Qual o problema comigo

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À noite, resisti para não bater na porta dela.
Não nego que passei o dia questionando o comportamento dela ontem e talvez somente por isso não o fiz.

Meu telefone toca, é quem está do outro lado é Mônica. Ela refrescou minha memória. É uma modelo que conheci no mês passado e por causa de sua agenda lotada, marcamos de nos ver futuramente. O futuro chegou, sua ligação é para me falar que estará no Rio no próximo fim de semana.
Tranquilamente marquei de nos encontrarmos no sábado para um jantar com direito a sobremesa.

Como hábito, me sento na varanda e observo o vai e vem no condomínio. Não demora muito e uma certa pessoa passa lá embaixo falando distraída ao telefone. Ela sai a pé e eu me pego questionando aonde ela pode estar indo em uma segunda-feira. Será que vai sair com alguém?

Mais de duas horas depois ela retorna. Assim que entra no condomínio, olha diretamente para minha varanda e depois desvia o olhar. A claridade da lua, permite certamente, ela me ver. Olho às horas no celular e está marca meia-noite e quarenta.

Descalço e trajando apenas a calça do meu pijama, vou em direção à minha porta. Escuto o elevador chegar. Escuto seus passos e resisto em olhar através do olho mágico. Seus passos a levam para longe da minha porta. Porém, não escuto ela à abrir.

Me condenando por minha vigilância, me afasto da porta. Mas após dar alguns passos escuro uma batida firme e a certeza de ser ela me faz sorrir ao abrir a porta.

-Está sem sono? -Pergunta me olhando direto nos olhos.

-Não durmo muito. Você não trabalha hoje? -questiono querendo saber onde ela estava e lhe dando passagem.

-Não. -responde se jogando no sofá, sem revelar onde estava ou com quem estava. Enquanto eu fechava a porta.

-Quer beber algo?

-Não lindo! Obrigada! -agradeceu tirando o chinelo e colocando os pés em cima do sofá.

É uma abusada mesmo!

Me sento ao seu lado, ela muda de posição e deita a cabeça no meu colo com total naturalidade.

-Você jantou? -Pergunto observando seu cansaço.

-Pedi mais cedo um japa. -explica, me permitindo sentir o cheiro de cerveja.

Se vira e pega na mesinha próxima o controle. Liga à televisão em um reality internacional.

Aliso seus cabelos, agora tão familiar para mim e resisto a vontade de beijar seus lábios carnudos.

-Estava bebendo sozinha? -não controlo minha curiosidade.

-Não, estava com as meninas, elas queriam ir pra boate, eu preferi vim para casa, amanhã vou fazer uma apresentação em São Paulo e não quero pegar a estrada cansada.

-Por que não vai de avião?

-Gosto de dirigir e é logo aqui ao lado.

-Vai sozinha?

-Não, Meu irmão vai comigo.

Fico estranhamente aliviado em saber que quem vai com ela é o irmão.

-Tem quantos irmãos?

-Só um. Ele é mais velho e teima em tomar conta de mim.

-Eu tenho dois e Thales é assim também.

-Eu sei, os irmãos Parker, já ouvi falar bastante em vocês.

Com receio da resposta, preferi não questionar o que ela ouviu. As vezes estamos nas colunas de fofoca acompanhados e eu sou sempre uma aposta.

MEU VICIO🔞 Trilogia BAILE DE MÁSCARAS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora