Após quase quatro horas de espera, finalmente Eren acordou e depois de passar por um exame minucioso, os amigos puderam entrar para vê-lo. Sendo que Carla estava no quarto há mais tempo, pois a certa altura, não admitiu permanecer na sala de espera por mais horas.
Ao verem o olhar de arrependimento do moreno, todos sentiram como se estivessem num flashback, contudo decidiram que era melhor não comentar sobre o que ele fez ou os motivos para tal. Sabiam que Carla já teria tomado as providências para que a atitude do filho fosse avaliada e que fossem tomadas as melhores medidas. Tinham consciência de que seus deveres como amigos era apenas apoiá-lo e fazer com que se sentisse melhor diante daquele acontecimento.
- Como se sente? – Questionou Armin ao entrar no quarto.
- Como um completo idiota. – Respondeu o moreno.
- Não se sinta. Você é só metade idiota, a outra metade é um gênio da dança, diretor de uma escola, - O loiro ia contado nos dedos. - benfeitor, filho e amigo dedicado nas horas vagas. – Ele piscou para o outro que devolveu um sorriso triste.
- E aí? Vamos animar isso aqui pra adiantar a saída desse lugar? É deprimente. – Comentou Annie em tom de brincadeira, enquanto tapava o nariz com a gola da blusa e olhava em volta, observando o quarto sem decoração.
- Nisso você tem razão. – Concordou Eren, sem esconder o quanto estava cabisbaixo.
Carla olhou para a loira que se apressou em mudar o rumo da conversa.
- Eu sempre tenho, mas não se contagia não, porque você ‘tá aqui, mas não é daqui. – Disse sorrindo e piscou o olho para ele. – Falando nisso, eu vou te ajudar a decorar o quarto novo, já até olhei umas revistas lá em casa, achei umas coisas maravilhosas. Amanhã eu vou passar o dia lá com vocês e arrumamos tudo, então nem adianta tentar negar.
- Que quarto? - Questionou o moreno, confuso.
- Er... – Annie viu que Carla a fuzilava com o olhar.
- Querido, - Começou a mãe. – você vai passar uns dias em casa comigo, os médicos dizem que é melhor você estar acompanhado nos próximos dias, assim se houver alguma outra reação, poderemos te trazer de volta para cá rapidamente.
- Mãe, eu não tenho mais dez anos.
- Eu sei, mas ainda sou sua mãe. – Ela disse séria.
- Só não querem que eu fique sozinho por medo que eu faça alguma besteira de novo! – Ele se irritava com a conclusão a qual chegara.
- Exatamente. – Ela concordou, sem muita vontade de continuar com joguinhos de palavras. – Ainda mais naquela casa. Eren, desde o começo... Eu avisei que não seria bom continuar lá depois que ela se foi. A casa está te fazendo mal.
- Não é bem a casa que me preocupa... – Respondeu o moreno, virando o rosto e mirando o canto oposto do quarto. Parecia desolado. – De qualquer forma, não há nada que eu possa fazer, você já decidiu. – Murmurou desanimado. Não tinha coragem ou sequer forças para discutir com Carla ou ir contra a vontade dela. Sabia muito bem de quem tinha herdado a tenacidade.
O clima de repente ficara pesado e os amigos não sabiam se deveriam sair ou encontrar um tema de conversa que não remetesse ao comportamento de Eren e até à mudança de casa.
Por sorte, a enfermeira entrou no quarto carregando uma bandeja com iogurte e um pequeno pote com frutas.
- Coma tudo. Logo terá alta. – Disse a loira com o semblante sério, profissional, porém reconfortante.
Enquanto Carla insistia em dar comida para Eren, vendo como ele negava e dizia que não era mais um bebê, Armin recebeu uma ligação.
- Oi! – Ele atendeu, surpreso ao ver na tela do smartphone o nome de quem estava ligando.
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Nos passos do destino • Ereri
Fanfiction[Concluída] Qual é o conceito de certo ou errado? Na perspectiva de um coração que ama, o errado passa a ser aceito como certo, assim como o passado serve como exemplo para corrigir os erros do presente. Como julgar sem conhecer? Levi e Eren; histór...