em
minha volta. Quando chego ao salão afastado, a porta está entreaberta e uma música agitada
vem de dentro. Ouço alguns barulhos e gemidos. Cautelosamente, entro pela porta sem fazer
barulho. O que vejo me tira o fôlego.
Adrian está sem camisa vestido apenas com uma calça de moletom preta. Suas mãos
enroladas por uma faixa preta deixando apenas seus dedos livres. Ele socava com fúria um saco
de pancadas alheio a tudo a sua volta. Seu corpo molhado por um fio de suor deixava-o ainda
mais sexy .
Olhei em minha volta. O lugar estava um pouco escuro, mas reconheci como uma sala de
jogos. Adrian estava um pouco distante e de costas para mim. Havia uma mesa de sinuca no
centro do salão, uma televisão enorme e um som. Havia também um sofá preto bem
aconchegante. Resolvi me sentar e olhar para a bela imagem em minha frente. A música ainda
rolava e Adrian estava totalmente compenetrado em socar aquele saco.
Depois de alguns minutos, ele se virou e me viu ali. Parada olhando-o fixamente. Ele ficou me
observando enquanto segurava o saco que estava balançando para frente e para trás até que
parasse completamente. Nossos olhos se conectaram e eu senti que estava olhando minha alma.
Me senti completamente vulnerável.
— Vejo que está bem melhor – ele disse enquanto caminhava em minha direção, tirando as
ataduras das mãos.
— Sim. Estou – sussurrei.
Adrian parou no meio do salão e caminhou até o som e baixou o volume. Estava tão vidrada
nele que mal percebi que estava escutando Up In The Air – 30 Seconds to Mars.
Virando em minha direção, Adrian caminhava a passos lentos com um meio sorriso no rosto.
Seu olhar parou em meu corpo e disse:
— Maria não levou as roupas que comprei para você?
– perguntou confuso.
Ele comprou roupas para mim? Quando isso? Oh meu Deus! Não era da defunta?
— Eu queria as minhas roupas – sussurrei um pouco envergonhada.
— Então quer dizer que está vestida apenas com minha camiseta? Mais nada? Porque eu
lembro bem de ter retirado a sua calcinha – ele sorriu divertido me fazendo corar.
— O que eu faço aqui Adrian? – perguntei e automaticamente sua expressão mudou.
— Eu te trouxe para cá ontem – ele disse franzindo o cenho.
— estava totalmente drogada.
Olhei para ele incrédula. Drogada? Ele é louco?
— Eu não uso drogas – disse num tom mais alto do que gostaria me levantando do sofá.
— Estava. E se eu não tivesse lhe tirado daquele lugar, talvez hoje estivesse acordando na
cama daquele estranho que estava quase enfiando o pau em você – ele rosnou e eu fiquei abismada com suas palavras. — Ah! E também tinha uma vaca lésbica querendo te foder –
concluiu com ira.
— Está louco? De onde tirou tudo isso?
— Como disse, você estava drogada. A sua sorte, é que eu estava lá atrás da minha irmã e
acabei esbarrando em você numa cena deprimente.
— Eu vou embora – disse me virando em direção à porta. Adrian veio até mim e me puxou
contra ele.
— Não vai não – disse. — Ainda nem começamos nossa conversa – disse me levando até o
sofá e me sentou.
— O que é? Virou meu pai agora? – gritei em frustração.
— Há quanto tempo usa drogas Verônica? – ele perguntou sério. Mas que cara irritante.
— Eu já te disse... Não uso drogas.
— Está mentindo – ele gritou.
— Qual é a sua? – perguntei furiosa. — Eu não te devo satisfações da minha vida Sr. Miller.
Portanto, passar bem – disse me levantando tentando ir embora. Mas, Adrian me puxou pelos
braços e me bloqueou contra a mesa de sinuca. Ele me olhou por alguns instantes antes de me
beijar ardentemente. A princípio eu relutei. Não queria beijá-lo. Ou melhor, não poderia beijá-
lo. Mas quando ele colocou sua mão na minha nuca para me imobilizar ainda mais, não tive
como resistir. Fui abrindo minha boca lentamente dando a passagem necessária para que sua
língua percorresse todo o caminho.
Quando ele percebeu que estava cedendo às suas investidas, Adrian levou a outra mão entre
minhas pernas atingindo o meu ponto sensível. Eu gemi em sua boca e pude sentir seu sorriso de
satisfação. Filho da puta. Ele sabe como me afeta e eu odeio isso.
Ele apertou ainda mais o meu corpo contra o dele e pude sentir toda a sua excitação. Ele
estava duro. Minhas mãos ainda estavam apoiadas na mesa. Estava tentando lutar ainda contra
esse sentimento. Mas eu sabia que seria impossível. Esse homem me atormenta em meus sonhos,
pensamentos, em todos os lugares, eu só penso em estar ao seu lado. Quero que ele me possua,
me foda, me ame... Meu Deus! Estou louca de amor por esse idiota.
Adrian puxa minha mão esquerda e leva diretamente em seu comprimento. Ele estava tão
duro. Pude senti-lo livre em minha mão. A protuberância em sua calça tão visível, certamente
ele estava sem cueca e isso me excitou ainda mais.
