Capítulo 3

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OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

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DAMIEN

Jefferson está chegando hoje de viagem junto com o Douglas... eles tinham ido para alguma parte da serra, onde tem a casa do pai de um amigo dos dois, o lugar era mais parecido com uma fazenda, e como os dois começaram a gostar mais desta vibe natureza, escolheram que iriam para lá antes de irem para a faculdade.

O relacionamento dos dois anda de vento em poupa, como diria a minha mãe. Eu pensei que, mesmo estando com pouco tempo de relação, não demoraria muito para que o relacionamento dos dois se desgastasse, se fosse levado em conta de que os dois não se desgrudavam por nenhum segundo que seja. Acho que nem quando eles vão ao banheiro, se desgrudam... nossa, agora eu tive um pensamento muito nojento, eu confesso!

Eu já estou aqui em casa os esperando com um banquete digno de reis, preparado pela Malu. Ela faz tantas comidas gostosas, que eu não sei como consigo me manter assim com o físico malhado, pois eu como demais e ela também não economiza de fazer as coisas que eu gosto de comer, me levando, assim, a ter um dia bastante intenso na academia, tentando perder o peso que eu ganhei.

Jefferson já parou seu acompanhamento com a nutricionista, pois ela mandou fazer os exames para saber se ele estava com tudo normal, e estava. Então, segundo as palavras dela, isso era mais do que suficiente para que ele saísse da dieta... mesmo estando bem mais gordinho do que ele era, ela disse que isso não atrapalhou em muita coisa não e que, na verdade, tinha o ajudado a se recuperar melhor. Achei uma maravilha, pois que pai não ficaria feliz vendo um filho com saúde, não?

- Bobô eu qué fufu. – Escuto Wesley "falando" isso e eu já vou o pegando no colo, o levando para a cozinha.

Depois que eu fiz uma papinha para ele, que não ficou muito boa, ele começou a ficar com medo de comer o que eu dou para ele. Compreendo, já que, depois que eu provei aquilo que eu tinha feito, eu quase vomitei. Quando eu comecei a dar frutinhas para ele, o peso dele começou a aumentar um pouco mais e agora ele estava uma bolinha de neve... vocês não conseguem imaginar o quão fofo ele está!

Quando terminei de dar a "fufu" pra ele, foi a hora de fazê-lo arrotar e essa é uma das horas que eu menos gosto de fazer quando estou cuidando dele, porque ele arrota e depois vomita um negócio branco que só fede a azedo, e eu que achava que eles só vomitavam isso quando estavam mamando nos seios das mulheres...

Minha maior alegria do mundo inteiro é ele me chamando de bobô, porque eu me sinto muito bem com isso... nunca consegui imaginar o quanto uma criança pudesse fazer bem para uma pessoa como ele me faz bem agora, e, inclusive, até para o Jefferson ele está fazendo bem, já que agora ele anda bem mais pé no chão. Antes do Wesley chegar, ele estava indo para festas quase todos os dias e eu não estava gostando nem um pouco disso, mas agora ele parece ter voltado a ficar com a cabeça no lugar.

Assim que voltamos para o quarto, deixo a criança na cama rodeada de travesseiros grandes e assistindo um desenho que passava em um canal qualquer da televisão, e fui tomar um banho. Esse banho serviu para que eu colocasse minha cabeça no lugar e conseguisse pensar bem no que minha vida estava se tornando. Antes era apenas eu, Malu e os empregados..., mas agora sou eu, Malu, Jeff, Douglas, Adriano, Karan e Wesley, a população dentro de casa está crescendo horrores.

- PAI EU CHEGUEI! – Abro um sorriso gigante quando ouço um grito vindo do corredor, anunciando meu filhotinho chegando em casa. Ultimamente eu ando uma pessoa muito sentimental e que fica bastante feliz, mesmo com coisas que antes, poderiam, facilmente, serem consideradas bobas para mim.

