Recomendo que ouçam My only one (Sebastian Yatra), enquanto lêem.
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(Quatro anos depois)
Esse não é o fim.
Ao contrário, é apenas o começo.
Mais um, de muitos começos.
O começo de uma vida. Começo de alegrias. Da felicidade. É o início de tudo o que Levi e Eren sonharam a vida toda. Eles sempre desejaram aceitação, mesmo quando não admitiam. Desejaram sucesso, mesmo que fosse com planos pouco ambiciosos. Desejaram amor, passional ou fraternal, não importava; o que contava é que fosse verdadeiro. Ansiaram por não sentir que faltava algo o tempo todo, que não tinham paz ou que não importava o quanto corressem, nunca chegariam ao final do caminho. O pódio.
E o pódio não é o fim do caminho; é o fim de apenas um dos muitos caminhos. Significa o fim de uma etapa, mas o começo de muitas outras.
Começo. A palavra que realmente parecia aumentar de tamanho na cabeça dos dois, mesmo depois de alguns anos.
Não havia uma faixa luminosa que dizia "esse é o final feliz da sua história".
Na verdade, o que os dois sentiam naquele dia, era que podiam começar a viver plenamente as próprias vidas. Crescer, amadurecer, talvez aumentar a família e cuidar-se. Proteger um ao outro e a todos que amavam. E... Nossa! Agora eram muitas pessoas. Muitas mesmo.
Quando o moreno e o baixinho paravam pra pensar e conversar na biblioteca de casa, às vezes acabavam fazendo como num álbum de fotos, lembrando de épocas e fatos numa linha do tempo, por vezes meio torta, mas sempre construtiva.
Há nove anos, eles se conheceram.
Para Eren, não foi a primeira vez que ouviu falar o nome Levi Ackerman, mas foi a primeira vez que abriu o coração para conhecê-lo. E não foi logo de cara. É claro que não. Precisava de um empurrãozinho do destino. E de passo em passo, a cada giro, posições de pés e mãos, coreografias e músicas, eles estavam uma pegada mais perto; perto de descobrir que não havia mesmo certo ou errado. Erros fazem parte do processo. No coração que ama, até mesmo o erro passa a ser aceito e superado. O passado serve como exemplo para que o futuro seja melhor, mas especialmente, que o presente seja melhor.
Afinal, é o presente que importa, não é?
Quem iria enxergá-los a partir de seu passado? De quando Levi pensava que o ballet era coisa de afeminados e que ser afeminado era errado? Ou de quando Eren pensava que pessoas como Levi não eram confiáveis? Não. Ninguém mais olharia para seu passado. Pelo menos ninguém que realmente fosse importante e que, consequentemente os conhecia.
Decerto que tiveram seu anjo; Mikasa. Tiveram também seu demônio; Hitch. Ou talvez Erwin, um mal em potencial e que o destino não quis que crescesse. Todas as pessoas possuem sombras, mas o que realmente importa no final — e nos começos, mas principalmente no percurso — é a escolha que fazemos sobre como enfrentar essas sombras. Devemos entendê-las? Certamente.
Indubitavelmente o ponto incorreto é julgar sem conhecer. É pôr qualquer um como vilão, sem nunca buscar entender que cada pessoa tem a própria história e que a mesma construiu a cada um de nós.
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Nos passos do destino • Ereri
Fanfiction[Concluída] Qual é o conceito de certo ou errado? Na perspectiva de um coração que ama, o errado passa a ser aceito como certo, assim como o passado serve como exemplo para corrigir os erros do presente. Como julgar sem conhecer? Levi e Eren; histór...