Descolou sua boca da minha e sussurrou em meu ouvido:
— Olha como você me deixa. Eu estou tão duro... Eu quero você Verônica. Agora.
Ele olha em meus olhos e dá um sorriso enquanto enfia dois dedos dentro de mim. Eu abafo
um gemido, pois não quero que ele saiba que está me deixando louca.
— Pelo visto, eu causo o mesmo efeito em você – Adrian diz tirando os dedos de minha
entrada encharcada e os chupando como vontade.
Olho para ele e fico horrorizada. Não acredito que ele fez isso!
Sem me dar chances de falar qualquer coisa, ele retira minha camiseta me deixando
completamente nua. Rapidamente, leva sua boca até um de meus seios. Ele morde meu mamilo
me deixando arrepiada e sua mão agora está mais uma vez em meu sexo massageando meu
clitóris. Minha respiração começa a ficar acelerada e ouço os gemidos dele. De repente, Adrian
me pega pela cintura e me senta na beira da mesa.
— Abra as pernas para mim, querida – ele diz com a voz rouca. Eu faço o que me pede.
Totalmente exposta, vejo Adrian se curvar e levar sua boca até meu sexo. Quando sua boca
atingiu minha pele sensível eu dei um forte gemido.
Adrian me empurra lentamente com a mão espalmada em minha barriga para que me deite
sobre a mesa. Com as pernas abertas, ele me puxa ainda mais para o final da mesa colocando
minhas pernas apoiadas em seu ombro.
— Eu vou fazer você gozar assim querida.
Ele me chupa com vontade e me faz estremecer em seus braços. Sua língua percorre todo o
meu sexo. E seu polegar segue em meu clitóris massageando-o levemente até que eu não
consigo mais resistir e meu corpo começa a convulsionar de prazer.
— Adrian – eu sussurro a ponto de explodir num delicioso orgasmo.
— Isso querida – ele sussurra. — Goza pra mim. Goza enquanto eu fodo essa sua boceta
maravilhosa.
Ao ouvir o seu comando, eu gozei intensamente, gritando o nome dele. Eu estava perdida.
Completamente caída por ele.
Adrian me tirou da mesa com todo cuidado e me beijou. Ele me beijava com paixão. Com
vontade. Traçando uma linha com sua língua do meu maxilar até meu pescoço. Este homem
estava me deixando completamente louca.
— Adrian...
— O que você quer meu amor. Diga-me. Eu faço qualquer coisa por você – disse ao meu
ouvido.
— Eu quero você. Só você
— Você já me tem. Completamente caído aos seus pés. Desde a primeira vez em que
coloquei os olhos em você – ele disse me olhando nos olhos e pude ver toda a verdade em suas
palavras.
Ele me levou até o sofá e me deixou. Livrou-se rapidamente de sua calça e deitou sobre mim.
Ele se ajeitou no meio das minhas pernas e disse:
— Você confia em mim? – perguntou segurando meu rosto e olhando em meus olhos.
— Sim. Por que isso agora? – perguntei confusa.
— Porque eu não imaginava que isso fosse acontecer, então, não tenho preservativo aqui nessa
sala. Mas eu preciso muito entrar em você meu amor – ele disse sem me dar chances de
protestar e então, me penetrou com vontade e eu perdi totalmente o raciocínio. Eu só queria
senti-lo. Na medida em que ele me penetrava, eu gemia.
— Adrian...
Eu já estava no limite antes mesmo dele começar suas estocadas fortes.
— O que quer querida?
— Eu quero que vá mais rápido. Mais forte.
E ele foi. Tão forte e tão rápido que gozei logo depois. Ele parecia satisfeito com a sensação
que provocava em mim.
— Vamos querida. Quero ver esse seu lindo traseiro – disse me olhando fazendo sinal para que
ficasse de costas para ele.
Adrian me colocou de joelhos no sofá e pediu para que levantasse as mãos e me apoiasse no
encosto.
— Adrian... Eu não... – minhas palavras ficaram no ar, mas Adrian entendeu completamente
o meu medo.
— Relaxa querida. Não vou fazer nada que não queira. Só quero foder essa sua boceta olhando
para essa bundinha linda – disse me dando um tapa de leve que me pegou completamente de
surpresa.
Adrian curvou um pouco meu corpo e procurou minha entrada com seu comprimento ainda
duro. Quando me penetrou, eu dei um gritinho e ele gemeu alto.
— Você me deixa louco sabia? – disse me penetrando ainda mais fundo. Ele seguia com suas
estocadas fortes e pude sentir quando suas bolas bateram em minha bunda. Ele estava totalmente
excitado. Adrian enrolou meus cabelos em seu punho e me puxava contra ele gemendo. Inclinou
seu corpo no meu e colocou sua mão em minha entrada enquanto enfiava seu pau com vontade.
Ele massageava meu clitóris me deixando ainda mais louca.
— Isso... Goza para mim... Goza minha gostosa – rosnou puxando meus cabelos e tirando sua
outra mão de mim dando tapas em minha bunda.