Não terminei nem meu banho direito e os pensamentos que eu coloquei bem no lugar certinho, ficaram lá guardados em uma pasta, para que depois eu possa voltar a reutiliza-los. Quando eu sai do banheiro, eu encontrei o Jefferson brincando com o Wesley em cima da minha cama, junto de um Douglas que ficou sentado em uma das poltronas... é, passou bastante tempo, mas ele ainda pensa que eu irei separar os dois, mas é claro que eu não vou, pois sei o bem que os dois se fazem. Mesmo que eu ache que se fazem bem demais!

- O que aconteceu com o bracinho dele?

- Poxa, mas nem perguntou como o papai está? – Faço uma falsa cara de tristeza e ele continua me olhando com um olhar sério e penetrante, igualzinho a minha mãe.

- Pai, desenrola os babados. – Reviro os olhos, pois eu não gosto quando ele fala essas gírias. Acho muito impróprio!

- Olhe a boca, garotinho... – Aponto o dedo para ele que revira os olhos. Esse garoto é mesmo o meu filho, não tem como negar, nem se alguém quisesse. – Ele caiu na piscina, quando estava correndo. – Ele assente e começa a beijar a bochecha dele. Quando Wesley volta com os olhos e mira o Douglas com seu celular em mãos, os olhos dele se arregalam e ele começou a se agitar.

- DÁ! EU QUÉ! – O garoto começou a gritar de uma forma, que as veias do pescoço dele começaram a ficarem grossas e bastante visíveis. Quando Douglas deu o celular para ele, o mesmo começou a colocar na boca e babar o aparelho inteiro.

- Dá pra ele pai! – Jefferson disse depois que a criança começou a chorar desesperado em minha direção. – Sai da frente, Douglas... – Mal deu tempo Jefferson dizer e o Wesley já tinha jogado o celular, que bateu bem no nariz do Douglas. A felicidade do Wesley estava completa, porque ele não parava de sorrir e até se deitou para trás, no colo do meu filho.

- Machucou? – Pergunto ao Douglas, e ele apenas negou. – Ainda bem que ele não tem força, senão você estava muito ferrado.

- Eu não entendo, ele nunca jogou nada em ninguém e de uma hora para outra começou? – Jefferson diz e nega, com a cabeça.

- Parece que ele assistiu um filme com o Adriano de ação, em que o cara joga uma garrafa na cara do outro, aí ele aprendeu e agora joga tudo. – Os dois dizem um "Ah" e eu continuo dizendo. – Então quando ele pedir algo, não importando o que seja, saiam da frente. Mas mudando de assunto, como foi a viagem?

- Nossa, foi muito boa, pai. Você nem imagina o quão bom é lá! – Ele começa a me contar de tudo o que viveu, de como foi aprender a montar um cavalo e a tirar leite de vaca – nessa parte ele ficou um pouco constrangido, pois, como ele tinha colocado a cadeira do lado errado, a vaca acabou fazendo xixi nele. Mas tirando isso foi ótimo, pelo que ele contou!

No momento em que ele começou a mostrar as fotos que eles tiraram, passou a foto de um boi enorme e o Wesley começou a bater palma e fazer uns negócios com a boca, que o deixaram bastante babado. Eu limpei a boca dele, mas ele continuou olhando pro celular e batendo com as mãos na tela.

- Parece que alguém gostou do Bulbassauro. – Jeff diz sorrindo e eu o olho sem entender. – Esse é o nome do boi, e o João deu esse nome por causa dos negócios nas costas dele.

- Ah sim.

- Eu trouxe doce de leite para que vocês possam provar e também trouxe um macacãozinho para o Wesley, porque eu vi e lembrei dele na hora. Mas eu não sei se ainda vai entrar, porque nem parece que eu passei poucos dias fora, porque ele já está enorme. – Concordo com o que ele diz, pois Wesley cresceu bastante em pouquíssimo tempo. – Não é, bebê do titio?

Ficamos conversando mais alguns minutos ali, quando os dois saíram do meu quarto e foram para o deles, enquanto eu fiquei com Wesley assistindo o desenho... aliás, eu fiquei assistindo o desenho, porque o Wesley tomou de conta do celular do pobre Douglas e não deixou que ele o levasse quando saíram aqui do meu quarto. Quando essa criança quer uma coisa, não tem quem faça ele desistir!

Não quero nem imaginar quando minha mãe vir nos visitar, no que ela vai transformar essa criança...  

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora