Te esperei/ Prólogo

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Te esperei

Prólogo


E mais uma vez meu dia já começa de cabeça para baixo, ninguém merece isso, é horrível acordar com batucadas na porta em pleno final de semana.

-Levanta Maite, já passa das 10 da manhã.

-Nem no sábado eu posso dormir até mais tarde, é isso?!

Já falo irritada por ouvir a voz horripilante da minha madrasta esbravejar na porta do meu quarto.

-Levante- se agora, garota desocupada, se não mando derrubar essa porta.

-Esta bem, mas para de gritar.

Falo abrindo a porta dando passagem para que ela entre.

-Você não tem vergonha na cara garota? Devia estar trabalhando e não dormindo até essa hora.

-Mas hoje é sábado, e você sabe muito bem que não trabalho.

-Ah claro que sei, já é uma mulher mas vive as custas do papai até hoje.

-Olha só, não quero brigar a essa hora, e se não trabalho é porque o meu pai quer que eu termine a faculdade antes.

-Deixa de mentira garota insolente, você não presta para nada, tanto que ficou anos parada e só começou a faculdade nesse ano.

-Chega, saí do meu quarto, não te devo satisfação de nada, nunca te pedi nada, e se meu pai me dá as coisas o problema é meu e dele, não tem a ver com você.

-Assim que ele chegar de viagem saberá da sua falta de respeito comigo.

Ela fala caminhando até a porta.

-Você sempre o coloca contra mim mesmo..

-Então aguarde, Maite.

Aí que inferno é isso, todo os dias é a mesma coisa, a encheção de saco dessa mulher, ela me odeia e não cansa de me importunar nunca, e meu pai sempre vai na dela.

E não pense que o resto do meu dia foi fácil, ela passou me infernizando, é o que ela faz de melhor, e eu já não suportando resolvi sair e curtir a noite, eu mereço um descanso dessa velha ordinária.

Fui para um festa open que estava lotada, eu já havia ido algumas vezes com alguns amigos, mas hoje fui sozinha, porque minhas amigas tinham outros compromissos, e pela pilha que estou não quero nem pensar em voltar pra casa hoje, vou curtir a noite toda e esquecer dessa minha vida medíocre.

E assim eu fiz, bebi, dancei, e conheci gente nova, e também um cara bem gato que estava sentado perto do bar, ele já estava bem de grau quando me sentei ao lado dele.
Mesmo depois de dançar e beber eu ainda me sentia entediada, era punk meus dias em casa, e mais ainda quando o meu pai viajava, a "cruela" não me deixava em paz, e isso me afetava mais do que eu queria.

Na realidade eu queria sair dessa festa, ir dormir, sei lá, ficar sozinha, mas eu não queria voltar pra casa, mas não tinha opção, eu não iria dormir ao relento da rua.

Começamos a conversar e também a beber juntos, não falamos nada pessoal, apenas jogamos conversa fora para passar o tempo, e quando a festa já estava bem chata ele me chamou para ir com ele e saímos andando. Eu nunca aceitaria sair com um desconhecido assim, sem conhecer, mas ali eu vi uma oportunidade de não ir pra casa naquela noite, e aceitei ir com ele.

-Para onde vamos?

Pergunto desconfiada.

-Vamos para o hotel que fica aqui próximo, bebi muito e não posso dirigir.

Ele responde pegando em minha mão e fomos para esse hotel, que ficava a uma rua da festa. Ele foi muito cavalheiro comigo e muito atencioso, mas ele estava bem embriagado que sorria a toa, o que lhe deixava engraçado e lindo também.

Depois que chegamos no hotel não conversamos muito, começamos a nos beijar perdidamente envolvidos, não necessitavamos saber de nada um do outro, só curtir aquele momento, e assim fizemos, nos amarmos como se já fôssemos íntimos, e ficamos nessa noite, foi ótimo me entregar para ele, e depois de fazer amor, dormimos já exaustos.

De manhã acordo com o meu celular tocando sem parar, e era o meu pai, o que fez meu coração parar por alguns instantes, ele iria me matar por ter dormido fora, e mais ainda se soubesse que era com um homem que nunca vi antes. Eu não atendi e logo me levantei pegando as minhas roupas e me vestindo desesperada, para ir embora logo. Ele dormia pesadamente ainda e não o acordei, só o olhei e gravei a sua imagem em minha memória, e antes de sair do quarto deixei apenas uma rosa ao lado dele para que demonstrasse que eu já havia ido.

..........

O que acharam do prólogo da nova história?
Querem continuação?

Todo o conteúdo da história é fictício, não misture com a realidade.
Obra sem fins lucrativos.


Carolina

Te esperei (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora