Capítulo 44

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Eu sumi, não é, pessoal? Pois é, eu estava em semana de provas e depois da semana de provas, eu tive outra prova no começo da semana, então tive que me ausentar para estudar. 

Espero que gostem!

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BRUNO

No momento estamos, eu e Damien, deitados em nossa cama. Ele já está dormindo e eu? Bom, eu ainda estou tentando ligar os fatos que aconteceram nesses dias que já se passaram. Fica difícil quando você não faz parte de uma família tão maluca assim há muito tempo, se acostumar com o humor de todos. Principalmente o humor volátil da mãe e do pai de Damien, que se preocupam com todos ao seu redor e isso é uma coisa admirável, devo admitir, mas quando tentamos nos preocupar com os mesmos, eles não gostam e ainda ficam chateados.

Eu havia dado uma ideia de fazermos uma festa para os dois quando chegassem do hospital, mas já fui logo cortado e intimado a saber que eles não eram muito adeptos de festas de comemorações, as únicas que os mesmos gostavam eram as de aniversário, e olhe lá. No fim decidimos que nada seria feito e que deixaríamos os mesmos se recomporem da maneira que achassem mais adequada para si mesmos, pois eles foram quem passaram por todo o rolo do sequestro e nada mais justo do que deixar os mesmos em paz e colocarem suas ideias no lugar.

Desde o momento que chegaram, cerca de quatro horas atrás, a única coisa que fizeram foi comer e ir para o quarto tomar banho, depois chegar no meu quarto e pegar o Felipe e o Wesley para irem dormir juntos deles. Eu não tive nem o pensamento de negar, mas o Damien queria não deixar, porque as crianças iriam atrapalhar o descanso dos mesmos, mas depois de um olhar bem amigável de minha parte para o mesmo, ele decidiu que seria melhor que as crianças fossem com os avós.

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Acordei maravilhosamente bem hoje de manhã e com um bom humor que até estranhei de início, mas que tratei de deixar o estranhamento de lado, e fui tomar um banho. Até que pensando por outro lado, essa vida de dono de casa é boa, porque eu tenho mais tempo para ficar com as pessoas que eu amo, e se eu estivesse dentro do hospital, tinha a pura certeza de que eu seria igual a antes, que não tinha vida social e só vivia enfurnado dentro de um escritório tentando atender o máximo de pacientes por dia, claro que respeitando o tempo pré-estabelecido que devemos passar atendendo apenas um cliente.

Quando era estagiário em um dos hospitais públicos aqui do Rio de Janeiro, o que eu mais via eram médicos que vinham para o hospital, batiam o ponto e saiam de volta para suas casas, voltando apenas quando estava perto do momento em que precisava bater o ponto para indicar o momento de sua saída do hospital e o que eu mais me chateava era que sobrecarregava todo o restante da equipe, por estarmos com um a menos.

A situação do nosso país com relação a médicos está cada vez pior, porque alguns são tão fissurados em dinheiro que não ligam se para ganhar, eles têm de matar pacientes. E o matar que eu digo, não é eles matarem presencialmente, mas sim matar por não aparecer em seus trabalhos e se aparecem, ainda fazem o que eu citei acima. Dou graças a Deus que no momento em que comecei o meu curso até o momento em que eu o terminei, tinha a minha mente focada no que eu iria sempre fazer ou me esforçar ao máximo para conseguir.

Sempre achei a profissão linda e me empenhei para que conseguisse ser sempre o melhor em tudo. sempre estudava em horários vagos ou em momentos de almoço no meu trabalho e sempre gravei áudios no meu telefone e notebook para quando estivesse no banho, ter como continuar estudando. Esses dois aparelhos foram algo que me aconselharam a comprar antes de entrar no curso e eu sempre agradeço pelas pessoas boas que já passaram pelo meu caminho, me ajudando e me guiando sempre, pois no momento em que pisei na dita faculdade, eles só aceitavam trabalhos digitados.

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora