MEU VICIO🔞 Trilogia BAILE DE MÁSCARAS 2

Fico sem entender

Quando saio do elevador, encontro ela entrando.

-Está saindo? -indago.

-Vou em uma reunião.

-Você por acaso não marcou de sair comigo hoje? Pensei que íamos jantar.

-Jantar eu não posso lindo! Não marcamos um horário, mas que tal um barzinho um pouco mais tarde?

-Pode ser. -respondo escondendo minha frustração.

-Tenho que ir, já estou atrasada.

Com rapidez passei para ela o nome e endereço do bar. Pedi finalmente o número do seu telefone. Marcamos às 22:00 horas.

Chego dez minutos antes, escolhi uma mesa bem no cantinho. Com a presa não me toquei que marquei em um bar que encontro alguns colegas do rock. Estou falando com eles quando vejo ela chegando. Me despeço rapidamente e vou para nossa mesa.

De onde estou agora, vejo ela me procurar e quando seu rosto vira em minha direção, sinalizo e ela vem calmamente ao meu encontro.
Lhe dou um selinho e puxo sua cadeira. Ela se senta olhando em meus olhos. Parecendo procurar algo.

Pensei em um vinho, mas ela escolheu chopp escuro. A tábua de petisco já estava na metade e ela quase não falava nada.

-O que foi Grazi?

-Nada.

-Esse nada me mata sabia? Tem alguma coisa, você está muito calada.

-Eu estava com fome, a reunião foi um porre. Conta aí! Como foi seu dia?

-Tranquilo e o seu?

-Corrido. E o fim de semana?

-Foi razoável. -Desviei o olhar antes de responder.

-Por quê? A barbie te deixou na mão? -mandou na lata.

-Acho que eu a deixei. -confessei.

-É amigo! Melhor começar tomar umas gemadas. -zombou estranhamente descontraída.

-Acho que você não tem do quê reclamar, ou tem?

-Nadinha, eu nunca reclamo. Se ficar ruim eu pulo fora, simples assim.

-Digo o mesmo.

O clima não estava nada do jeito que eu imaginei. Me questionei mentalmente, como ela ficou sabendo da Mônica e se esse era o motivo da mudança.

Quatro chopps depois, ela pareceu relaxar um pouco.
Me contou da emoção que sente no palco e como foi difícil tocar no Espírito Santo, devido ao cansaço da viagem. Jurou que a partir de agora usaria a ponte aérea.
Com essa informação, fique sabendo que ela iria uma vez por mês para São Paulo, fazer show com o filho da puta do ex. E que o mesmo viria duas vezes por mês, fazer show com ela.
Guardei meu desconforto.

Fiquei impressionado em saber que ela é formada em administração e fez dois períodos de veterinária.

Arrastei sua cadeira para mais perto da minha e antes dos nossos lábios se encontrarem ela pareceu ver alguém.
Segui seu olhar. Na mesa fora do bar, estava o tal do Gabi com mais dois sujeitos.

-Lindo, nos vemos mais tarde se você quiser, vou falar com o pessoal e depois vou pra casa.

-Eu te levo. -ofereci me arrependendo em seguida.

-Não precisa, curte aí com os seus amigos. -falou deixando algumas notas sobre a mesa.

Saiu me deixando sozinho. Se aproxima da outra mesa e deixa um beijo estalado no rosto de todos. Não me olha, puto pago a conta e passo por ela que me ignora. Vou direto para meu carro. Antes de dirigir,  pergunto por mensagem, outra vez, o que aconteceu?