Nossos corpos suados, unidos num prazer imensurável. Meu corpo já convulsionava e pude
sentir que estava por um fio.
— Adrian... Eu não aguento mais – sussurrei com a voz entrecortada.
— Então vem pra mim... Venha – disse penetrando ainda mais fundo. Assim que explodi num
orgasmo intenso, Adrian gemeu e acelerou ainda mais suas estocadas.
De repente, ele saiu de dentro de mim gemendo e senti que estava prestes a gozar. Ele levou
seu pau até minha bunda e ejaculou em mim. Pude sentir seu esperma quente atingindo minhas
costas e minha bunda.
— Nossa! Não se mexa – ele rosnou ainda ofegante. — Vou buscar alguma coisa para limpá-
la. Ele me deu um beijo e se afastou.
Quando voltou, tinha uma toalha de rosto nas mãos. Ele me limpou inteira e depois, descartou
a toalha junto com nossas roupas que estavam ao chão.
Adrian me puxou para ele e me beijou. Um beijo lento e cheio de paixão.
— Eu amo você – ele disse me olhando afastando meus cabelos do rosto ainda molhado pelo
suor. — Eu quase surtei quando a vi naquele estado no Red.
— Eu juro que não me droguei – disse e vi em seus olhos que acreditou em mim.
— Mas alguém fez isso com você. Minha vontade foi de matar aqueles dois desgraçados que
estavam com as mãos em você.
— E-eu não sei como isso aconteceu. Eu juro. Eu me lembro apenas de ter tomado um
comprimido para dor de cabeça em casa que a Sônia me deu.
— Quem é Sônia?
— Minha amiga. Ela quem me levou para lá. Eu não costumo ir no Red exatamente porque as
pessoas usam drogas. E eu nunca me interessei por isso.
— Eu não quero que volte naquele lugar – ele disse sério.
— Eu preciso ir embora Adrian – disse cortando o assunto.
— Eu quero que fique. Quero que fique aqui, comigo.
Adrian pegou em meu rosto me fazendo olhá-lo.
— Eu amo você, Verônica. Eu quero você.
— Adrian... – sussurrei fechando os olhos. Eu não podia entrar nesse barco. Eu sabia que eu seria a única a me afogar.
— Do que você tem medo? Me diga.
— Não vai dar certo – disse com lágrimas nos olhos.
— Você me ama? – perguntou firme.
Eu apenas o olhei.
— Me ama? Sim ou não? E não minta pra mim.
Eu tentei abrir minha boca, mas não consegui. Não queria admitir que estava completamente
apaixonada por aquele homem.
— Não – sussurrei.
— Mentira – ele interpelou. — É mentira e você sabe disso.
— Adrian. Não posso fazer isso. Se as pessoas descobrirem o que sou, vou acabar com sua
carreira, com você, e tudo isso vai afetar agente.
— Foda-se as pessoas Verônica. Eu amo você. É com você que eu quero ficar para o resto da
minha vida. E não estou nem aí para os outros.
— Você diz isso agora Adrian. Mas vai acabar me magoando. E também tem o fato de eu ser
uma cópia da sua mulher - disse com um fio de voz.
— Querida – ele disse se aproximando e me deu um beijo terno. — Eu amo você. Você.
Entendeu? Claro que vou me lembrar sempre da Sara. Tivemos uma história juntos. Isso não se
apaga da memória Verônica.
Adrian alisava meus cabelos e quando as lágrimas começaram a rolar outra vez, ele me
puxou para seu peito.
— Só existe você na minha vida agora. Só você.
— E se não der certo?
— Vai dar – ele sorriu. — Agora diz. Diz que me ama e que vai ficar comigo.
— É claro que eu amo você – sorri e ele ficou tão feliz que me abraçou distribuindo beijos em
meu rosto. — Mas não poso ficar. Eu tenho a minha casa, minha mãe para cuidar. Não posso
simplesmente parar minha vida Adrian.
— Mas você não vai...
— Não. Não vou – sorri. — Vou tentar arrumar um emprego.
— Você pode trabalhar comigo. O que acha?
— Não. Não. Não.
— Sim. Está decidido – ele levantou me puxando com ele.
— Eu não tenho formação Adrian. O que eu faria na sua empresa? – olhei incrédula.
— Sempre tem o que fazer querida. Sempre. E também, será um jeito de ficarmos ainda mais
juntinhos.
— Sei – disse dando risada.
— Sabe, é?
— Sei que estamos os dois aqui pelados e a qualquer momento, alguém pode entrar por aquela
porta e nos pegar assim.
— Ninguém entra aqui querida. Esse é meu refúgio – ele sorri e me beija. — Venha, vamos
dançar – ele diz me puxando até o som e aumentando o volume.
— Adrian – olhei horrorizada. — Estamos pelados.
Meu Deus! Esse homem é louco! E estou completamente apaixonada por ele.
—Nãovejoproblemanenhum–elesorriecomeçaa meguiarno
meiodosalãoaosomde
Ne-Yo – You let  MeLoveYou.

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