Capítulo 12

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BRUNO

Saí do quarto junto com aquela pequena tropa e segui em direção a cozinha, onde estava meu irmão Beto e sua mulher, Lauana. Assim que me viu, Beto já veio correndo me abraçar e eu retribui seu gesto, porém o empurrei quando fiquei com falta de ar do mesmo me apertar. Parecia que queria que entrasse pra dentro dele, e olha que nem foi dele que eu saí! Com Lauana já foi diferente, eu apenas apertei sua mão, pois já aconteceu uma pequena confusão com uma das namoradas de um dos meus irmãos e não foi nada legal.

Como a pessoa vai inventar que eu a comi, quando eu sou mais viado do que se juntar todos os veados do mundo e os que não estão nesse mundo? É muita audácia dela.

Comecei a tomar um café que minha mãe tinha feito e como tinha bolo ali, mas não era dos que eu gostava, comi com biscoito. O papo entre minha mãe e meu irmão estava bem animado, eu não estava participando porque estava com minha boca lotada de comida, enquanto Lauana tinha ido cuidar dos filhos que saíram, para que não fossem atropelados, pois assim como a economia cresceu, o número de veículos também cresceu exponencialmente.

- E aquele banana, ainda te incomodou? – Beto me pergunta e eu engulo o resto das comidas que tinha na minha boca, com um gole de café.

- Me ligou de madrugada bêbado faz pouco tempo, para dizer o quanto estava arrependido e em como ele me amava e não tinha me traído porque queria e aquelas falácias de quando alguém faz merda e quer que a outra pessoa limpe a bunda dela. – Digo e nem me segurei para contar a verdade, agora que eu já estava em outro "relacionamento" não estava mais dando a mínima para ele.

- Como assim te traiu? Isso você não tinha nos contado. – Minha mãe fala e eu dou de ombros.

- Você tem certeza que quer saber? – Ela balança a cabeça positivamente e eu sorrio. Essa mulher é mais curiosa de que todo mundo! – Todo mundo que é meu amigo já tinha me falado que ele me traia, mas eu queria pegar ele me traindo para depois não ter mais nenhuma conversinha, enquanto isso ele sempre ficava mais confiante de que eu não acreditaria e levou ele até perto do hospital onde a gente trabalha, eu peguei os dois juntos e terminei.

- Mas e por qual motivo você não terminou antes com ele, sendo que já tinham te falado? – Escuto meu irmão perguntar e dou um sorriso "com o nariz".

- Conformismo. Ele estava lá quando eu queria transar e quando eu não queria eu dispensava ele, aí o outro ganhava a foda. – Digo e minha mãe fica com sua boca arregalada.

- Com quem você aprendeu a falar isso, menino? – Eu e meu irmão nos olhamos e em seguida olhamos para ela com aquela expressão de "quê?".

- Eu preciso lembrar do que você me falou quando perguntou dele em uma ligação? – Assim que abro a boca para responder, a mesma coloca a mão na minha boca e não me deixa falar. Assenti com a cabeça e a mesma retirou sua mão de cima da minha boca...

- Se eu pegasse ele, eu ia bater tanto na cara dele que ele ficaria todo quebrado e nem uma plástica resolveria. – Gargalho ao escutar meu irmão falando isso. – O que foi? Você acha que eu não tenho coragem?

- Claro que eu acho que tem, ou você pensa que eu não te conheço? – Reviro os olhos. Ele sempre é assim, quando alguma pessoa sorri do que ele fala, ele vai lá e tira satisfação com a pessoa, não importa quem seja. Menos com minha mãe e com meu pai, que se ele fizer isso, os dois quebram a boca dele.

Logo após terminar de comer, levanto e vou até o banheiro passar uma água em meu rosto e me trocar de roupa para que eu pudesse sair. Peguei um dos meus calções jeans curtinhos e vesti uma camisa azul com a tinta desbotada, calçando um dos meus sapatos pretos e de cano alto que eu havia trago. Passei meu perfume que eu comprei na Avon que veio em um Kit com um Hidratante e sabonetes maravilhosos, todos com cheirinho de frutas vermelhas e falando em hidratante, também passei nos braços e nas pernas.

Estranhas sensações (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora