Desta vez eu demorei mais para voltar, mas é que tenho que tirar um tempo para não fazer absolutamente nada, não é? hahahaha
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DAMIEN
Chegamos no shopping e saio do carro junto com Wesley, indo em direção a praça de alimentação do mesmo. Wesley já está ficando bem grandinho e já pode começar a experimentar algumas coisas e eu daria a ele uma vitamina de banana com morango e o motivo pelo qual eu não pedi para que Malu fizesse, pois queria que ele começasse a ter mais contato com algumas crianças. Assim que a vitamina chegou, eu comecei a lhe dar de pouquinho, pois era muito grossa para colocar na mamadeirinha dele e então coloquei em seu copo.
Ele no começo parece não ter gostado muito, mas depois que sentiu o gosto do morango em sua boca, começou a tomar tudo com muito gosto. Eu nunca vi nenhuma pessoa gostar tanto de morango quanto ele! Tudo o que você der que ele não goste de comer, é preciso que você apenas adicione a fruta que automaticamente ele começará a comer, como se fosse programado para fazer aquilo. Após terminar de tomar a vitamina, fomos brincar no parquinho e ele quando viu o trem em forma de minhoca já ficou maluco querendo ir no brinquedo.
Coloquei ele no chão e ele já segurou em minha mão e saiu me arrastando, ou pelo menos tentando, porque ele não tem força para quase nada, imagina para arrastar um cara de quase cem quilos, tendo menos de 15... realmente não dá! Tinham várias outras pessoas ali naquela área com seus filhos pequenos e alguns, inclusive, já maiores.
- Em qual você quer ir primeiro? – Pergunto e ele sai me puxando em direção a uma estrutura de plástico enorme, em forma de castelo e fica apontando lá para cima. – Moço, ele pode ir no brinquedo?
- Ele é muito pequeno para o brinquedo, senhor. – Ele diz e meu neto, mesmo sem entender nada, olha em minha direção com os olhinhos mais pidões que eu já vi em toda minha vida.
- Você não pode nem deixar uma exceção para nós? – Pergunto novamente, na intenção de que ele veja que Wesley quer mesmo ir, e ele continua me puxando em direção ao brinquedo.
- Eu sinto muito, senhor, mas isso pode custar meu emprego e as coisas estão difíceis para que eu consiga outro serviço. – Ele me olha com pesar e eu assinto com a cabeça e sorrio para o mesmo, mostrando que não há nenhum problema.
Abaixo, pego Wesley em meus braços e ele notando que não vamos no brinquedo começou a chorar muito. Em nenhum dos outros brinquedos ele quis ir e ficamos lá apenas olhando as crianças brincando, porque se ele só queria ir naquele, não há muito o que ser feito, não é? Eu não posso e muito menos iria colocar ele obrigado em um brinquedo, porque depois disso, com toda certeza ele ficaria muito magoado comigo e nem iria querer mais ficar perto de mim por um bom tempo.
Como eu digo que ele não iria querer ficar perto de mim, mesmo sendo apenas uma criança? Bom, eu resumirei para vocês: Adriano estava comendo uma barra de chocolate e ele chegou perto, meu neto é viciado em coisas doces e se você tiver, ou você dá para ele, ou você dá para ele. Adriano não deu e o resultado foi que toda vez que era para ficar junto dele, a criança dava um jeito de fugir, ou se esconder em algum lugar – coisa que ele fazia muito bem e só encontrávamos quando ele queria sair – e quando era obrigado mesmo a ficar junto dele, começava a chorar desesperado e como ainda não conheci uma pessoa que conseguisse ficar perto dele quando ele começava a chorar.
- Vem com o vovô e depois você brinca no brinquedo. – Ele me olha com o rosto inchado, as bochechas bem vermelhas e com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu qué. – Ele diz com uma vozinha caída e bem triste, mas eu não posso fazer nada se ele é pequeno demais para que possa brincar em um brinquedo daquele tamanho.
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Estranhas sensações (Romance Gay)
RomanceLIVRO 4 Bruno saiu muito cedo de casa para conseguir ser alguém na vida e ajudar seus pais, se mudou para o Rio de Janeiro afim de uma vida melhor e conseguiu, mas será se ela pode melhorar ainda mais com a chegada de uma nova pessoa em sua vida?