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Levi
Foi difícil ver sua caminhada até o portão de embarque. Mesmo assim, tentei sorrir para ele quando me deu uma última olhada apressada.
Não era difícil notar que nós dois não estávamos felizes com aquela separação, ainda que fosse por poucos dias. Contudo, era bom pensar no porquê dessa viagem.
Era por um bom motivo, então não fazia muito sentido ficar tão triste. O problema era que eu estava sentindo algo me incomodar e não soube do que se tratava. Às vezes essa coisa de intuição fode a gente. Não dá pra saber ao certo o que ela quer nos contar, mas esse segredo nos incomoda por dentro.
A sensação só amenizou quando a Carla se aproximou e me abraçou de lado, sorrindo pequeno para mim quando a fitei com carinho.
— Vamos pra casa. — Disse ela. Sua voz suave me tranquilizando um tanto.
Fui para a casa dela, que agora também era minha.
Era feliz pensar que há uns anos morei na rua e agora tinha mais de um lar. Minha família se tornou grande e foi escolha minha que fosse assim. Carla, Grisha, Eren e todos os nossos amigos. Eles faziam parte de uma família sortuda, que se protegia e se amava mutuamente.
Prova disso foi quando voltei para casa mais tarde, vendo Petra e Lucy invadirem minha sala com mochilas nas costas e rostos divertidos.
— Reclama com o Eren. Foi ele quem mandou a gente cuidar de você e não te deixar dormir sozinho hoje. — A ruiva deu de ombros e subiu as escadas correndo.
— E você? — Ainda perplexo, questionei a Lucy.
— Ele pediu isso pra mim também. Parece que nós duas tínhamos mais chances de sobreviver se viéssemos juntas. — Explicou. Parecia conformada com isso e nem um pouco incomodada ou amedrontada.
— Não sei como vocês concordam com essa merda . — Julguei e girei os olhos. Era ridículo precisar de companhia apenas porque meu namorado foi passar uns dias fora.
Suspirei cansado quando Lucy e eu subimos as escadas e encontramos Petra já organizando colchonetes no chão, ao pé da minha cama.
— Cabe uma de vocês comigo. Isso aí é muito desconfortável. — Falei para a mais velha, só que ela fez uma cara de nojo.
— Credo! Eu que não vou dormir na cama que você divide com o Eren. Vou lá saber que tipo de resíduos existem nesses lençóis!
— Puta merda... — Massageei minhas têmporas. — Você sabe muito bem que odeio sujeira, então deveria saber que tudo aqui está limpo. Mesmo assim, fica aí que é melhor. Não quero ter que te jogar de cima da cama durante a noite.
— Ei! Eu não sou a Hanji. — Protestou ofendida.
Hanji era a que mais se espalhava na cama, e dormir com ela era sempre uma escolha entre empurrá-la ou acabar no chão.
Ainda soltei algumas palavras de maldição e praguejei contra Eren algumas vezes, afinal era uma ideia ridícula essa a dele. Esperei que já estivesse preparado para ouvir meus xingamentos pelo telefone quando me ligasse no dia seguinte.
As duas mulheres ficaram me irritando até tarde, fazendo perguntas sobre minha relação com o Eren. Elas não eram tão invasivas ou pervertidas quanto Hanji, mantendo-se mais no âmbito das perguntas sentimentais, porém não era menos incômodo por isso. Eu não gostava de me expor.
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Nos passos do destino • Ereri
Fiksi Penggemar[Concluída] Qual é o conceito de certo ou errado? Na perspectiva de um coração que ama, o errado passa a ser aceito como certo, assim como o passado serve como exemplo para corrigir os erros do presente. Como julgar sem conhecer? Levi e Eren; histór...