Capítulo 39

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Vou tentar postar mais um capítulo esse fim de semana, para tentar matar a saudade que estou de vocês, meus amores - e claro, matar a saudade que vocês têm de nosso casal maravilhoso -. 

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BRUNO

Acordei de madrugada, daquele sono que eu iria dormir apenas algumas horas, pelo que eu disse a mim mesmo, mas a realidade foi completamente diferente do que eu imaginei que seria. Damien não me acordou para eu jantar e eu só acordei a essa hora, duas e meia da manhã, por conta do choro do bebê.

Automaticamente abri um sorriso ao lembrar daquela coisinha pequenina que eu encontrei e que agora era o meu filho. Aliás, meu filho e de Damien, que graças a Deus não sabe ler pensamentos, porque eu levaria um soco caso ele soubesse que eu pensei que o bebê era só meu. Eu sabia que ele estava com fome, porque desde a hora que eu dei a comida dele e o coloquei para dormir, ele não havia acordado ainda e quando acordasse, sabia que seria assim.

Como Wesley estava bem grandinho e já não queria mais dormir no berço que Damien mandou fazer para ele, o berço foi para este bebê, já que ele seria doado, porque não tinha um utilizador para ele. As roupinhas que o mesmo estava usando era do Wesley, porque as que a secretária de Damien havia comprado para o mesmo já estavam sujas e eu só consegui me perguntar: como um bebê suja tanta roupa?

- Vem aqui com o papai, vem. – Peguei o mesmo com cuidado e agradeci aos céus pela minha dor do braço ter passado. Ainda estou com um pé atrás com isso, mas eu tinha coisas mais importantes para me preocupar do que ir atrás de algo assim. – O papai vai fazer um mingau delicioso para você, eu vou sim.

Saí do quarto com o mesmo todo embrulhado no meu colo, pois mesmo sendo um dia relativamente quente para minha pessoa, um bebê não tem os sensores do seu corpo bem desenvolvidos ainda, por isso, em um calor de quase 35 graus, a falta de uma meia pode ser responsável por um gripe e eu não queria que isso acontecesse. Com certeza que não queria mesmo! No momento em que cheguei na cozinha, eu percebi que eu não tinha habilidade suficiente para cozinhar com ele nos braços e eu não faria isso, porque seria muito perigoso.

- O que o senhor faz na cozinha acordado uma hora dessas? – Me virei rapidamente em direção a porta da cozinha e vi Damien parado me olhando com um sorriso no rosto e se eu pudesse, acertaria o meu chinelo bem no meio dessa cara lambida deles.

- O Felipe está com fome! – Vi Damien me olhando com seus grandes olhos verdes em confusão e revirei os meus olhos. – Você não leu o documento de adoção? O nome dele é Felipe.

- Eu não li ainda. – Ele começou a se aproximar devagar e quando chegou perto de nós, descobriu um pouquinho a criança e ficou brincando com ele, até que o mesmo começou a chorar outra vez.

- Vai fazer o mingau dele, porque você chegou e eu esqueci de fazer. – Ele assentiu. – Faz aí rápido que eu vou sentar na cadeira. – No mesmo instante que eu sentei, o bebê soltou um pum que só fedia a azedo e naquele momento eu soube que eu precisaria levantar e ir trocar a fralda dele. Damien sorriu e eu, que não tinha escolha, já que mandei Damien fazer a comida dele, subi de volta para o quarto e o deitei na cama enquanto preparava o local para trocar sua fralda. – Você está me fazendo trabalhar durante a madrugada, espero que você pague minhas viagens quando tiver trabalhando.

Se eu fosse dizer a parte mais difícil de cuidar de um bebê, com certeza eu diria que era a parte de você trocar a fralda do mesmo e você não saber o momento em que vai poder dormir ou não, já que parece que o relógio biológico deles é quebrado e o despertador dentro dos mesmos toca em qualquer hora, seja de madrugada, manhã, tarde ou noite. Mas quando você vê o sorrisinho banguela dos mesmos enquanto olha em sua direção é uma das coisas mais reconfortantes que existe.

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora