Sogros

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Poderíamos ter ficado no motel. Mas eu tinha prometido à Malu que eu a veria hoje.
O amanhecer estava lindo! Porém, eu queria alimentar minha namorada,  na padaria mais charmosa do nosso bairro. Depois de passarmos em casa para uma rápida troca de roupas.  Fomos caminhando de mãos dadas para a padaria que fica a três quarteirões. Na Verdade eu sentia necessidade de desfilar com ela ao meu lado. Claro! Que com ela reclamando um pouco e depois me perguntou se era para ela emagrecer que fiz lhe caminhar tanto.

-Não, meu amor e que eu sinto vontade de mostrar ao mundo nossa felicidade e gosto muito de ficar assim com você. -confessei, dando-lhe um beijo, nada casto. Em frente a padaria.

-Mas até que seria bom eu emagrecer um pouquinho. -Falou com um sorrisinho. Me mostrando um pouco da sua insegurança

-Você é perfeita, mais cheinha, menos cheinha. Gosto mesmo é de ter aonde pegar com vontade. -acho que ela gostou muito do que ouviu, seus olhos brilharam e o sorriso em seu rosto se tornou maior, eu adorei saber que a deixo feliz falando à verdade.

Comemos croissant e bebemos cappuccino. Um singelo desjejum francês. Mas gostoso mesmo foi dividir uma fatia de torta de limão com ela.

Voltamos pra casa conversando e ela disse que adorou ver os olhares dirigidos à nós dois.
Sorri lhe contando que não vi nada, eu apenas tive olhos para ela.

-A nossa sociedade encara rasoavelmente bem um homem negro com uma loira ao lado, mas ainda estranha o inverso, principalmente por eu ser...

-Perfeita e gostosa pra caralho. -a interrompo, parando de frente para ela e beijando-a novamente.

-Isso, era exatamente isso que eu ia falar. -respondeu ficando na ponta dos pés e voltando a me beijar. - Abracei minha pequena e a suspendi dizendo:

-Eu te amo.

-Eu também te amo.

Ela parou um quarteirão antes, eu fui buscar o carro para irmos ao orfanato.

No caminho, paramos para comprar doces e sorvetes.

Cheguei ao orfanato e a coordenadora me olhou estranhamente. Descarregamos os doces e fomos cumprimentá-la

-Eu não sabia que o senhor viria hoje. -falou depois de nos cumprimentar de maneira apreensiva.

-Qual o problema? As crianças estão bem? Cadê Malu?

-Elas estão ótimas, estão na sala de leitura ouvindo histórias.

Desconfiado, segurei novamente a mão de Grazi e rumei para lá.

A sala estava à meia luz e passava alguns slides com fotos da minha mãe grávida.

-Nesta, ela estava grávida do nosso segundo filho. Thiago nos deu um susto enorme e acho que foi a primeira vez que eu senti medo na vida. Na hora de nascer, meu menininho levado ficou enrolado no cordão umbilical e por pouco não o perdemos.

-Meu tio já nasceu levado meu Deus! -Falou malu colocando de forma teatral a mão na testa. Tive que conter o riso para me manter no anonimato.

-É verdade criança, Thiago sempre teve muita energia. Ele era o que mais parecia comigo na minha juventude. Uma vez ele quebrou o braço tentando subir no muro. Acredita que ele tinha apenas cinco aninhos? -contou um pouco triste.

-Nossa tio! Você brigou com ele? - Perguntou António.

-Não, somente me senti aliviado por saber que ele estava bem, mesmo com o braço quebrado.

-Aí você abraçou ele? -Perguntou maria.

-Não, eu fiz uma coisa muito feia e tinha vergonha de ficar perto dele, mas eu via todas as suas travessuras pelas câmeras na TV do meu escritório. Tinha dias que eu passava horas olhando meus filhos brincando ou brigando no quintal. Eu os acompanhava à distância.

MEU VICIO🔞 Trilogia BAILE DE MÁSCARAS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora