Capítulo 16

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Eu preciso dizer que se preparem. 

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BRUNO

O resto dos dias que eu passei na casa dos meus pais foi sem sair o máximo possível para que eu pudesse aproveitar ao máximo a companhia deles e dos meus sobrinhos, já que meus irmãos estavam muito ocupados em outra cidade resolvendo os assuntos que meu pai não pôde ir. Ele, no caso, não foi porque eu estava aqui e ele queria ficar comigo e com minha mãe, então os outros foram em seu lugar..., mas foram todos? Sim, porque meu pai marca todas as coisas para perto, já que não gosta de ficar viajando muito.

Quanto aos meus sobrinhos, eles preferiram ficar comigo, porque eu sou bem mais divertido do que a mãe deles. Sem querer me gabar, mas as crianças que eu conheço me amam e sempre preferem a mim do que outras pessoas, porque eu sou o tio bom. Não gosto de despedidas e por isso não colocarei aqui o que aconteceu, porque só o que vocês precisam saber para imaginarem, é que meu pai chorou igual a um bebê e meus sobrinhos ficaram tentando consolar ele a todo instante. Já minha mãe me abraçou e me deu todas aquelas mil recomendações que ela sempre me dá e assim foi como aconteceu...

Minha volta para casa aconteceu de ser muito calma, coisa que eu estranhei, porque na maioria das vezes aqui onde eu pego o avião está uma correria de gente gritando, falando alto, crianças chorando como se tivessem apanhando com cinta de couro. No momento em que pisei meus pés no solo do Rio de Janeiro, respirei aquele ar quente – que surpreendentemente é mais quente do que no Piauí, tenho de admitir – e então peguei um táxi que estava em frente ao portão principal do aeroporto.

Sorri quando comecei a ver todas as paisagens tão conhecidas por mim, dessa cidade maravilhosa, e começou a passar por minha cabeça cada uma das vezes que tive que me desdobrar em mais de mil para conseguir qualquer coisa, pois diferente dos interiores que as pessoas se ajudam, aqui é bem diferente. Aqui as pessoas não são como lá e é muito difícil que as pessoas se ajudem, mesmo vendo as pessoas passando necessidades... eu não quero me gabar nem nada, porém eu sempre tento ajudar as pessoas ao máximo que eu consigo, porque quando você é uma das pessoas que passam por esses momentos, sabe muito bem como é a sensação.

- Estamos quase chegando, senhor. – O homem do táxi me olha e sorri em minha direção, e eu retribuo seu sorriso. Ele era um senhor um tanto quanto simpático e que era muito atencioso e que a todo instante ficava me oferecendo algumas balinhas que ele tinha, mas eu não aceitei com medo de tiro.

Desculpem pela piada sem graça, mas eu tive que fazer, porque na minha cabeça ela parecia hilária.

Quando o carro parou em frente a minha casa e estacionou para que eu pegasse minha mala no porta-malas, pude sentir o calor típico que faz quando o segundo sol chega para nós que moramos na cidade maravilhosa. Infelizmente, porque mesmo eu gostando de calor, prefiro muito mais o frio... paguei a ele e o mesmo seguiu seu caminho em direção a outro ponto que seu táxi fica estacionado em busca de novos clientes.

MENSAGEM

- Já cheguei em casa, se você quiser vir me ver, estarei te esperando.

Mandei a mensagem a Damien e esperei que o mesmo visualizasse, pois ele estava com seu status de WhatsApp online.

- O que você acha de irmos assistir um filme e depois lancharmos?

Pensei um pouco antes de responder o mesmo, pelo simples fato de que sim, eu estava cansado, porém sim também, eu queria dar para ele a noite inteira até ficar assado. E sim outra vez, I'm a little bitch!

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora