Capítulo 37

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Às vezes eu paro e penso que uma pessoa com minha mente, no mínimo tem problemas mentais. 

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BRUNO

- Me deixa ver se eu entendi. Você quer que eu pegue todo mundo, leve para o aeroporto, para nós irmos para o Rio de Janeiro, para o seu casamento, que você mal avisou para nós?

- Resumidamente, é isso sim, mãe. – Disse sem vergonha e com um sorrisinho no rosto, por saber que a mesma estava a ponto de explodir de tanta raiva de mim. – Mas deixe que eu avise algo, se prepare, porque quando chegar aqui, você, meu pai e todos os outros irão ter uma surpresa enorme.

- Como assim surpresa? Me conta logo que eu sou curiosa.

- Quando você chegar, aqui, mãe, você e os outros saberão, mas o que eu irei dizer agora é: Arrumem malas pequenas, comunique a todos que precisam vir, vão para o aeroporto, lá o jato da família do Damien estará esperando por vocês.

- Mas não dá para irmos todos.

- Sim, por isso que no jato vem você, meu pai, as crianças e vocês escolhem quem vêm nos assentos que sobraram, o resto virão em um avião domestico normal. O aeroporto já foi avisado de tudo e eu dei sorte, porque tinham mais de vinte passagens sobrando, porque a maioria, deixam para comprar de ultima hora no aeroporto mesmo.

- E nesse jato tem espaço para caixões? Porque eu sinto que irei precisar, porque estou quase batendo as botas de nervosa por conta dessa tal surpresa. – Sorri alto. Sabia que ela estava desse jeito mesmo, porque ela é do tipo curiosa ao extremo e eu não alimento a sua curiosidade. Ou até posso alimentar, mas não é porque eu quero. Mentira, na verdade é porque eu quero sim!

- Não se preocupe, apenas faça o que eu disse que tudo dará certo. – Escutei o barulho de final de ligação e olhei para o meu celular com o cenho franzido. Tudo bem, eu estou um pouco surpreso porque eu não imaginei que minha mãe desligaria o celular na minha cara, mesmo eu fazendo suspense para ela.

Mas tudo bem, deixei o celular em cima da mesa de Damien e vi o mesmo entrando pela porta com um terno para mim, que havia sido entregue por um dos motoristas de sua casa. Estava nervoso, por saber que eu teria de casar assim, em cima da hora e sem a minha família do lado, e nem a família do Damien estava junto conosco. Uma coisa que eu achei ser totalmente improvável, hoje está se mostrando ser bastante provável.

A vida às vezes nos pega umas peças que são difíceis de se imaginar. Eu quem o diga, porque não imaginaria que uma simples saída em busca de comprar um salgado enorme para comer, me traria um filho e ainda mais um filho recém-nascido e que eu encontrei em uma lata de lixo... ainda não consegui me recuperar do baque que foi ver o bebê naquele lugar e daquela forma, mas terei que controlar os nervos e pensar em unicórnios cagando arco-íris.

- Minha família já está a caminho e eu também não avisei que tínhamos um filho, para dar certo a surpresa que você planejou – Nosso filho, em questão, agora estava deitado no sofá, dentro de uma daquelas caminhas fofas. Ainda estou um pouco chocado de dizer que eu sou pai, mas é a sensação mais maravilhosa do mundo. Estou quase pulando e fazendo uma daquelas danças escrotas e idiotas que as pessoas fazem quando estão felizes.

Por outro lado, o relatório policial foi algo que me deixou completamente enojado. Pelas filmagens das câmeras de segurança de um estabelecimento que fica um pouco distante, conseguiram notar que era uma mulher alta, mas seu rosto não foi identificado, porque estava com uma MÁSCARA. Para se ter noção de como foi algo pensado e não algo que a mesma decidiu fazer em um minuto e no outro já foi; se teve todo um cuidado de não descobrirem sua identidade e mesmo que isso tenha sido um balde de água fria em mim, que queria descobrir quem era, por outro lado foi bom, porque não descobri quem era.

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora